Tsharllez Foucallt
Fundo do Poço - posSO Ser f u n d o
Me jogaram aqui a muitos anos,
Acabaram com minha vontade de lutar.
Me calaram e acabou-se os planos,
Nem forças eu tenho pra revidar.
O mundo toda noite é meu sufoco,
Com pensamentos tortos me afundo.
E no fundo do poço já dou socos,
Se não saio por cima rasgo o meio do mundo.
Abaixo os amigos são minha lama
Que se grudam a mim como cola.
É cada ideia que se descola,
E eu colo um novo meio de drama.
Passo a mão na parede e tento escalar,
E está lá não me faz ver o topo.
Daqui o aperto é claustrofóbico,
E pra me livrar, tudo eu já topo.
Momentos são apenas momentaneamente,
E de repente a família é minha escada.
Essa é a armadilha mais bem armada,
Que tira o suicida da minha mente.
Mais um passo pra cima e fico
Mais perto de segurar a base com as mãos.
Sei que é difícil sair vivo,
Mas não é o labirinto
Que para o general em sua ação.
São seus esforços que te faz
Ficar voraz; ser e dar o seu melhor.
Seguro firme e não deixo que lá jaz.
Naquela noite não levarei a pior.
Estou me erguendo para me sustentar.
Vejo o quanto eu na vida já escalei.
E com um tropeço a mim empurrar;
Não vou parar, vou lutar,
Pois tudo de novo eu subirei.
Se a felicidade fosse encontrada nos bens materiais, para se observar a severidade dos interesses humanos, todos estaríamos incrédulos com o excesso de sorrisos vistos em todos lugares.
A fraqueza do amor está em utilizá-lo esperando recompensas por isso.
O mundo moderno abusa dos interesses superficiais em troca de dinheiro, e nesse enredo vão-se as mais nobres emoções. Pessoas colapsam-se por sentimentos dos quais não conseguem expressar pelo fatos de outras pessoas não as incentivarem.
Seria muito mais fácil se, neste quesito, todos pudêssemos ter mais desejo em ouvir ao contrário de divulgar.
Hoje em dia o que é mais valioso no mundo, a sua vida, ou o que as pessoas vêem nela? Essa pergunta, a princípio, soa estúpida, entre tanto, os indivíduos moldam-se mais a "Status", e menos a interesses próprios. O belo é o que mais tem "Like" nas redes sociais, que, embora tem algum tom de conotação na rede de informações virtuais, não tem o foco de unificar e socializar pessoas. Pelo contrário, com notícias que circulam neste imenso oceano de informações, p concretizas-se a intolerância, imortalizando a ignorância, avareza, irá, inveja, e por aí perde-se os pecados meramente enraizados nos humanos. Então; amando alguém, ou apenas desejando ardentemente trocar o desejo de amar por migalhas egoístas?
E pensar que temos de andar tanto neste mundo para descobrir que ficar parado nos levaria ao mesmo lugar.
O Peso Dos Meus Pecados.
O peso de meus pecados
Agora cai sobre mim,
E mudando de lado
Não vejo mais o fim.
A luta é assim, a guerra não vencerei,
E lutando por mim, nada alcansarei.
É o meu jeito poético,
Buscando paz de espírito,
Ter medo disso é patético
Pois já enfrentei os críticos.
A luta resisto, com o meu melhor lado,
E na batalha resisto, para quebrar o legado.
Estou vivendo os meus dias
Com esse vazio sem fim,
E as minhas alegrias,
Já fugiram de mim.
Foi simples assim: Elas me abandonaram.
Meu lado ruim, as fraquesas abraçaram.
Hoje o dia é mais belo,
E tenho mais uma luta.
Colei os medos com celos,
No envelope da disputa.
Minha força ultra, daqui me impulsiona.
O medo da luta, não me abandona.
Essa dor é o acúmulo dos problemas.
Fracassado é o meu novo emblema.
Janela Parte I
Na sacada a visão emociona,
O amor me abandona,
E o medo me abraça.
O sufoco me mata,
E o desespero me enlaça,
Com tal força que me impressiona.
A decisão torna-se tão incómoda.
Meu desejo é o socego.
É como o belo sobejo,
Que a morte me traz.
Perde-se então a paz,
Pois não acalma o que a alma faz
Para me tornar um pouco cego.
Minhas mãos tocam o ar que não pego.
Perdido na própria essência
O quanto você conseguiria correr atrás de mim, para me tirar esses tormentos da cabeça?
E qual sorriso você usaria para me mostrar que não é o fim, para que eu pudesse viver como uma promessa?
Eu vou sem pressa alcançar esse abismo a minha volta.
Os meus passos são o gatilho que deixa a minha alma solta.
A fúria que outrora engrandecia os meus sonhos, hoje não passa de um sopro forçado.
Os meus medos mantam o meu sono, e me faz se contorcer toda noite acordado.
Perdas e ganhos,
São tantos enganos
Que moldam a tua vida.
As feridas abertas
E sua índole certa
No mundo de mágoas
Tão reprimidas!
Chamem um psiquiatra
Para o meu psiquiatra
Ouvi o que ele relata,
Ser apenas os meus delírios.
Ou chamem um exorcista
Que não borre as vistas
Quando ouvi a risca
Meus relatos sem lírios.