Vitória Pac
A outra face da lua
A visão que tenho da lua
É que até mesmo ela
Tem um lado que não quer mostrar
Guarda segredos que são só seus
Esconde histórias
E nem mesmo os raios de sol podem alcançar
Naquele lado, onde ela é só dela
E ninguém pode rouba-la.
sobrecarga
Tem hora que tenho que falar
Pra não me engasgar com tudo;
Porque tendo a engolir sapos,
Enquanto depositam em mim
O peso do mundo.
ventos outonais
Quando a estação muda
E traz consigo nostalgia,
Acompanhada da inoportuna melancolia
Então, eu me balanço como os ventos de outono.
Quando a estação muda
Meu olhar sobre o mundo
Também é outro.
Aquele pequeno sentimento
Volta a brotar nas tardes outônicas.
renascer
Quero tirar
a roupagem do desespero
quero abrir
a porta desse quarto de medo
e em nudez de alma,
ser revestida de liberdade.
Quero mergulhar
nesse mar de paz
e afogar esse desassossego!
Isso tudo, dentro de mim
em absoluto silêncio.
Olhos que falam
Dentro daqueles olhos castanhos
havia uma tristeza
que perdurava
e um vazio cheio
de um gritante silêncio.
Sentada em seu próprio universo
vagava em sua mente.
Menina, não vá se sufocar!
Semana "santa"
Em semana santa,
O peixe já logo foge da panela.
Muita gente entrando
Na onda da santidade,
Sem nem um pingo de arrependimento.
De "ave maria" a "Pai nosso"
Palavras meramente repetida;
Deve ser pra tirar o peso da "culpa" e poder errar a vontade.
Perdoa essa menção
Não sou melhor que ninguém
Mas ainda sim, tenho consciência da verdade!
Na semana "santa" é peixinho,
O resto do ano é libertinagem.