Verity (livro)
A ideia que fazem de mim é muito melhor do que a realidade.
Eu não era uma heroína. Eu não era simples. Eu era, na verdade, bem complicada. Um quebra-cabeça emocional desafiador que ele não estava disposto a desvendar.
Um escritor não deveria se atrever a escrever sobre si mesmo a menos que esteja disposto a remover todas as camadas de proteção que separaram sua alma do livro.
O que você vai ler às vezes terá um gosto tão ruim que terá vontade de cuspir. Mas vai engolir essas palavras a ponto de elas fazerem parte de você, das suas vísceras, a ponto de elas te machucarem.
É natural esperar o pior das pessoas, mesmo que a desconfiança dure apenas um segundo.
O mundo inteiro era seu caderno. Nenhuma superfície estava a salvo.
A maior parte das pessoas vem para Nova York para ser descoberta. O resto de nós vem pra se esconder.
É o que se faz após experimentar uma coisa horrível. Buscar alguém como você... ou que esteja pior do que você... para tentar se sentir melhor.
Eu manipulo a verdade quando considero adequado. Sou escritora.
Aprendi muito cedo que seres humanos não são compostos de uma coisa só. Somos duas partes que compõem o todo.
Temos a consciência, que inclui a mente e a alma, as partes intangíveis.
E temos o ser físico: a máquina que sustenta a consciência e nos faz sobreviver.
Se estragar essa máquina, você morre. Se negligenciar essa máquina, você morre. Se achar que sua consciência pode sobreviver sem a máquina, você morre logo depois de descobrir que estava errado.
O lado bom de pecar é que não precisa se redimir imediatamente.