Vicente de Carvalho
Vicente de Carvalho nasceu em Santos, São Paulo, no dia 5 de abril de 1866. Após seus primeiros estudos, foi levado para o Seminário Episcopal, em São Paulo. Abandonou o seminário, e com 16 anos, com uma licença especial, ingressou no curso de Direito do Largo de São Francisco.
Em 1885, publicou sua primeira obra, “Ardentias”, que apresentou características românticas. No ano seguinte, formou-se em Direito. Militou na campanha republicana e abolicionista. As obras que se seguiram manifestaram a presença do Parnasianismo. Em 1888, publicou “Relicário” e em 1902, “Rosa, Rosa de Amor”, livro que o consagrou no Parnasianismo. Em 1905, fundou “O Jornal”.
Dedicou-se simultaneamente, à advocacia, à política e ao jornalismo. Em 1908, foi nomeado juiz de direito, em São Paulo. Nesse mesmo ano publicou “Poemas e Canções”, sua obra máxima. Em 1914, é nomeado Ministro do Tribunal de Justiça do Estado. Pertenceu à Academia Brasileira e à Academia Paulista de Letras.
Considerado o “poeta do mar”, em sua obra, o oceano tem vida própria, pinta-o com diferentes matizes, resultado da forte atração que as águas exercem sobre sua sensibilidade: “O mar é para mim como o céu para um crente”. Esse amor é exaltado em várias poesias, como “Palavras ao Mar”, “Sugestões do Crepúsculo”, “Cantigas Praianas”, “No Mar Largo” e “A Ternura do Mar”. Faleceu em Santos, São Paulo, no dia 22 de abril de 1924.