Urias de Batheseba
Iludido, abandonado rindo sozinho, calado e caído. Machucado vira ferida, fechado sem saída, a estrutura é pó, o homem esta só . Genuína fixação termina numa alucinação de viés ora mulher, ora menina. Querer o revés? chacina então de vez a esperança na tez da infância da alma. Calma! Muita calma nesta hora! Saí pra fora e espanta a dor, levanta o ator, o dia amanheceu. Diga a mim: No copo meu, o gelo derreteu no gim. Meu apelo! Como surgiu assim esvaneceu
O Processo, diante da lei ha um porta,” não adianta fugir, correr, apelar.
O que peço? Não sei. O que me corta? Espanta! Subir, descer, esperar.
“Diante da lei há uma porta em frente há um guarda,” mudo surdo, cego.
Pasmei! Quem se importa? Antes que tarda, amor, profundo égo.
(Samba- Ela sumiu)
Ela sumiu porque quis sumir
Se cansou de olhar
a esmo
Foi embora
desapareceu da vida na aurora
foi assim mesmo
O meu fica foi recusado
Fugiu
Nem ruido dela se ouviu
Nem deixou recado
Não ouve
Despedidas
nem coube
Medidas
Ela sumiu
E a duvida que me saía
Era, se ela existiu um dia?.
O sonho de T Monk.
O que há de errado com os dedos de Thelonius Monk?
Estralam o piano como gelo no copo
Em uma epistropê ti tu be an te, ti tu be an te
insano! irado! Misantropo!
Qual Critério Misterioso Monk?
sisudo! ... ma non troppo.
Cante em mistério, em anáfora
Meticuloso, mudo, sério.
Santo, profano blue monk!
Duke te batizou no Minton's Jazz harlem
Miles, Dizzy e Bird outrora...
Bebop e também banto ufano.
Thelonius Underground
Por volta da meia noite
Qual será o monk's dream?
(Urias de Batheseba)