Virgínia Leone Bicudo

Encontrados 6 pensamentos de Virgínia Leone Bicudo

Vejam bem o que fiz: eu fui buscar defesas científicas para o íntimo, o psíquico, para conciliar a pessoa de dentro com a de fora. Fui procurar na sociologia a explicação para questões de status social. E na psicanálise, proteção para a expectativa de rejeição. Essa é a minha história.

Virgínia Leone Bicudo
MAUTNER, Anna Verônica. “Fui buscar defesas para o íntimo”. Folha de São Paulo, 6 out. 2000.
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O que me levou para a psicanálise foi o sofrimento. Eu queria me aliviar de sofrer.

Virgínia Leone Bicudo
TOGNOLLI, Claudio Julio. “Já fui chamada de charlatã”. Folha de São Paulo, 5 jun. 1994.
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Eu tinha conflitos muitos grandes comigo mesma, mas achava que a causa era social. Desde criança eu sentia preconceito de cor. Queria o curso de sociologia porque, se o problema era esse preconceito, eu deveria estudar sociologia para me proteger do preconceito, que é formado ao nível sociocultural.

Virgínia Leone Bicudo
TOGNOLLI, Claudio Julio. “Já fui chamada de charlatã”. Folha de São Paulo, 5 jun. 1994.
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A psicanálise pode fazer benefícios para a humanidade. Se melhoramos nosso psíquico, melhoramos a vida para todo mundo.

Virgínia Leone Bicudo
TOGNOLLI, Claudio Julio. “Já fui chamada de charlatã”. Folha de São Paulo, 5 jun. 1994.
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Desde muito cedo, desenvolvi aptidões para evitar a rejeição. Você precisa tirar nota boa, ter bom comportamento e boa aplicação, para evitar ser prejudicada e dominada pela expectativa de rejeição, diziam meus pais. Por que essa expectativa? Por causa da cor da pele. Só pode ter sido por isso. Eu não tive na minha experiência outro motivo.

Virgínia Leone Bicudo
MAUTNER, Anna Verônica. “Fui buscar defesas para o íntimo”. Folha de São Paulo, 6 out. 2000.
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Quanto mais subimos nas classes sociais, tanto mais aumenta a consciência de cor e tanto maior o esforço despendido para compensar o sentimento de inferioridade. (...) Entretanto, a ascensão ocupacional não confere ao preto o mesmo status social do branco, consideradas as restrições demarcadas na linha de cor, ao passo que o mulato garante sua inclusão no grupo dominante, embora em sua personalidade permaneçam as consequências do conflito mental.

Virgínia Leone Bicudo
Atitudes raciais de pretos e mulatos em São Paulo. Edição organizada por Maio, Marcos C. São Paulo, Sociologia e Política, 2010.
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