Vanessa Neves
Eu não sei pra onde olhar e nem pra onde seguir. Posso te tocar de longe, beijar-te com a boca úmida e sedenta. Só sei de uma coisa: Te quero. É tão urgente o que te escrevo, embora sutil. Quero tocar-lhe cada círculo do teu corpo. Não posso. E te amar, eu quero, de forma que o que me sufoque sejam teus beijos pela manhã. O que me doa sejam abraços apertados. Não me deixe, não me largue. Se não tudo vira um nada. Vazio. Mergulhando em um buraco enorme, daqueles que ousaram pisar fora da terra. Mas não posso. Não me permite. Escrevo silêncios em minha pele. Depois rasgo.
Ainda vou ter.
Ainda vou ter um caso com você,
ainda vou te ter,
Ou não
Pois que é infinito,
enquanto é platônico.
Ainda fico a espera daquele momento em que você me trará flores,
Ainda fico a espera daquele momento em que você me beije,
Ainda fico a espera daquele momento em que você me ame,
Ainda fico a espera daquele momento em que você me dê carinho,
Ainda fico a espera daquele momento em que você me dê bombons,
Ainda fico a espera daquele momento em que você me peça em casamento,
Ainda fico a espera daquele momento em que você dance comigo,
Ainda fico a espera daquele momento em que você assista filmes comigo,
Ainda fico a espera daquele momento em que você brigue comigo, mas volta logo pra mim,
Ainda fico a espera daquele momento em que você volte pra mim…