Victor Branelli

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AUSÊNCIA
Dos sabores mais árduos que já provei
Tua ausência foi de longe a mais cruel

Mas quem é que sabe? Que por ti madrugadas solitárias já degustei

É complicado pra você? Querido, em dramas como este ninguém é fiel.

Horas e dias, semanas e meses. Submisso ouvinte.

Fala de tudo. Parece tão sombrio e sensacional

Meu grande: Sombrio é meu sangue e teu nome é meu mal.

Forte sensação, implacável dor da tortura

Te buscar, te seguir e vigiar é exata loucura

Nem mesmo sei quem és, onde está e se me quer

Sem traumas e incertezas, te alucino sem ser mulher

Não são apenas seus olhos, nem seus lábios esculpidos por um deus apaixonado

É a forma cintilante e hipnótica do seu olhar e falar, perfeito demasiado.

Vã procura infinita. Lágrimas de um domingo inquieto

Dona de toda a culpa, razões por qual nunca estive perto

Ao tempo devorador dos rumos:

Saiba que a vida é a infância da imortalidade

E se não for hoje, nem amanhã, ainda temos toda a eternidade.