Wagner Andriote

Encontrados 4 pensamentos de Wagner Andriote

Simples fazer poesia.
As palavras nascem,
Aos montes.
Seja o instante qual for.
Reminiscências.
Lembranças.
Tristezas.
Alegrias.
Derrotas.
Glórias da vida
E do amor.
Nascem assim os versos,
Naturalmente.
Como no campo nasce uma flor.
Difícil, porém, é teimar em fingir
Que meus versos nascem sem dor.

Inserida por Andc

O MILAGRE DO AMOR
No vácuo da noite silenciosa
o poeta reluta em controlar seus sentimentos,
mas já exausto e sem anteparos,
rende-se às forças exteriores que invadem suas entranhas.
Não há mais palavras a serem ditas e até os versos,
extasiados,
atiraram-se no amplexo da vida.
E de repente o desejo incontrolável de ouvir a voz que vem do eterno,
de admirar os olhos lindos e sinceros,
de fitar a magia do sorriso franco e puro.
Já não há mais resistência e razão e até mesmo a lógica partiu para o espaço infinito.
Tudo agora é encanto e em pensamento ele busca desesperadamente os traços e curvas nos arquivos da memória,
esculpindo, na solidão da noite,
cada linha daquele corpo ausente,
redesenhando o rosto,
os gestos,
o jeito especial,
sonhando com a ternura no entrelaço do abraço que lhe devolveu o entusiasmo pela vida.
A poesia se foi
e se os sentimentos são mais poderosos do que as palavras
é porque nada pode um poema ante o milagre do amor…

Inserida por Andc

A COMPLETUDE DO AMOR
O amor é tsunami,
É febre que avassala.
Mas também é alegria,
É vida; é poesia que não cala.

E mesmo na dor,
Ou no silêncio da solitude,
Acalenta frágeis corações,
Aproximando-os da completude.

É do universo, força descomunal.
Humano amor carnal.
Amor a Deus.
Amor fraternal.

Vem de repente,
Num momento irrompido,
Causando a impressão
De que não havíamos nascido.

Torna mais belas as estrelas, o ar,
O sol, o céu, o vento.
Os pássaros, a terra e o mar,
Inunda o coração de contentamento.

A existência começa quando se nasce,
No anúncio do choro que conclama.
A fé indica que a alma renasce.
Mas a vida só é completa, quando se ama.

Não gosto da ciência que, cheia de si, procura o monopólio da verdade; qual verdade? A poesia não. Humilde e serena, busca o encanto que sustenta o peso do mundo e, sílaba a sílaba, poema a poema, vai tangendo o impossível horizonte, até tocar o coração da humanidade...

Inserida por Estrasburgo