Valdemi Cavalcante Teixeira
TENHO SAUDADE DE TUDO
Ai que saudade do teu cheiro
Do teu tempero
Do teu sabor.
Ai que saudade do teu abraço
Te dar um amasso
Sentir teu calor.
Ai que saudade do teu corpo quente
E de repente
Fazer amor.
Ai que saudade do teu beijo
Matar meu desejo
Te amar sem pudor.
Ai que saudade do teu olhar
E na hora de amar
Te mostrar meu valor.
Ai que saudade daquela paixão
Que no teu coração
Um dia brotou.
Ai que saudade do beijo molhado
Dois corpos colados
Na hora do amor.
Ai que vontade de amar de vedade
Pois na realidade
Cansei de ser ator.
Como é triste a cama vazia
E lembrar que um dia
Não te dei valor.
Ai como fui covarde
Não lutar de verdade
Pelo teu amor.
E como não soube te amar de verdade
Na realidade
Hoje vivo de dor.
Valdemi
O TEMPO
Para todo mal o tempo é o melhor remédio!
Não existe mal que o tempo não cura.
Cura doença, desavença e até loucura,
cura paixão, desilusão e também cura o tédio.
Dê tempo ao tempo sem perder tempo,
pois ao tempo não se contradiz.
Dê tempo ao tempo se não é tempo de ser feliz.
Dê tempo ao tempo, não só por um momento,
mas por gerações se preciso for.
Pois o tempo, esse relógio do universo,
quando se transforma até em verso
pode curar até mal de amor!
E se na dor ou na alegria,
o problema é o tempo ou o contra tempo,
no tempo eu me reinvento
dando tempo ao tempo todo dia!
São Bernardo do Campo, 24/12/13 - Valdemi
ENTÃO É NATAL!
Então é Natal,
Símbolo do verdadeiro amor,
De festas e alegrias.
Então é Natal,
Do povo a quem Jesus amou
Anunciando os novos dias.
Então é Natal,
De dias novos de felicidade
E de viver em comunhão.
Então é Natal,
Por toda eternidade,
E numa só oração,
De Natal em Natal,
Pensando em comum para o bem
De toda a humanidade
E não só no Natal
Pensar que o que nos convém
É lutar pela paz e a fraternidade.
Pois chegou o Natal
Do amor e perdão
Das mágoas e rancores.
Pois é no Natal
Que o seu coração
Exala o perfume das Flores!
VINTE E CINCO DE DEZEMBRO
É festa no céu!
Os anjos reunidos dizem amém
Em louvor a Jesus.
É festa no céu!
Maria, nossa mãe, está presente também,
Recebe homenagens ao filho de luz.
É festa no céu!
Jesus, nosso irmão,
Nos convida também.
É festa no céu!
E numa só união
Pensemos no bem.
É festa no céu!
E todos os santos
Comemoram como nada igual
É festa no céu!
E na terra outros tantos
Pois chegou o natal!
OS OLHOS DA IMAGINAÇÃO
São olhos de lince. Tão exuberantes!
Olhos de águia que, poderosamente, tudo veem;
Olhos de luz, penetrantes.
Que penetram na alma, desvendando os mistérios nela segredados;
Que penetram no coração, que assustados, amedrontam-se docemente!
Olhos de luz como dois faróis na madrugada a iluminar o sono de sonhos.
Sonhos de um paraíso mágico regido por uma Santa.
Sonhos com um mar imenso e os mistérios de uma linda Sereia;
Com um mundo imaginário comandado por uma Fada encantada;
Sonhos com uma Bruxa do amor a enfeitiçar corações frágeis e enfraquecidos diante de uma Deusa Afrodite...
De repente acordo assustado e confuso sem nada entender. O que acontecera!...
DIA DE AVALIAÇÃO
Quando a professora adentra à sala
A turma toda fica aflita!
Somente o coração palpita
Quando ela emite a fala.
Neste momento todo mundo se cala,
Ninguém mais se agita,
Nem Claudinha, Andreia ou Benedita,
Nem Amanda ou Ana Paula.
A sala é um mar de silêncio,
Não conversa mais Juvêncio,
Nem Pedrinho com João.
Só se fala se for a palavra presente!
Quem estudou tá confiante, outros descontentes,
Pois é assim no dia de avaliação.
UM CONTRASTE
Rias o teu riso demorado e forte.
Que eu, de dor, derramarei o meu pranto.
Enquanto o teu riso gozoso no entanto
Ecoa de norte a sul, de sul a norte.
E eu, na esperança de contar com a sorte,
Não encontro no teu riso nenhum encanto.
E de tudo o que mais me importa é o meu manto,
O manto da esperada e fatídica morte!
Tu, enquanto podes, rias ao vento.
E eu, triste, num só pensamento,
O pensamento negro do inevitável fim!
E no teu riso que provoca, que insulta,
Me faz focar nesse fantasma que se avulta,
O fantasma morte que persegue a mim!
MINHA TRISTEZA
Hoje, mais do que outros dias, me sinto triste
Tento buscar alegria, mas parece que ela não existe.
Sigo vivendo em melancolia,
Esperando que amanhã seja um novo dia.
Mas sinto que a tristeza persiste
Apesar de tudo, sigo a vida para frente
Pois quem sabe de repente
A alegria bata em minha porta.
E verá que o que mais importa
É a Deus seguir temente.
Busco aprender em algum provérbio.
Mas sei que até meu amigo Euzébio
Sabe do que passei,
Mas ainda não sei
Porque vivo esse tédio.
Não espero muito da vida,
Só quero a felicidade ainda não tida,
Alegria, saúde e um pouco de sorte,
Força para lutar, antes que chegue a morte,
Para minha última despedida.
Será que somente após a morte
Minha alma se mostrará mais forte,
E que a vida é somente um aprendizado,
Porém quando estamos com o orgulho machucado
Nos queixamos que nos faltou a sorte?
Ou será que queremos de mais
E esquecemos que para se ter paz
devemos viver com simplicidade
Cultivar aquelas velhas amizades
Um dia deixadas para trás?
Só busco a alegria que sustente o meu viver
Pois não basta apenas viver sem saber.
Temos que ter fortes motivos
Para seguirmos bem vivos
Neste mundo de eterno aprender.
Espero que a minha tristeza um dia passe.
Neste mundo de quem sempre nasce
Chorando para o mundo.
O choro mais profundo
Que é o choro de quando se nasce.
MINHA ALMA
Oh! alma minha sofrida
Queria eu adentrar na tua essência
Para compreender a minha existência
E poder melhor entender a vida.
Oh! alma da minha vida
tão efêmera quanto é bela uma hortência,
Rege-me com tanta eficiência
Que eu não entendo a dor vivida.
Vives tão em mim que me confundo
Se a alma sou eu ou eu sou a alma,
Se faço parte deste ou do outro mundo.
Se te encontro no meu ser profundo,
Na profundeza que alivia e acalma,
Não entendo se sou você ou você sou eu no mundo!
A ARTE EM SEU VALOR E GLAMOUR
Toda arte - seja música, canto, dança, pintura, literatura, teatro..., enfim: a "verdadeira" ARTE - tem um "que" de divino! Já parou para observar as pinturas de Van Gogh, Góia, Picasso, etc? E o que dizer de Michelângelo em A Capela Sistina? É pura magia que transcende a alma! impressiona, conectando-nos com a divindade interna de cada um. A músca clássica nos faz levitar e dá a impressão de que estamos saindo do corpo: se não estivermos preparados para ouvi-la, sentimos medo e se não formos corajosos, fugimos da música, fugimos do que é divino. O canto, em sua delicadeza, parece nos purificar a alma. A dança (clássica) parece nos retorcer o corpo, deixando-o em leveza e bem-estar. A literatura nos leva a um mundo fantástico e imaginário que jamais encontraremos em realidade. E a verdadeira "ARTE TEATRAL", em sua plena magia, é capaz de nos conectar coração, alma e mente, nos fazer viver as mais belas loucuras, os mais belos sentimentos, chorar todos os prantos e sorrir todos os risos, nos faz amar e ser amados, nos faz mentir em viver a mais plena felicidade quanto que a felicidade maior é viver o teatro em sua plenitude. É ver com a alma, pensar com o coração, sentir de todas as maneiras o seu encanto. Tudo isso porque é uma das formas como Deus se manifesta, da maneira mais efêmera.
Mas eis que entre a arte e seus operadores, para equilíbrio de todas as coisas, surge o "demônio" enciumado e, com falsas promessas, oferece o coquetel da perdição, um cálice contendo os piores ingredientes: o pior deles, o pai de todos os outros, é o egoismo, inflado pelo orgulho e a vaidade, pela inveja e a ambição.
Ainda bem que a atividade teatral não se pratica sem um líder, que é o diretor. E como todo bom líder, com espírito nato da liderança, nasceu para saber arrancar o melhor de cada um, buscar no íntimo dos seus dirigidos o que tem de mais magnífico dentro de si e fazer isso aflorar em divina magia, para a verdadeira beleza da mais efêmera das artes, que é o teatro. E assim embelezar mais e mais o nosso mundo.
Mas o "demônio', com sua típica malícia, foi ao diretor o primeiro a oferecer o coquetel da perdição. O qual, na prepotência típica dos diretores de arte, revelou que ele seria, se não o único, o primeiro a merecer todas as benesses do espetáculo. Afogou-se em profundo gole colocando em perigo a beleza harmônica que o "CRIADOR MAIOR" nos colocou à disposição.
NA HORA DO ADEUS!
Ao apagar das luzes,
No meu suspiro derradeiro,
Não serei o último nem o primeiro
A temer o por vir!
Mas quero me sentir por inteiro
Antes de, para sempre, partir!
Na ânsia de, a todos, me despedir
Quero ter ao menos um semblante de paz!
Mas também quero, a vocês, pedir
Que ninguém repare no que deixei pra traz,
Pois esse é um momento que me satisfaz.
Talvez, de todos, o mais importante na vida!
Só quero fechar os olhos e nada mais;
De vocês, o consolo da despedida!
E que eu fique na lembrança enternecida
Do desejo de dias outrora!
Não quero se quer uma lágrima caída
Daquelas dos olhos de quem chora.
Pois vejam que chegou minha hora,
Do adeus, para todos improrrogável!
E para sempre, a partir de agora,
Depois do meu fim inevitável,
De onde estiver serei mais amável
Do que pude ser nesta existência.
Já me livrarei do peso inimaginável
Deste corpo, nesta pobre experiência,
Onde tudo acaba, mas sobra a essência
Do ser, construída eternamente!
Sabendo que meu corpo entrou em falência
E ficou impossível conservar a semente,
Partirei desta para sempre!
E a vocês, deixo o meu adeus!
ESPELHO DA ALMA
A poesia é a alma do poeta,
que a expressa mediante inspiração,
utilizando-se da sua imaginação
para concretizá-la em hora certa.
É o espelho interior
que reflete os sentimentos,
transformando em bons momentos
para descrever até o amor.
E na poesia se transforma tudo em verso,
une o que está disperso no universo
através de métrica e rima.
Se lhe vem um cenário de imaginação,
toma do papel e a caneta na mão
e então nasce uma obra-prima!
MÃE!
Hoje eu te agradeço!
Pois o que fez não tem preço,
Quando me amamentou.
Serei grato para sempre
Pelos nove meses em que vivi no teu ventre,
Por isso é que hoje vivo eu estou.
Obrigado por ter me dado um ninho.
Por ter me dado um nome.
Por ter me dado carinho
E ter me transformado num homem.
Meu coração não aguenta mais a distância.
Lembro da minha infância
No tempo em que eu era tão feliz,
Quando eu tinha teu colo.
E hoje distante eu choro,
Porque um dia eu quis
Conhecer o mundo
E aprender coisas diferentes.
E esqueci que o amor de mãe é profundo
E dura eternamente!
Perdoa-me a ausência,
Pois permiti a influência
Deste mundo tão sombrio.
E hoje vivo distante
Pensando em ti a todo instante
E percebo o quanto fui frio,
O quanto fui tolo
Quando deixei meu lar
E perdi o teu colo
Pra vir tão longe morar.
Seu filho ainda vive!
Ainda hoje estive
Pensando em ti a chorar!
Cumpre missão tão linda
Sabendo que ser mãe é sua sina!
Pelo filho vive a rezar!
Pede para ele proteção
De todos os Santos,
Nesta hora fala alto o coração
E ela se banha de prantos!
É sempre mãe na alegria e na dor!
Mesmo se não lhe é dado o devido valor
Ela não se aborrece.
E quando fala no filho
Seus olhos se enchem de brilho
E coração se amolece!
E tudo faz para ajudar o filho ingrato,
Mas esse não reconhece
Todo o amor que lhe é dado,
Mostrando que nem sempre o merece!
Continua sendo mãe mesmo diante da ingratidão,
Perdoa se o filho lhe esqueceu na solidão,
E continua firme por ele a rezar.
E se o filho se encontra doente
A mãe sofre intensamente
Pedindo a Deus para que ela morra em seu lugar!
E morrendo parte para os Céus
Para junto do Pai ficar!
Onde será coroada por Deus.
Se torna Rainha, mas do Alto, ao filho continua amar!
A CHUVA
Chove, chuva, vem molhar,
Chove lá na serra,
Molha toda terra,
Chove lá no mar!
Chove, chuva, chove de mansinho!
Chove lá na roça,
Para alegria nossa
E também dos passarinhos!
Chove, chuva, chove para cá!
Traz de volta as borboletas;
A alegria das violetas
E o canto do sabiá!
Chove, chuva, chove mais uma vez!
Chove em todo o mundo,
Pelo menos por um segundo.
Não queremos escassez!
Chove, chuva, chove por favor!
Chove lá no campo,
Chove que nem pranto
Quando chora o lavrador!
Chove, chuva, chove de novo!
Chove de noitinha
Para molhar as plantinhas
E alegrar o nosso povo!
Chove, chuva, chove já!
Chove no riacho
Que corre para baixo,
Que o sertão quer virar mar!
Quando chegar a morte quero estar preparado, e à sua espera. Pois não quero ser pego de surpresas nos corredores da vida.
DIAS DE INFANTE
Lembrei-me de quando era pequeno infante
E a alegria transbordou em minha face amarela,
Das brincadeiras em tom de aquarela,
Dos brinquedos de cores vivantes!
Busquei dentro de mim a eterna criança
E tentei trazê-la para o mundo de agora
Somente para saborear os dias de outrora,
Que ficaram guardados na doce lembrança!
Em estado de êxtase por tal felicidade,
Corri feito um coelho por entre a floresta
E por um atalho logo cheguei em minha morada.
Depois fui fazer compras na cidade
Para organizar grande festa
E comemorar com toda criançada!
SER CRIANÇA
Ser criança é ser feliz!
É falar o que pensa
Sem pensar no que diz.
É assim de nascença,
Sendo eterno aprendiz!
É ser simples e bondoso,
É ter o dom de amar
E sempre ser carinhoso,
É gostar de brincar
E brincar bem gostoso!
É ser bem inteligente
Aprendendo tudo que ver.
E não sendo experiente
Tudo que ele quer
É ser criança eternamente!
É não ter ódio no coração,
É para o bem dizer sim
E para o mal dizer não,
É querer tudo e enfim
É viver com paixão!
É ter fé e esperança,
É ser grande sendo pequeno,
É ter a fala mansa
Quando quer ganhar terreno
No mundo de ser criança
A MOÇA DA FOTOGRAFIA
Assim é aquela linda moça da fotografia:
Tão segura de si por onde passa, toda cheia de graça,
Coberta de charme que contagia.
Seduzindo desde os mais frágeis corações,
Até o meu, que um dia, querendo ser seu,
Apaixonou-se pela linda moça da fotografia!
Agora vivo suspirando noite e dia,
A todo momento pensando nela! Olho pela janela
E viajo num mundo de fantasia!
Inebriado de amor na madrugada, extasiado de desejo,
Mas solitário, perco o sono, e no abandono
Da cama, mesmo acordado, sonho com a moça da fotografia!
Ao nascer do sol, logo no romper do dia,
Ainda acordado, percebo que o meu estado,
É de quem há muito tempo se extasia
Pela paixão dilacerante que tomou conta de mim!
Aí continuo na cama, ainda de posse do meu pijama,
E não consigo parar de pensar na moça da fotografia!
Na insônia que me invade, roubando minha energia,
Passo o tempo a escrever, a ler e reler
O meu pequeno caderno de contos e poesia!
E mesmo na solidão que me apavora e me angustia,
Distante da bela diva, a moça por quem ascende uma paixão viva!
E suspirando, escrevo mais um poema pra moça da fotografia!
VALDEMI CAVALCANTE
CERTEZAS E INCERTEZAS
Na escalada da existência temos apenas duas certezas.
E o que a correnteza do rio da vida nos traz,
Na estranheza de não encontrarmos a paz desejada,
E no passo a passo da longa estrada,
Muitas vezes no caminhar descalço,
Nos tropeços, obstáculos e percalços,
A gente se refaz no desalento,
E no outro dia, mais atento,
À procura do sentido do itinerário da vida,
Seguimos adiante nossa jornada de incertezas,
Pois aquelas duas certezas prementes,
Uma se apresenta com o nascimento;
E no decorrer da vida, ávidos pelo viver,
Ansiosos pelo dia futuro,
A cada dia vivido, mais e mais, nos aproxima
Da outra certeza inevitável.
VALDEMI CAVALCANTE
NOSSA HISTÓRIA
Saudades daquelas tardes fagueiras,
Em que eu e você trepávamos na mangueira,
Escondidos da ira da titia!
No delicioso café da matina
Me convidava para corrermos pela colina,
Sentindo no rosto o frescor da ventania!
Eu, você e o canto dos bem-te-vis,
Cheios de amores, suspiros infantis,
No esplendor contagiante da tua alegria
Que me levava ao delírio, empíricos desejos,
Quando sentia teus afagos, provava os teus beijos;
Adorava estar sempre na tua companhia!
Eram momentos intensos de amores joviais,
Escondidos na colina, em gozos divinais,
Até o dia em que fomos pegos pela Maria!
Destemido, enfrentei-a, venceu a ira tremenda;
Envergonhado e triste, fui expulso da fazenda;
Tive que vir morar no sul fugindo da Bahia.
Restou-me a saudade do tempo de criança,
Eternizada na doce lembrança
De nós dois no sertão em plena sintonia!
Passou-se décadas dos dias de outrora,
Mas eu me lembro a cada minuto e hora,
Do quanto eu amava quando contigo pro campo fugia...!
Foi quando adulto, encontrei uma morena,
Meiga, magra, linda e pequena,
De olhar doce, transparecendo magia,
Me causou vertigens, lapsos de memória,
E eu não quis acreditar que nossa história
Pudesse um dia ultrapassar as barreiras do sertão da Bahia!
VALDEMI CAVALCANTE TEIXEIRA