Valmir Mizio
Uma hora aprendemos a ter os pés no chão e começamos a entender o que se deve esperar. E se o que vier não for para mexer até sugar os poros, é melhor nem perder tempo e ver um bom filme, ouvir uma boa música ou dormir.
Seria bom entender que faz bem respeitar o silêncio do outro. Cada um tem seus momentos de introspecção. Mas, na teimosia, insiste. Depois se machuca, não entende e acredita que nunca tem culpa.
É muito simples. Quem tem paciência, sabe esperar. Procura estabelecer metas, cria planos, elabora estratégias; e no final, consegue alcançar seu objetivo: conquistar. Quem não tem, atropela etapas, estraga momentos, inverte sentimentos e entra para o banco de dados das possibilidades que não valem a pena.
E essa vai para todos aqueles que sabem cuidar de si, cuidar do outro. Que a surpresa não seja apenas hoje, seja sempre. Que a palavra de carinho não seja pelo dia, mas pela representatividade. Que o brilho do olhar seja sincero, sem máculas, sem inseguranças. Que seja assim, simples, mas de coração. Com respeito, verdade, cumplicidade, entendimento, paciência e, acima de tudo, com o danado do amor.
É interessante sentir o fascínio das pessoas em ter o "alguém perfeito". Isso não existe. As pessoas se adaptam, se completam justamente onde podem mudar. É natural. Nada previsível é digno de termos noites mal dormidas. É bom ter aquela vontade de entender o outro lado, a falta, a saudade que fica. As pessoas são natas em mentir. Mas, lá no fundo, resta, em cada um, valores perdidos. E cabe a nós, seres pensantes, buscar isso. Ou luta pelo que vale a pena, com pés no chão, claro; sem essa de sonhos suspirantes, ou vamos viver sempre neste complexo mundo do vazio e dos sentimentos fugazes.
As pessoas que precisam de você, sempre serão elas mesmas. Experimente começar a precisar delas, e vai saber com que está lidando de verdade.
É em dias desses qualquer, a gente se depara lembrando daquela pessoa. E acontece aquela conversa com os pensamentos. Sorrisos chegam do nada. Daí, o tempo fica passando no imaginário, desenhando momentos que ainda não foram vividos. Daqueles que, só de pensar, já alegram o resto do dia. Pessoas especiais, essas sim, são sempre bem vindas.
A vida segue seu caminho com passagem só de ida. Encontros, desencontros, decepções, conquistas, tristezas, alegrias, mentiras e verdades. Tudo isso faz parte. Cabe, a cada um, saber discernir e viver o que for melhor pra si. É de cada um ter um jeito próprio, uma identidade. Não é fácil construir uma história onde tudo seja só festa. Vez ou outra o vazio e o silêncio toma conta dos nossos dias. E nos alerta que devemos cultuar nossa memória para que lá na frente possamos lembrar o que não valeu a pena e evitar repetir. Sem raiva, sem rancor, sem sentimentos ruins. E, também, lembrar do que foi e é bom, e fazer de tudo para manter por perto. E isso, sendo com a família, amizades, profissional, amor e onde for. Devemos, sim, encerrar ciclos; renovar, caso mereça; e até mesmo deixar novas possibilidades acontecerem. Eis a arte de ser indiferente com o desnecessário e de ser recíproco com o que nos completa.
Em algum momento da vida, você vai atravessar uma fase onde será preciso parar, pensar, (re)organizar os objetivos, (re)definir prioridades, escolher caminhos. Esse momento pode ser agora.
Não adianta insistir em outras tantas pequenas tentativas, se lá no fundo você guarda uma grande saudade.
As pessoas querem sempre tudo pronto, e não sabem construir. Perdem oportunidades, esperam regalias, comidades e perdem tempo até ser dar por vencidas. Dois pequenos detalhes super importantes que precisamos aprender, seja para vida pessoal ou profissional. Um, é ter paciência. O outro é ter memória para lembrar que precisamos ter paciência. Ou você se adapta, aprende, cria estratégias e conquista ou vai passar a vida tentando.
Todo mundo sabe que o coração é viciado em aprontar. Atropela, quase sempre, a razão. E mesmo assim, nos 'jogamos' e deixamos para ver o que vai acontecer. Bom mesmo seria se esse danado tivesse direção, freio e seguro contra acidentes.
Até se eu falar em italiano, você vai entender. Não pelas palavras ou pelo que elas significam, mas pelo que você vai sentir no meu olhar, no meu silêncio e no meu sorriso.
Sabemos que temos um limite de tempo nesta vida. Não sabemos como e quando e de que forma vamos partir. Sabemos que, mem algum momento, nossos olhos vão falhar; que nossos movimentos não vão acompanhar a velocidade dos nossos desejos; que nossa voz vai ficar trêmula ou pacata; que nossos instintos vão diminuir. É o tempo de cada um! É a vida! E tudo que a gente puder viver intensamente, a gente deve viver. Na família, na profissão, no amor e em tudo que valer a pena. Pulando as incertezas, as falsidades, as mentiras e até as limitações que a vida vai nos impor. E quando não tiver mais como, ainda vamos ter nossa fé e nossa memória para nos emocionar quando quisermos resgatar nossas melhores lembranças para poder sentir novamente um pouquinho da vida. Não pare, não espere, não perca tempo e não deixe de viver por medo de tentar.
Para que tanta pressa, se neste momento já sabemos lidar com o tempo? Para que essa agoniam se logo agora a vida está do jeito que planejamos quando tínhamos 15 anos? Ah, não me venha roubar a liberdade se não for por algo que vá realmente valer a pena. Você gosta do meu jeito de ser, da forma como eu vejo a vida, do meu humor, dos meus pensamentos e tudo mais. Me acha até bonitinho e tal. Mas, e daqui a 100 anos? Já pensou como vai conseguir cuidar de mim? E aí? Pensou? Ficou com medo? Então, vai correr? Vai desistir de tudo na primeira briga? No primeiro ciume? Aviso logo, se for para brincar, que seja sério. Que seja até o fim.
Bom dia, meu bem. Tudo bem? Fico te olhando, te admirando e... fiquei lembrando aqui do tempo que você me achava um príncipe, que ficávamos brincando sobre a vida e sobre o futuro. Do tempo em que tínhamos vigor de adolescentes, uma energia absurda e de como era intensa nossas noites. O quanto prometemos cuidar um do outro quando estivéssemos velhinhos. Das nossas brigas e dos dias, que eram poucos, que passávamos longe e depois não suportávamos de tanta saudade e porque brigamos mesmo? Ah.. não importa. E aí toda aquele carinho, olhos nos olhos, brilhando intensamente como se fosse o início de mais um encontro. Quantas farras juntos, porres, viagens. Nosso casamento. Lembra como foi divertido? Meus amigos surpresos porque chegou minha hora! E eu ali, de terno, gravata e allstar. E você, sempre linda. Querendo levar até seus bichos para a igreja (rsrs). Você ali, com um olhar radiante e com esse sorriso que me acompanha até nos sonhos.
E como foi linda nossas vidas. Hoje estou aqui, cabelos brancos, rugas, sem o vigor de outrora, vez ou outra esquecendo de levar a rosa que sempre levei para nossa cama para te presentear por mais um dia juntos. Não porque seja falta do amor de sempre, mas é a memória que já me trai. É, faz parte da idade, faz parte do tempo que passou e deixou seus registros. Nossos corpos não respondem mais a nossas vontades. Nossos desejos já não correspondem mais ao que era antes. O tempo passou e estamos aqui, para contar tudo isso a nossos netos, como se fosse um conto, uma fábula. Mas foi e é nossa vida. E agora? Não! Não é um ensaio sobre a velhice. Chegamos nela, e chegamos da melhor forma que duas pessoas poderiam chegar. Construindo dia após dia nossa relação, fortalecendo nosso amor com respeito e admiração, como os casais deveriam fazer e poucos fazem. Uma pena. Mas, se formos únicos, e somos, que sejamos um exemplo para uma esta geração. Porque uma coisa é certa: nunca tentamos ser superior ao outro, sempre equilibrados. E quando pensamos em algo, pensamos juntos. Porque aceitamos dividir uma vida e não somente um tempo.
Isso é apenas um texto. Mas, é bom pensar. Enganar é fácil, iludir, mentir. Mas, se todos buscam mesmo é dividir uma companhia da qual vá valer a pena. Pensem sobre isso. É muito fácil influenciar uma mente. Difícil mesmo é conquistar um coração e aí, viver um compromisso.
O tempo não vai te esperar. E não fique achando que não vale a pena sentir, gostar, se apaixonar. Se jogue! Eu espero que você tenha a coragem e a sabedoria para aceitar que tudo é válido quando te faz feliz.
Saudade é um sentimento sem 'freio', intenso, desgovernado e que, até sem querer, desenha lembranças no pensamento. E faz com o que esteja longe, permaneça sempre perto.
Pode não ser o caminho certo, mas é para onde a razão e a emoção estão me levando! Se nada for como espero, qual o problema? Ainda tenho uma vida inteira para tentar acertar.
Não sou diferente das outras pessoas. Eu também já iludi, já desprezei, não me importei, magoei e muito. Até entender que isso estava errado. Existe sempre um motivo muito importante para que possamos reposicionar nosso jeito de ser. Alguns encontros nesta vida, chegam para transformar e fazer com que as pessoas se questionem, analisem, observem seu jeito errante de ser e escolham mudar ou não. Nosso egoismo muitas vezes nos deixa cegos. Eu decidi mudar. E prefiro tentar ser o tipo ideal [perfeito não existe] por que sei da razão disso tudo. E esse motivo, por mais tempo que fique escondido, vez ou outra aparece balançando as emoções e mostrando que alguns encontros precisam mesmo acontecer novamente para ter a possibilidade de acertar e ter o tempo suficiente para ver até onde pode chegar. Mudar por alguém que vale a pena, na maioria das vezes, pode ser apenas largar o MEU e transformar em NOSSO.
Muita gente me pergunta: - Como esquecer alguém que gostamos? Se existisse fórmula mágica, eu mesmo já teria usado. Passei uma boa parte da vida com esse questionamento e cheguei a uma simples conclusão onde me ajudou muito. A verdade é que a gente não esquece. Quem chega e convive, acaba que vai sempre fazer parte da nossa história. Sendo bom ou não. As vezes um dos lados se vai e sentimento mesmo pra durar precisa de respeito e admiração. Acabou isso, simplesmente caia fora. Se não deu certo, não vai acontecer. Não perca tempo. E não fique por aí "enchendo a cara" e se entrelaçando em outros braços, porque não vai mudar nada. Você não vai esquecer. Mas pode muito bem aprender a conviver com essa lembrança sem que ela te incomode. E não venha com essa conversa que é difícil. Prefere continuar sofrendo por quem está se divertindo por aí? É preciso seguir em frente e deixar as portas abertas para uma "novo amanhã" acontecer.
Conhecer só no observar. Sentir sem precisar invadir. Reconhecer sem precisar olhar. Ouvir sem precisar falar. Eis que aí você entende que o sentimento está acontecendo. Sem mais, nem menos. Apenas acontecendo.