Vinicius Gabriel Fernandes
Eu sou meu próprio Deus, meu próprio demônio
Eu sou responsável pelas minhas conquistas e o único culpado pelos meus erros.
um dia em um futuro distante, em um planeta colonizado, a única religião será a que se pode provar e medir
Paixão não é amor, e na maioria das vezes, com o tempo, ao invés de virar amor, termina em frustração.
Atravessei um deserto, cansado demais pra observar, avistei uma pequena árvore, resolvi ali descansar, a princípio não notei, mas o perigo morava alí, após um suspiro cercado por cobras então me vi.
O cansaço me levou sem ao menos imaginar, que poderia ter maldades a rondar aquele lugar.
Após algumas horas, tentando me soltar, entre as voltas das serpentes, quase faltando o ar, decidi desistir, não iria mais lutar, a cada impulso que eu tomava, era três mordidas pra parar.
Minhas vistas escureceram, os meus ossos já quebrados, ali era meu fim, eu estava mesmo derrotado.
Mas do nada me soltaram, me deixaram respirar, e com o próprio veneno, começaram me alimentar. Me prenderam em correntes impossíveis de quebrar, mas não entendia o porquê me manter vivo naquele lugar.
Sobrevivi me alimentando com o veneno que regugitavam, percebi que em minhas pernas escamas se formavam e em uma cobra peçonhenta eu já me transformava.
Passaram vários dias, mal poderia me reconhecer, meu olhar era frio, me transformei em outro ser.
Agora eu vivo rastejando, minha vida toda mudou, não existe mais bondade, o ódio predominou.