Vinicius Almeida
O Frio
O frio que é do tempo,
que vem com o vento,
que bate em mim.
A saudade que é um sentimento,
vem do pensamento
que me lembra momentos.
Momentos esses que vivi,
do lado de pessoas que não esqueci,
aonde agora falta calor,
com a distância do seu amor
Olho para a minha mão e vejo somente uma marca no meu dedo, essa é fácil apagar, alguns dias de sol e pronto, mas e a marca por ti deixada na minh'alma?
Tenho medo de me olhar no espelho.
Medo de olhar para o meu rosto e encontrar apenas um vácuo escuro.
Onde antes um criança sonhadora vivera em um passado distante, medo de ver o que ela se tornou e medo de pensar sobre o que ela acharia do ser que nós nos tornamos
Parte da criança que restou dentro desta casca luta para subir a superfície, a outra parte, maior e mais forte deixa-se afundar na escuridão da mente.
Ela esta acostumada com o vazio.
É reconfortante, acolhedor e indolor; Depois de nadar contra a correnteza muitas vezes, permitindo enfim deixando-se levar, aceitando o que realmente é.
Há uma infinidade de estrelas no infinito vasto escuro do universo; brilhando como anjos flamejantes ardentes em sua extrema glória, lutando por um lugar no espaço.
O brilho se esvai consumido pela escuridão, restando apenas uma pedra fria que vaga pelo mar escuro;
Anjos perdem o seu brilho no momento em que perdem a fé.
Anjos caem no momento em que param de voar; durante a queda o vento o leva, a sensação de estar livre é grande mas a de estar caindo é aterrorizante, a única coisa que ele pensa é: será a minha queda final?