Vítor Figueirêdo Leite

Olhos invejosos,
Olham para ti,
Amazônia,
Sem olhar para si próprio,
Sem se autoanalisar,
Sem se comparar,
Olhos invejosos...

Olhos cegos olham para si,
Tudo está normal,
Tudo esta escuro,
Olhos cegos olham para a Amazônia,
Tudo está diferente,
Tudo está escuro.

Você não é o que você usa,
Você não é o que você tem,
Você é seu pensamento,
Você é aquele pequeno detalhe,
Você é aquele pequeno ato.

Olhamos para si.
Olhamos para o outro,
Não nos comparamos,
Escolhemos falar do outro,
Reclamamos, Fofocamos, debochamos, falamos...

A melhor arma da sociedade é a alienação, e a nossa melhor arma é a sabedoria.

Em cada pensador há um sentimento de revolta e de loucura

Os meus olhos dizem o que minha boca não consegue dizer

Um homem sem trabalho é como uma mulher sem bondade.

Não se iluda, tudo passa, tudo muda.

A verdade é que a vida nunca fez sentido

Fugere Urbem no leto

Do bucólico ao Carpe Diem,
O Fugere Urbem no leto,
No Locus Amoenus me encontro,
Em uma terra sui generis,

Entre as vinhas e os morangos,
As amoras e os pêssegos,
Entre o calor e o frio,
As galinhas e os gansos,

Em meio ao pomar e ao roçado,
Sonhos antigos, sonhos novos,
A vida que se foi e a vida que se leva,
O novo reflete o passado,

Da insensibilidade da cidade,
Às belas rosas do campo,
Leto comemora a vida,
Os escrevo debaixo de uma nogueira,
Sejam bem-vindos ao meu Fugere Urbem.