Walder Zanol Merlim
“ESTRANHO”
O despertar do pensamento envolto a amarguras e esperas sempre me leva à busca do aceitável, do alcançável, quando meus sentidos ouvem a voz do inatingível.
Estranho somos nós, tendo o concreto e procurando o abstrato em meio a um turbilhão de situações que nem sabemos onde vai dar e que fim vai levar.
Estranha essa nossa natureza humana sempre em busca de algo que nos faça reviver, reacender a chama da paixão. E nas entrelinhas dos pensamentos e sentimentos há o regresso ao natural, normal, dia a dia total. Que bom nos sentir humanos novamente, bem no momento em que estamos perdidos no espaço temporal, físico, espiritual. Bem faz refletir, clamar por soluções junto ao nosso íntimo.
Sempre há a “encruzilhada” que nos desafia entre o bem e o mal, o certo e o errado, o fogo e a água, o céu e o inferno. Que seria de nós, seres humanos, se não fosse a consciência a nos frear, punir, massacrar. Mesmo assim fica sempre a dúvida: será que agi certo? Não valeria a pena? Dúvidas que só o tempo esclarecerá ou nem mesmo ele. Ficarão estas dúvidas cravadas no nosso íntimo carregado até nossas últimas horas.
Muito estranho... Muitas dúvidas, poucas respostas...
WZM