Viviana Ferreira Dagostim
Tons quentes
Portas e cores
Me entregam o sol
No som dos passaros que pousam
Na janela dos sons
Amores e flores
Repousam em meus olhos
Pois o que toca meu som
Repousa em meu lar
E nas memórias e histórias
Navego em meu mar
De pensamentos e trajetórias
Para que eu encontre meu lugar
Então escrevo em meu peito
Que reverbera de amor
Na escrita do sujeito
Cuja luz é um trejeito
Da minha paleta cheia de cor
TARDES DE DOMINGO
O sol gelado vem me esquentar
Eu não me preocupo com o vazio da demora
Está muito cedo? Ou a noite já chegou?
O dia está claro, mas a minha alma chora...
O deserto cheio é mais deserto que o normal
E as canções tristes já perderam o habitual
São tantos traços que não consigo esquecer
Os segundos correm lentamente, para mim e para você...
E como eu poderia me livrar da monotonia?
Desenhando círculos em uma areia fria
E o que fazer se o vento descansa a céu aberto?
Tem ele o direito de adormecer pois
E encontrar o seu lugar...
São como tardes de Domingo, que se perdem no caminho
E procuram seu destino,
São como folhas doces que caem na primavera
Não se sentem sós e pousam ao lado do seu par...