Vitor Paiva de Almeida
Tic Tacolear
Eternidades em Pasárgada,
Mostro-me frente ao tempo,
Relembrando momentos
Do tempo que deixei passar
Não se pode deixar
Tic Tacolear sem
Ao menos, aproveitar
Dia todo, tempo pouco,
Amar demais deixou-me louco
De amor, do tempo perdido,
Eterno ou finito?
Não se pode deixar
Tic Tacolear sem
Ao menos, viver,
Dúvida cruel matarás o EU
De quando irei morrer
Mas enquanto vivo estou,
Vejo Tic Tacolear à vontade,
Aproveitando a liberdade
De um tempo que não volta,
Como um movimento retrógrado
do Tac Tic, quem dera...
Mal Espetacular
Então piedade nos causasse,
É um espetáculo ver
Tal lenço frente a face,
Numa sociedade em que o parecer
É melhor que o ter e o ser
Vê-se então uma ambição,
Posso não ter, mas se mostrar
Duvido alguém contestar
Que não é assim, que seja,
Ou não, piedade nos causa
Quando descobrirem a cereja
Defronte pego-me extasiado,
Fantasiado, amargurado,
Não tendo em si a aprovação,
Sociedade essa que impera
A reprovação, ou será que não?
Nada é bom, nada é atual,
O bom Adorno externou
O que hoje se intensificou,
Nada é bom, isso é fatal!
Ideal mostrado com um lenço,
Às vezes até penso
Em parecer aos outros
Aquilo que não sou,
Taí uma habilidade sem talento:
Indústria do Instagram
Sem o conhecimento