Tomas Merton
Misticismo é amizade
“O místico, isto é, o contemplativo, não apenas vê e toca o que é real, mas além da superfície de tudo o que existe, ele chega à comunhão com a Liberdade, que é a fonte de toda realidade. Esta Realidade, esta Liberdade, não é um conceito, não é uma coisa, não é um objeto, nem mesmo um objeto de conhecimento: é o Deus Vivo, o Santo, Aquele ao qual ousamos atribuir um Nome unicamente por que Ele nos revelou um Nome; mas Ele está acima de todo Nome.”
Mais Dele do que meu
“Nossos pensamentos e desejos, nossas ações são, de direito, mais Dele do que nossos. Todavia, temos de lutar para estarmos seguros de que Deus recebe de nós o que lhe devemos.”
Traçar o próprio caminho
“Como esperar alcançar o fim de nossa viagem se tomamos o caminho que leva à cidade de outros? Como esperar atingir nossa própria perfeição, levando a vida dos outros? A santidade deles jamais será a nossa; devemos ter a humildade de elaborar nossa própria salvação na obscuridade, onde estamos completamente sós...”
“Podemos iniciar o trabalho que Ele nos pede: o de devolver a ordem à sociedade e trazer paz ao mundo…”
Necessário é o diálogo
“O simples fato de viver em solidão não isola o homem, como o simples fato de viver com outros homens não leva os homens à comunhão. A vida em comum pode tornar alguém mais 'pessoa' ou menos 'pessoa'; isso depende de que seja de fato vida em comum ou apenas vida no seio da multidão.”
Viver em comunhão, em autêntico diálogo com outros, é absolutamente necessário para que o homem permaneça humano.