Vladimir Putin
Vladimir Putin (1952) é o atual presidente da Rússia, está exercendo o terceiro mandato, que teve início em 2012. Foi agente da KGB, serviço secreto da antiga URSS, órgão ligado ao Partido Comunista.
Vladimir Putin nasceu em Leningrado, hoje São Petersburgo, Rússia, no dia 7 de outubro de 1952. Formou-se em Direito e em seguida entrou para a KGB, o serviço secreto russo. Serviu em São Petersburgo e depois em Dresden, na Alemanha Oriental até a queda do muro de Berlim, em 1989.
Carreira Política
Ao regressar para Leningrado, Putin foi vice-diretor adjunto de relações internacionais da Universidade local e depois, foi nomeado assessor do presidente do Conselho Municipal.
Com a dissolução da URSS em 1991, Putin deixou a KGB, mas continuou no Partido Comunista. Em 1994 passou a exercer o cargo de vice-prefeito de São Petersburgo, antes Leningrado, sendo responsável pela área de investimentos, parceria com empresas estrangeiras e instituições de empresa mista.
Em 1996, Putin se mudou para Moscou, onde ocupou cargos próximos ao presidente Boris Yeltsin. Logo foi nomeado vice-diretor do Serviço Administrativo e Técnico da presidência, no qual permaneceu durante um ano.
Em julho de 1998 foi nomeado diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB), a mais importante dos quatro ramos em que se dividiu a KGB e herdara as funções de polícia política. A partir de março de 1999, Putin acumulou o cargo de Secretário do Conselho de Segurança. Ainda em 1999, Boris Yeltsin nomeou Putin para o cargo de Primeiro Ministro.
Presidente
No dia 31 de dezembro de 1999, debilitado, Boris Yeltsin apresentou sua demissão, durante um discurso de fim de ano, e nomeou Putin como seu favorito para a sucessão ao Kremlin. Putin tornou-se então presidente interino da Rússia.
No dia 20 de março de 2000, pelo Partido Rússia Unida, Vladimir Putin venceu as eleições para presidente, com mais da metade dos votos. Vladimir Putin foi reeleito em 2004, para o segundo mandato, desde então, não parou de mandar, com forte apoio popular e quase nenhuma resistência.
No final de 2007, não podendo se reeleger, indicou como sucessor seu primeiro-ministro Demitri Medvedev, que iniciou seu mandato em 2008, e nomeou Putin para Primeiro-Ministro.
Em 2018 Putin foi reeleito com 76% dos votos. A Constituição russa não permitia que Putin concorresse à próxima eleição, em 2024, mas em fevereiro de 2021, a Câmara dos Deputados russa aprovou uma norma pela qual o presidente poderá se candidatar a dois novos pleitos. Caso seja reeleito, ele ficará no poder até 2036.
O presidente Putin explora muito bem o forte sentimento patriótico dos russos, oito em cada dez russos aprovam sua gestão. Os opositores mais bem preparados não conseguem aparecer ou arrebatar seguidores. Qualquer voz que se destaque é silenciada. Leis para impedir a manifestações de ideias divergentes saem do Congresso quase toda semana.
A Rússia e a Ucrânia
Desde fevereiro de 2014 o Ocidente está em estado de tensão desde que as Forças Especiais Russas tomaram o controle da península da Crimeia, que então pertencia à Ucrânia, e a anexaram à Federação Russa.
O território que hoje é a Ucrânia já fez parte da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que em 1991 se desmembrou em vários países e um deles é hoje a Ucrânia.
Vários países condenaram a Rússia, acusando-a de violar o direito internacional e a soberania da Ucrânia, provocando a pior crise diplomática entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.
A Ucrânia vem tentando caminhar em direção às instituições europeias e entrar para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que é liderada pelos EUA e constitui em um sistema de defesa coletiva através do qual os seus Estados membros concordam com a defesa mútua em resposta a um ataque por qualquer entidade externa à organização.
Em janeiro de 2022 a crescente tensão entre a Rússia e a Ucrânia se agravou, pois Putin vem tentando, a qualquer custo, barrar o ingresso da Ucrânia na Otan, uma vez que a Ucrânia faz fronteira tanto com a União Europeia como com a Rússia e isso representa, para Putin, uma ameaça para a sua segurança.
Tropas russas foram enviadas para a fronteira da Ucrânia e mobilizadas para uma invasão caso os interesses de Putin sejam negados. No dia 21 de fevereiro de 2022, Vladimir Putin anunciou que reconhece oficialmente a independência de duas regiões separatistas na Ucrânia: Donetsk e Luhansk, em apoio aos rebeldes que lutam nessas áreas contra forças militares ucranianas, porém recebeu ameaças de sanções de vários países.