Tiago Szymel

1 - 25 do total de 49 pensamentos de Tiago Szymel

Barco na Beira do rio.

Éramos animais, como qualquer outro animal vivo na natureza. Buscando apenas a existência através da sobrevivência, tudo meio com base nos instintos, desde da alimentação, ao repouso até o sexo e a reprodução. Então de alguma maneira ( existem teorias diversas), mas vou chamar de “alguma maneira”... começamos a evoluir no processo de pensar, a coisa tomou tanta proporção que percebemos que conseguíamos modificar a nossa natureza. Passamos a usar nossa consciência crítica, analítica como um motor para sermos qualquer coisa que nossa imaginação fosse capaz de visualizar. Cada serhumaninho durante a sua existência produziu o que chamo de barco na beira do rio. É bem simples o conceito, você nasce, cresce, e percebe o mundo a sua volta, diante disso você avança o máximo que pode, seja com um feito prático ou teórico, quando você morre seu conhecimento se transforma em um barco na beira do rio, quem vem depois aproveita isso para avançar mais um bocado e o ciclo continua.

Acontece que milhares de anos depois, não sabemos mais o que de fato é real. É como se nada de fato fosse real, partindo do princípio de que tudo foi criado por alguém em algum momento da história ( certas criações foram incríveis e nos mantém vivos até hoje, outras depois de alguns séculos nem tão incríveis assim). Tudo bem que existem os instintos humanos, a biologia e o próprio inconsciente indecifrável, mas ainda assim toda realidade é uma fantasia que escolhemos tornar realidade para que a existência do homem tenha algum sentido mais lógico. Exemplo : você come carne de cachorro? Pode ser que sim, pode ser que não. Depende de onde você viveu e o que aprendeu. Outro exemplo: você concorda com aquilo que aconteceu no 11 de Setembro ? Provavelmente não, mas para quem realizou “ na cabeça” era algo normal. Eis uma pequena reflexão: Quanto de você é seu e o quanto de você é uma repetição?

O quanto somos realmente livres para pensar no mundo, na existência e na nossa vida. Sei que não é lá uma tarefa simples, é bem mais fácil se abraçar com o barquinho que alguém já construiu e abandonou na beira do rio. Afinal, já está pronto.

A questão final é o começo de tudo. O barquinho que eu escolhi pegar na beira do rio me faz pensar que temos duas opções. A primeira seria escolher símbolos/ arquétipos de pensamentos e comportamentos que nos identificamos de alguma maneira e fazer desses o nosso caminho de vida. A segunda opção é olhar com olhar de quem não está disposto a aceitar tudo mastigado e deseja questionar. Não pense que esse segundo caminho é tão interessante, quase sempre você estará numa jornada solitária quando se tratar de pensar por lados distorcidos dos padrões gerais, mas na primeira escolha é um grande saco ser escravo sem saber que é escravizado. Moral da história: O olhar para a civilização como um grande avanço evolucionista e entender que não é possível fazer com que 200 milhões ou 7 bilhões entrem em uma forma de pensamento coletivo ou analítico, é o que é, as coisas são como são, parece redundante mas cada um enxerga o que consegue vê.

Tiago Szymel

Inserida por tiagoszymel

A terapia só é terapia quando você está fodido.
A meditação só é meditação quando você está no caos.
Ser auto sustentável, ecológico e vegano🌱 só é o que é quando sua barriguinha está cheia.
Falar que é massa ir de bike pro seu JOB para melhorar o trânsito na Paulista e aproveitar para cuidar da qualidade de vida só funciona se você não for obeso e morar na rua de trás.
Dizer que todo mundo tem que repartir o pão só vai rolar se não for seu pão que tiver de ser repartido.
Falar o que é o certo e o errado só se seu certo for o certo.
Dizer que a culpa é do estado pega bem porque causa uma certa impressão que desde do alto paleolítico todo mundo tinha água encanada, asfalto e cestas de morango.
Começamos a envelhecer 1% ao ano após os 30 anos de idade.
Em 2019 começamos a nossa extinção em massa mas estamos ocupados de mais com as descargas de dopamina a cada notificação do celular para conseguirmos perceber.
É uma pena, caminhamos tanto para evoluirmos para zumbis de nossas utopias COLEDIVIDUAIS ( essa palavra não existe), inventei agora para representar uma mistura patética de um inconsciente coletivo de crenças não questionáveis e ao mesmo tempo uma obsessão pela falsa autenticidade de que somos originais e que o mundo dos outros é um resumo da minha Pseudo realidade.
Tiago Szymel

Inserida por tiagoszymel

🦋
BIRRA:
Sou um feto, quase 40 semanas e lá estou no ato do parto fazendo birra pela primeira vez, eu não queria ter saído de lá onde estava, lá era quente, aconchegante, confortável, o alimento sempre chegava eu flutuava.
Sou um recém nascido agora, talvez alguns dias apenas e choro com todas as minhas forças, quero preencher o vazio do meu estômago com o leite de minha mãe.
Agora sou criança com pouco menos de 2 anos, quero colocar tudo em minha boca, reconheço o mundo assim, mas meus cuidadores ficam em alerta, afinal posso me engasgar ou até mesmo ter contato com alguma bactéria/infecção, então tomam de mim o objeto e deixo de saciar o meu deleite, eu sou inocente demais para perceber e lá estou mais uma vez aos gritos fazendo birra sem nem ao menos saber o que é birra.
Talvez eu tenha agora uns 4 anos, estou por ali no supermercado ou alguma lojinha e cismo com um doce, ou um brinquedo qualquer, toda vez que saio com a mamãe acabo ficando encantado com o colorido das embalagens, é quase que irresistível para meus olhinhos. Eu pego na mão e quero porque quero, mamãe disse que não, não sabendo argumentar, uso minha arma letal “ choro bem alto mais uma vez”, às vezes funciona e eu ganho a coisa que é objeto do meu desejo. Graças a birra mais uma vez.
O tempo passou e eu sofri calado, não deu pra tirar ela do pensamento...
Brincadeira, essa é só uma frase de uma música que fez sucesso nos anos 90.
O tempo passou e diversas outras cenas se repetiram.
Meu joelho ralou, eu quis assistir até mais tarde, queria um pouco mais de sobremesa, não queria vestir aquela roupa, brincar na rua só mais um pouquinho, fazer o dever de casa, nossa foram tantos momentos, tantas birras.
Iai quando se vê já sabe né ?
São seis horas como diria o grande Drumond.
Quando se vê você já é um pseudo adulto, já está na rota da vida, já foi... o tempo de birra passou, agora aguente.
Aguentei.
Aguentamos.
Costa larga não é isso ?
É isso que nossa espécie faz.
Aguenta e chega no dia seguinte.
Pronto, aqui eu acabaria o tema desse ensaio sobre birra. Sobre o ciclo dela.
Mas me pergunto como posso acabar algo inacabável ?
Só se eu fosse imaculável.
Não sou.
Me diz quem é ?
Portanto sigo escrevendo sobre o objeto de todas as birras, “o aprazível”, que em sua linha tênue das garantias tangíveis me faz inconscientemente voltar ao ato do parto, ao primeiro manifesto de insatisfação, ao primeiro grito de angústia pela satisfação do objeto prazeroso.
Eita animalzinho indomável que sou.
Acho legal a pose no retrato,
A parte boa dos triunfos contados aos cantos do mundo.
Mas eu não, agora não, hoje não, por somente essa noite não, sem embelezamentos constantes que elevam daqui e enclausuram dali.
Hoje só quero expor o animal, o bicho, a forma indomável que joga toda inteligência no chão.
A rasteira instintiva que como diria Leandro Karnal em uma palestra disponível no YouTube “ coloque ingleses finos, educados, refinados, com suas gravatinhas borboletas e os avise que ficarão em uma sala trancados por um mês e o único alimento que terão será um Danoninho, um único Danoninho”, em poucos minutos teríamos segundo Karnal toda queda dos bons costumes.
Me arriscaria em citar o mestre Pondé quando diz “ Se ficássemos sem energia elétrica, em algumas semanas voltaríamos para a pré história”.
A ficção científica já brinca com isso também, (The 100, the walking dead) e por aí vai.
Olho por olho.
Dente por dente.
“ Um por todos e todos por um só nos mosqueteiros”.
Na vida real mesmo é como na vila do sossego do Zé Ramalho “ Na tortura, toda carne se trai”.
Ou pode ser que nas palavras de
Maslow tudo se encaixe mais adequadamente com os desejos e as necessidades que chegam primeiro na corrida dos desejos humanos.
Se é sobre sobreviver então mais uma vez encontramos um amigo para nos fortalecer o pensamento:
Charles Robert Darwin com sua teoria da evolução.
Melhor adaptação, reprodução e que a vida continue.
Fim !
Ou começo ?
Fim!
Ou início ?
A birra : ato ou disposição de insistir obstinadamente em um comportamento ou de não mudar de ideia ou opinião; teima, teimosia. Quando renitente e motivado por algum capricho, paixão ou suscetibilidade; implicância, má vontade.
Isso que chamamos de birra, é benéfico ?
Ou é um pouco de nós que morre ao gastarmos energia com nossas convicções na hipótese de serem estupidas e destruidoras ?
Eu fiz muito birra.
Nenhuma delas me matou.
Me fizeram chorar. Me causaram angústia e frustrações. Mas com os anos fui percebendo melhor as regrinhas do que podia ou não podia em sociedade, ficou tudo bem pra mim, assim como deve ter ficado pra você também, tão bem que se uma criança quer uma bala antes do almoço e resolve fazer uma birra, eu e você como adultos sãos e dentro de um contexto mínimo de noção, talvez diríamos que não.
E essa criança repetirá o ciclo.
As birras vão mudando de níveis, vai saindo do que antes era uma mama responsável por saciar a fome, para uma bala, um brinquedo, uma brincadeira desmedida até mais tarde e esse poderia ser o ciclo.
Então você cresce: passa pelos 20, 30, talvez 40, talvez 50 ou 60 anos.
Você não quer mais tanta bala quanto queria antes, as brincadeiras já ficaram pros filhos, netos, sobrinhos ou para as crianças de seus vizinhos.
Motivos para birra já não há mais.
Motivos, motivos, motivos mesmo, daqueles incompreensíveis tais como eram em sua infância ou talvez adolescia, no máximo juventude.
Qual a questão então ?
O adulto só muda de endereço.
Um baiano que muda para o Goiás ainda será um baiano.
Um goiano que muda para São Paulo ainda será um goiano.
Até eu mesmo que nasci no Piauí e sair carregado nos braços com menos de dois anos em direção à Brasília, ainda sou um Piauiense. Tudo bem, não tenho sotaque, não sou adepto a culinária, não conheço todo regionalismo, mas sou. Minha raiz é. Minha árvore genealógica ascende ali.
A criança sai da infância metaforicamente falando e caminha para vida adulta.
Mas ainda é uma grande birrenta !
Só que por desejos diferentes.
Qual o problema disso ?
Nenhum, tá tudo bem, desde que não custe a sua vida.
Depois de quase apagar a luz do sol e virar poeira, me despeço da parte animal e indomável em mim que é uma manisfestante materializada em forma de birra, para que eu permita o ascender do amanhecer diante das minhas pupilas e que a íris de meus olhos possa continuar captando beleza.
Bem vindo Antônimo.
“O Antônimo de birra” depois de chegar nas últimas consequências é o único caminho para que os batimentos cardíacos não se encerrem antes do tempo.
Tiago Szymel

Inserida por tiagoszymel

“Dizem que somos instantes, outros que somos centelhas. É só poeira e pó indo para lugar nenhum ou tentando apenas chegar no dia seguinte”.
Era uma vez uma pedra que abriu os olhos e começou a pensar em como potencializar tudo em volta para seu bel-prazer. Fim. Começo. Eterna busca e que bom, afinal hoje posso usar cada vez mais algoritmos e até me esquecer que semana passada eu era uma pedra. Um nada, uma insignificância, uma irrelevância, uma gota, um pingo de nada no planeta. Mas agora, tenho à sociedade, a história, a civilização, a política, a novela, o empreendedorismo pensando no gerúndio “ o que posso vir a querer”. Viver é qualquer coisa, tanto que posso escrever qualquer coisa e todos podem também, afinal ninguém sabe ao certo do que se trata ( teorias existem aos baldes nos cantos mais longínquos do mundo), “longínquo” que palavra bonita, bastava dizer a expressão: Lá onde judas perdeu as botas, você entenderia. Mas longínquo é mais interessante, e tornar tudo mais interessante é a saga sem fim da pedra mimada. Sem mais por hoje, só poeira e pedra indo para lugar nenhum, vivendo como se fosse alguém, alguma coisa ou como se tivéssemos um EU, haha piada que leva até mais 24 horas, que também não existem, mas temos que combinar que o tempo também é real e de acordo com a nossa percepção. É muito mais legal o mundo caber na visão da pedra do que a pedra caber na visão do mundo. Tiago Szymel

Inserida por tiagoszymel

'' Somos vizinhos do paleolítico, como quem quer uma xícara de açúcar, volta e meia na evolução da nossa espécie o vizinho bate na porta''. Tiago Szymel

Inserida por tiagoszymel

Muito se escuta falar sobre a paternidade, já vi alguns falando que é como ter um coração batendo fora do peito, outros dizendo que é tanto amor que dá vontade de chorar, outros simplesmente não conseguem expressar. Minha experiência, independente das ideias que aprendemos desde cedo na sociedade, sobre a paternidade, foi um tipo de sentimento/sensação diferente de tudo que eu já experimentei na vida. Foi como se a vida tivesse feito um sentido maior, sentir orgulho, alegria, encantamento, prazer em simplesmente olhar aquele ser humano nos olhos. A paternidade pra mim é a maior ligação com nosso lado animal e instintivo. É como se mesmo que eu não soubesse de nada que sei, mesmo que eu tivesse sido criado numa selva longe da civilização, ainda assim eu sentiria o que sentir.

A paternidade é pra mim uma grande gritaria de silêncios profundos que tocam a alma.Tiago Szymel

Quando o caminho adiante for terreno incerto, investigue as certezas universais que carrega. Certifique que são tuas as crenças ou se foram a ti emprestadas pelos teus e por quem te rodeou no percurso de sua vida. Investigue tuas ideias, as rasas e as profundas. São verdadeiramente suas ou colocadas em ti sem teu poder de escolha ? Perdemos o caminho por tentativas inconscientes de optarmos por escolhas alheias ao nosso estado de real consciência. Tiago Szymel

Inserida por tiagoszymel

Sei que existem muitas áreas na vida de um indivíduo, mas de alguma maneira a área afetiva tem um peso maior sobre as outras.
Eventualmente gastamos mais energia com aquilo que pesa mais.


Somos seres estranhos às vezes, já parou pra pensar que conhecemos muitas pessoas ao longo da vida, mas metade de meia dúzia apenas é capaz de fazer de alguma maneira “cósmica” inexplicável cientificamente, é capaz de chamar atenção dos nossos olhos 👀 ?


Mas não é aquela atenção superficial de um rosto bonito ou um ser humano elegante, é a atenção que anula todo resto, é uma atenção que torna a presença importante, é uma espécie de atenção que se chama a atenção de uma forma rara, única, até mesmo os desejos se afloram umas 100 vezes, desejos afetivos, sexuais, emocionais, sentimentais.

Ahh o amor 💕, é desse bicho escroto e lindo que estou falando.
Quem não sentiu ainda que por alguns momentos, ainda não viveu o sabor do desabrochar de uma flor. O sabor da manhã de manhãzinha abrindo a janela e olhando pro jardim, o sabor de caminhar de mãos dadas sem perceber que ali é um dos momentos mais lindos e importantes da vida, pois tem também um sabor de que sempre foi assim, são tantos sabores.


O sabor da paz, o sabor da amizade profunda, o sabor da parceria, o sabor de ter tanto brilho ✨ ali que se faz desnecessário a busca de brilho externo em momentos rasos.


É, a vida é uma grande jornada de sabores, sabores provados em lugares, momentos e pessoas raras com conexões profundas. Todo resto é mero passatempo na jornada afetiva.

Tiago Szymel
10/10/2018 10:10 HS

Inserida por tiagoszymel

Texto sobre solidão:

Um dia somos 1 espermatozoide em meio a 200 milhões e inacreditavelmente, por uma questão biológica, conseguimos fecundar o óvulo da nossa mãe.

Ao longo dos 9 meses de gestação a vida vai tomando forma, aquilo que hoje chamamos de amor no meu entendimento se inicia ali no útero. Quando de repente, somos expulsos, apesar de não haver uma outra forma da vida continuar, essa forma gera um trauma inconsciente.

Vivíamos em plena felicidade e agora a vida do lado de fora demanda adaptações. Toda vez que ficamos tristes em profundidade, é comum que queiramos ficar no escuro e às vezes em posição fetal, olha aí nosso inconsciente dizendo o nosso desejo profundo de novo...

Tenho um pensamento sobre isso: Nascemos sozinhos, morreremos sozinhos. E nesse intervalo no qual a vida acontece, em alguns momentos estamos acompanhados, seja com familiares, colegas de trabalho, eventualmente amigos, desconhecidos, e às vezes encontramos na jornada o amor da nossa vida, ali nos encontramos.

Pelo menos essa é a sensação sentida. Mas em grande parte do tempo, estamos fadados a solidão. Ainda que estejamos com 1 milhão de pessoas em volta na multidão, estamos sozinhos.

Essa solitude nos faz pensar que a vida com afeto cause melhores sensações. Porém não podemos ditar as regras do jogo. Cada um nos ama da sua maneira, com o que pode e com o que tem. Uns mais outros menos, outros no rejeitam, outros são indiferente e assim somos com os outros também, queremos está presentes na vida de alguns, distante de outros e a vida acaba sendo essa dinâmica de que alguém sempre se sente só.

O amor próprio entra aí, entra no aprender a brincar sozinho, em respirar fundo e inspirar mais profundo ainda.

Pode ser doloroso, pode machucar a alma a solidão após rompimentos dramáticos, entendo isso e não questiono, afinal o hábito de acordar ao lado da felicidade todos os dias e de repente acordar e a felicidade não está mais ali, pode ser um pesadelo.

Fora os traumas das pessoas que morrem e o pesadelo do rompimento com o amor da sua vida, a vida pode ser boa.

Tiago Szymel

Inserida por tiagoszymel

Texto sobre a vida:

Cada vez que caminho, mais perto da reflexão e monólogo interno estou. Cada vez que paro, mais perto dos barulhos e estilhaços interno estou. Cada vez que penso em decidir entre caminhar e parar mais perto do choque térmico entre a insanidade estou.

Cada vez, cada caminhar, cara parar, cada experiência, cada movimentar, cada congelar diz muito sobre essa coisa que as vezes parece ser Aurora, às vezes parece ser ausência de luz.
Em tudo, na ida, no ficar, no refletir haveremos de encontrar uma manifestação de sentido.

Ó Deus, ó ciência... ó universo, ó pedras e ó aquilo que nos possa ouvir. São tantos escritos, tantos ditos, tantos mitos, tantas formas de dizer como caminhar, como parar ou não parar, tudo nas letrinhas escritas na folha miúda fica tão harmônico.
Mas em certos estilhaços, e certas torturas, em certos mares vermelhos ei de ter que me virar. Afinal como diria o grande filósofo contemporâneo Clóvis de Barros em sua percepção pessimista sobre os gurus: Não existem 7 passos para a melhor maneira de se caminhar.

A não ser que você seja o próprio autor, ainda que erre a rota e te custe a própria existência, está aí a fórmula: um monte de nada indo a lugar nenhum, e se vire para chegar lá, ou ficar aí, tu és o autor do nada todo. Só tu és o autor.

Tiago Szymel

VIOLÊNCIA CONTEMPORÂNEA



.
Começa assim: Era uma vez animais na savana.

Fomos “ evoluindo” e aprendendo a criar coisas além da nossa natureza. Nos empolgamos tanto com essa coisa de criar coisas que depois de um tempo criamos a sociedade. Com ela vieram os efeitos colaterais do “bicho homem”, se de fato esse negócio bonito que chamamos de educação-princípios-valores-empatia chegasse ao conhecimento de todos, não tenho dúvidas que de certa forma a coisa toda de vivermos juntinhos e ( Não matando uns aos outros) poderia funcionar. Acontece que bem ali em 1980 a população do Brasil era cerca de 100 milhões de pessoas, muitas morando na zona rural inclusive. E agora, 38 anos depois a galera dobrou, os grandes centros estão lotados, as periferias incharam e a perguntinha que fica é: O quanto avançamos na educação nesses últimos 40 anos ? Você pode ironicamente responder que agora temos a tecnologia ao alcance de todos, a internet, o mundo virtual ou qualquer coisa do tipo para afirmar que a vida é aquela velha e bela cesta de 🍓 morangos. Paremos de nos enganar, a civilização está entrando em colapso, o que nos diferencia de um bárbaro na idade média que saqueava aldeias e ceifavam vidas ? E-D-U-C-A-ç-ã-o, e o que fazer agora ? Se alguém tiver resposta minimamente aceitável, escreva um projeto e envia para o político que você votou. Se não funcionar, converse com alguém do seu meio sobre como você acha que as coisas podem melhorar, se ainda assim não funcionar, faça minimamente a sua parte e eduque seus filhos. Se nada funcionar, voltamos em dois minutos ao paleolítico.

Tiago Szymel

Inserida por tiagoszymel

Fracasso afetivo:

É madrugada, se eu escrever a frase “o sono não vem”, seria uma inverdade. Meu corpo está cansado, mas sou jovem e tenho muita energia. Não fiz esforço físico hoje para gasto de energia extra. É um cansaço vindo de uma exaustão emocional/mental. Não sei se emocional ou mental, não sei se mental ou emocional, por isso prefiro colocar a “barra”. Talvez um, talvez outro, talvez ambos.

Li um livro muito foda há uns 15 dias chamado “O amor, um sentimento desordenado”. Sério mesmo, é um bom livro para desconstruir muita coisa. Em certo ponto dar até uma certa vergonha da nossa ignorância, só para que se tenha uma ideia, imagine aquele velho mito (manga com leite faz mau), imagine que assim como eu você esteja em dezembro de 2018, no dia 13 de uma quinta-feira as 01:43 da manhã tentando escrever para não morrer e descubra que isso não passava de um mito aprendido depois de você acreditar 30 anos nisso. É meio punk mas a gente supera. Afinal de contas é só manga com leite.

E o amor? Essa ideia tão subjetiva e altamente disseminada ao longo da história. O que fazemos quando vamos atrás da ciência para explicar o bicho Homo sapiens depois de centenas de páginas e semanas de reflexão somos tomados por uma grande questão: Entender como funciona a neurobiologia e a neurociência não ajuda muito. Pesquisei alguns tipos diferentes de pessoas lhe dando com suas emoções, cheguei à uma conclusão absurdamente frustrante. O gênio e o idiota sentem a ponta da faca cortar o peito com a mesma intensidade.

Ainda que o pseudo gênio “Super cérebro'' seja capaz de descrever cada sintoma e desenhar cada neurotransmissor presente embaixo das atitudes débeis e irracionais. Li sobre a felicidade, outro livro bem interessante de um pesquisador de Harvard, muita coisa na teoria fez total sentido, na prática também. Foi uma leitura incrível. Exceto pelo fato de que quando a faca corta o peito, você se nega a fingir que não está doendo para caralho, você pode até meditar, respirar bem fundo, oxigenar cada célula (tudo isso funciona segundo outro livro foda quê eu li chamado super cérebro).

Ah quem diga que no livro HomoDeus temos de fato a reflexão profunda para o que seremos em alguns instantes, talvez três ou cinco décadas (jogando bem alto), nesse momento seremos meio que uns zumbizinhos escravos de cada decisão tomada em compasso e análise direta pelo algoritmo, pode ser que ajude pessoas como eu a não ter que perder uma gostosa noite de sono escrevendo para continuar vivo.

Não posso esquecer do grande Gikovate, esse tive que citar o nome porque faleceu e deixou uma obra rica. Aprendi com ele no livro MUDAR a coisa do útero, o motivo pelo qual nos sabotamos, tem relação direta com o medo de acontecer algo ruim logo em seguida quando estamos muito felizes, foi interessante a teoria, assim como o seu outro livro SEXO, trás uma reflexão a cerca dos joguinhos inconscientes que bagunçam a sociedade contemporânea. Livros, livros, livros, vi também uns vídeos, muita coisa boa (tem um cara bom no YouTube que fala sobre a angústia, Ivan Capelatto, algo assim), aliás, no YouTube tem de tudo um pouco. Mas você acaba perdendo muito tempo com conteúdo ruim, por isso acesso somente aqueles que já conheço a obra e volto para os livros. Teve um mais recente do Elon Musk (fundador da Tesla e da SpaceX que fabrica foguetes), um empreendedor que deseja chegar a Marte para salvar a população mundial, ele ou talvez a quinta geração dele irá conseguir, ele é bem frenético, muito interessante estudar a frieza dele para lidar com qualquer merda emocional.

Pois bem, tiveram outros, o fundador da Renner contando como foi sua trajetória, esse texto está ficando longo demais, talvez esteja ganhando tempo para pensar como alguém que leu nos últimos 90 dias mais de 3 mil páginas escritas por autores diversos, fez sinapses profundas, viu metaforicamente o céu é o inferno olhando para dentro de si e ainda assim tem a coragem de perder uma noite de sono e alguns dias de trabalho para se dar o luxo de sofrer? Sabendo inclusive que muito do que somos é puramente repertório construído ou adquirido como peças que grudam em nós. E mais ainda, sabendo que agora tenho ferramentas empíricas e outras científicas para explicar por horas esse distúrbio chamado amor. Resumo da ópera: Dizem que o crack funciona assim... o sujeito usa e depois de alguns minutos ele quer usar novamente. Eu poderia falar aqui de dopamina, mas só quero falar da fantasia do sujeito mesmo.

Então quando o sujeito usa (pelos relatos expostos na mídia) parece que ele sente alguma coisa bizarra que parece amenizar suas dores, seja lá o que isso queria dizer. O problema é que a fantasia que foi algo ingerido no organismo como corpo artificial, se torna para o indivíduo uma espécie de corpo natural a ponto do usuário desejar está mais naquele que antes era o mundo da fantasia do que no seu estado de “normalidade”. Esqueça agora a droga crack e todos os outros vícios.

Pense nessa coisa do amor. Pense nessa coisa de um casal que rompe (se amando). Use sua imaginação para pensar nisso. Construa da sua maneira. Agora pense no seu estado emocional... O que vem na cabeça? Se você depois de 100 dias nem se lembra mais, ou se é indiferente, tá tudo bem, você é melhor que eu e talvez seja melhor do que metade dos românticos da história do mundo.

Mas se você faz de tudo que pode fazer, do grito ao silêncio, da raiva até a calma profunda, das musicas terríveis de sofrimento até óperas neutras, da visão pelo olhar da ignorância cultural até a intelectualidade profunda em tudo que o homem já produziu e colocou no papel sobre o tema e ainda assim tem uma recaída terrível de tristeza, fique tranquilo, você assim como eu fez da fantasia do amor uma realidade de vida.

Poderia aqui te explicar com argumentos científicos o que ocorreu possivelmente na sua trajetória, talvez meia dúzia de perguntas e já saberíamos onde a coisa aconteceu na história da sua vida, mas de que adianta identificar cada detalhe do caminho onde a erosão foi instaurada se nenhuma ciência, doutrina, filosofia ou religião é capaz de concertar a erosão?

Meio punhado de “gente boa” vai tentar te mostrar o caminho, passo 1, 2, 3 e no fundo por mais que você adote a psicologia positiva e a espiritualidade avançada, a dor causada pela ponta da faca do pseudo amor vai te rasgar.

Fuja dela, vá para bem longe, corra se preferir,ela vai te encontrar lá na frente disfarçada de horizonte, fique e enfrente, você vai perder. Se entregue e você morre ainda em vida.

Escrevi tudo isso só para dizer uma coisa.

O amor não é para gente pequena. O amor não é para gente grande. O amor é para gente imortal.

Inserida por tiagoszymel

“Aqui mora quem ontem era poeira de estrelas e amanhã será pó de ilusões”.

Tiago Szymel

• Apostar no cavalo errado faz parte do jogo, desde que se aprenda rápido.

🦅 Tiago Szymel

Inserida por tiagoszymel

“Dizem que somos instantes, outros que somos centelhas. É só poeira e pó indo para lugar nenhum ou tentando apenas chegar no dia seguinte”.

Tiago Szymel

Amores são vinhos - Rascunho II

‘’Quando o sol bater na janela do teu quarto, lembra e vê que o caminho é um só’’, essa é uma canção do Legião Urbana que escolhi para escutar enquanto início mais um textinho...
Nesse papo de vinhos, de vinhos raros e doses que embriagam encontrei um pé de uvas, ou se preferir ‘’ encontrei uma videira’’. Pesquisando no dicionário informal o que significa videira, essa foi a resposta: (Palavra que conota, aquilo que dá vida, que tem capacidade de fornecer alimento, seja físico e ou espiritual). Entretanto prefiro levar para o lado pé de uvas mesmo, no sentido da fruta...
Se amores são vinhos, será que estaríamos agindo errado se disséssemos que a fonte do amor é a árvore e seus frutos que servem essencialmente para produção dos vinhos ? Pois é, encontrei uma fonte... Você também já deve ter encontrado alguma dessas por aí, e pelo visto como em um padrão insistente, só encontramos quando estamos na direção contrária á busca agoniante, desesperada e ativa. Sabe aquela frase clichê ‘’ Cuide do Jardim para que as borboletas bla bla bla’’ , ou aquela ‘’ o universo é um eco que retorna o que você emite ‘’, isso nunca tinha feito sentido nas minhas concepções, mas fez, fez tanto que umas das frases mais definidoras do que sinto agora é a de Pitágoras : Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo....
A vida da gente é bem assim, você vai vivendo e experimentando garrafas de uma bebida doce, ás vezes suave, ás vezes com um amargo, mas sempre com sabores que instigam nossos paladares a experimentar mais, quando menos se percebe já somos todos enólogos ( especialistas em vinhos), pensamos entender tudo, desde o processo de produção até o marketing de relacionamento, porém esquecemos que sempre há uma forma nova de misturar os ingredientes, sempre o bem vence? Acredito que sim, por mais que os caminhos sejam sinuosos, sempre, de alguma maneira as coisas vão levar para uma única estrada, um único caminho chamado amor. De vinho em vinho vamos enfraquecendo nossa fé, da mesma forma que a criança que acreditava em coelho da páscoa percebe que tudo era um a mera ilusão, nem por isso deixa de gostar de chocolates, ou se vier a ter um filho um dia, não romperá com o encanto da ilusão. Devemos ser assim ! Devemos não desacreditar na nossa felicidade, sei que sentir dor é uma sensação enfraquecedora, que nos corrói e não é fome, a dor nos corta e não é faca, a dor nos tira o sossego, nos rouba de nós.
Sabemos que depois de uma ressaca, beber é um dos últimos desejos em sua lista de decisões, ok, isso não está errado...Apenas deixe a vida ir fluindo, vá se esvaziando desse liquido com teores alcoólicos que ficaram em sua corrente sanguínea e pense a respeito de novos vinhos, se isso te irritar mais ainda e não houver mais nada que lhe conforte, pense no que aconteceu comigo, pense na possibilidade de encontrar uma videira, pense em experimentar a uva direto do cacho, pense na possibilidade de criar novos vinhos, com informações amadurecidas, com ás percepções mais sensíveis e em especial com o paladar mais apurado. Acredite, sua língua possui muitas terminações nervosas, capaz de sentir inúmeras sensações ao entrar em contato com determinadas substâncias. Entre um vinho e outro, uma embriaguez e outra, uma ressaca e outra você encontrará seu cacho de uvas perfeito. Pelo menos perfeito para o momento que você precisa, sem ter que ser perfeito igual nos filmes infantis, não precisa ser perfeito ‘’sempre’’, pode ser perfeito por 5 minutos, 5 dias... pode ser perfeito sem tempo, sem apego, sem paranoia, sem posse, sem obrigação, pode apenas ser perfeito porque é saboroso, ou porque te faz bem. Aprenda apreciar certos vinhos, ainda que não acredite mais em bebidas que compensem o gole, muda a estratégia, não compre mais aquele vinho barato do supermercado, também não zere sua conta bancária para comprar aquele vinho extremamente raro, faça você seu próprio vinho.

Por: Tiago Szymel
Ano: 2016

Inserida por tiagoszymel

Amores são vinhos - Rascunho 1

Amores são vinhos, algumas doses embriagam, nem por isso devemos deixar de experimenta-las.

Hoje é um daqueles dias em que preciso escrever para não morrer sufocado. Enquanto digito as primeiras palavras, no fone a música que ecoa ''Outra Noite Que Se Vai, cantor Armandinho ''.

A vida é tão cômica ás vezes, até mesmo nas tragédias emocionais ainda existem pequenas faíscas de diversão. É impressionante a quantidade de ''ERROS'' que as pessoas cometem, quando cito PESSOAS, me refiro á todos, incluindo eu. A diferença é que em alguns momentos erramos mais, em outros, menos. Nas relações, alguns erros podem ser fatais, tão fatais como uma bala perdida que derruba instantaneamente algum inocente. Não importa se esse inocente já errou antes, se errou mil vezes, naquele momento era apenas uma pessoa sem culpa suficiente para receber uma bala. Essa relação de semelhança entre coisas ou fatos distintos mais conhecida como analogia, pode explicar facilmente a porcaria da flecha, de um tal '' cupido '', todo mundo já foi, está sendo ou será flechado um dia.. Não adianta dizer que não! Faz parte da natureza humana. Acontecem poucas vezes na vida, as vezes com tanta profundidade que é inevitável o corte na tentativa de retirar a ponta de aço do meio do peito. Talvez você leia e pense, nunca aconteceu comigo! Ok, cedo ou tarde acontecerá. Não leve para o lado ruim, ser atingido por sentimentos internos que bagunçam toda tua mansidão interna, te ensurdecem e te fazem perceber o quanto a vida e todas suas tonalidades podem ser mais sensíveis, ou o quanto de mistérios possuem as entrelinhas, o que a boca não diz, o que os olhos percebem e por aí vai, é algo que te faz amadurecer.

Você só tem que ter consciência de que certos sentimentos roubam tua coerência, teu pé no chão, tua racionalidade plena, ao saber que é assim o funcionamento das coisas, você tem a opção de viver essa loucura ou não. Poderia falar disso por horas, por dias, talvez meses, mas para não ficar chato e tomar muito seu tempo nem o meu, vou retirar da maior profundidade do meu ser o meu conselho para você.
- Vá em frente, seja idiota pelo menos uma, duas ou três vezes na vida, sinta adrenalina ao se olhar no espelho e se sentir a pessoa mais feliz do mundo, durma abraçado, faça amor com desejos que vão além da pele, além do desejo , além dessa vida, mergulhe, agrade, se envolva mesmo, mas só se for de verdade, deixe ser abraçado por sensações estranhas, sinta saudade, sorria muito , chore pra caralho, mas só se for junto, pense nele(a), pense em você, pense em vocês dois, faça planos, realize , se realize, realize o outro, seja o seu melhor sem culpas, não se julgue por ser uma pessoa maravilhosa para alguém '' mesmo que essa pessoa em alguns momentos não reconheça '', faça por você, faça por ela , faça pela simples vontade de fazer, acorde cedo em um dia de descanso só para fazer alguma coisa para aquela pessoa, desmarque um compromisso importante, deixe comprar algo pra você e compre pra ele(a), não sempre, não todo dia, mas de vez enquanto, encoste a cabeça dele(a) no teu peito e faça dali melhor morada, dê conforto, ofereça abrigo, no dia frio, no dia chuvoso, na noite escura, ou em qualquer momento que ele(a) precise, mesmo que não saiba, esteja lá, esteja ali, viva tudo que tiver que viver, com toda intensidade que puder colocar, com todo afeto que for capaz de sentir e externar, faça uma , duas , faça 10 mil declarações, prove de todas as maneiras o quanto você se importa, o quanto você quer bem, o quanto você consegue ficar mais forte com esse sentimento que causa incômodo, indisposição, desconforto mas trás uma porcaria de sensação deliciosamente única.

Esse é meu conselho, para viver de verdade, você tem que correr riscos, ''bung jump'' não é para qualquer um, mas imagino que a adrenalina de pular em queda livre de cabeça para baixo, deva ser algo como viver o que (apenas os corajosos) conseguem viver em uma relação afetiva.

Sim, a corda pode quebrar... São riscos!
Assim como os erros que eu, você, ele ou ela podem cometer e felizmente ou infelizmente '' sempre cometem'', e toda corda que unia e sustentava, ou dava sentido a tudo vivido, se quebra.

Amores são vinhos, algumas doses embriagam, nem por isso devemos deixar de experimenta-los.

Por:
Tiago Szymel
Ano: 2016

Inserida por tiagoszymel

O que é Dia dos namorados pra vc ?

"Quando se vê, já são seis horas". Amo esse verso, ele conversa comigo de uma forma profunda. O tempo escorre pelas mãos, levando não só nosso tempo de existência, mas também nossas velhas opiniões, nossos conceitos que mais pareciam muralhas imbatíveis. O tempo passa e é cicatrizador de dores, trás explicações para questionamentos até ontem, inexplicáveis.

Como escrever qualquer coisa hoje" 12 junho", sem parecer um texto influenciado pelo o que o dia pede ou teoricamente representa ? Me fiz essa pergunta há alguns minutos atrás. De fato, hoje é dia dos namorados no Brasil, devido ser a véspera do dia em que se comemora " Santo Antônio", se estivéssemos na Europa o mês de comemoração seria fevereiro e o dia 14, por conta de "Valentim", que foi proibido por Roma de realizar casamentos, porém continuou com o feito e foi decapitado a mais de mil e quinhentos anos atrás.
Mas se nem Santo Antônio, nem Valentin tivessem existido, ainda assim as associações comerciais do mundo teriam criado uma maneira de fazê-lo. Sou do marketing, e sei quando o comércio e as vendas se ascendem nessa data. Mas deixando um pouco de lado os santos e o comércio, gostaria de manifestar o quanto é importante presentear (((quem você gosta))). Mas não só com um objeto em um requintado embrulho, ou com meia dúzias de palavras fofas que você pesquisou na Internet 5 minutos antes de escrever. Me refiro há presentear com um sorriso naqueles dias de cão, presentear com um abraço de 40 segundos instantaneamente ao encontrar com o outro, presentar prestando realmente atenção no outro ser humano, nos sonhos que o outro carrega, nas dores, nos medos e naquilo que você de alguma forma pode ajudar a evoluir. Presentear sendo luz na vida do outro e não escuridão, presentear com o melhor que você pode fazer, seja um carinho, um bolo de chocolate, uma massagem, uma mensagem escrita com coração, uma palavra amiga ou apenas o silêncio e a doação da "escuta", pelas aflições alheias.

Presentear com vida, com flores disfarçadas de presença ou presença disfarçada de flores...

Esse sim pra mim é o dia dos namorados, não adianta ter doces, chocolates e rosas que murcham em 3 dias, tão pouco ser carinhoso, agradável e gentil hoje e um bálsamo de frieza, distância, rispidez, insensibilidade amanhã e nas manhãs seguintes.

Seja um bom namorado(a),
" todo dia ", ou melhor que não seja.

Por :
Tiago Szymel

Dia dos namorados em 2016.

Inserida por tiagoszymel

Acordei diferente:

Sabe aquelas vezes na vida em que acordamos sabendo que alguma coisa está diferente ?

Não sabemos se é o mundo ou se é nossa forma de olhar e sentir o mundo, mas tudo mudou.

Hoje acordei assim, mesmo tendo uma vida e histórias diferentes da sua, no fundo somos feitos da mesma obra prima.

São emoções, reações, ações, energia e sonhos... somos movidos por um pouco de tudo isso, ou tudo isso junto.

Alguns dizem que a vida bate, a vida machuca. Se o universo for realmente sinônimo de justiça, apenas passamos pelo que merecemos e precisamos passar para nos superarmos e nos tornarmos mais resistentes, não resistentes a " vida " , mas sim resistentes a nós mesmos e nossas inclinações tendenciosas.

Hoje, especialmente nessa manhã, acordei diferente. Tão diferente que quis escrever, escrever pra você ou qualquer um que queira lê.

A vida não precisa ser tão amarga, as amarguras que fazem parte da vida não são a vida propriamente dita, são apenas pecinhas e fragmentos dela.

Não existem 365 dias de luto, muito menos 365 dias de tristezas.

Pelo menos " não precisa existir".

Se por ventura a rasteira for maior que nós mesmos, devemos buscar forças em algo maior que nós mesmos.

Não sei extamente como as coisas estão em sua vida nesse exato momento.

Não sei se você tem vivido com MAIS risos ou MAIS amarguras, nem posso imaginar se tem perdido o sono de tanto pensar no que sempre é pensando e nunca chegar em conclusão alguma, nem passa pela minha compreensão entender quanta dor tem no seu coração, ainda assim, ainda sem saber, quero te desejar um bom dia, boa semana, bom mês, bom ano e boa vida!

Até ontem eu falava de amor, hoje talvez tenha acordado e transformado tudo que eu entendia sobre amor em amores.

Parece complicado ?
Na verdade é bem simples, todos somos capazes de amar tudo.

As pessoas que nem conhecemos, as flores que não plantamos, aquelas que nunca colheremos, a natureza, a vida se movimentando no movimento de um inseto até o movimento das nuvens. A água que cae das nuvens e as nuvens que se transformam em chuvas e tocam os rios, os rios que correm para os mares.

Os ciclos de vida são intensos e contínuos, assim como nossa capacidade de amar.

Tiago Szymel:

Ano: 2016

Inserida por tiagoszymel

Palavras que matam.

Palavras que matam:

Quando alguém consome álcool e assume a direção de um veículo, assume também a possibilidade de matar.

Quando alguém se joga em um abismo escuro, se joga também nos pés da morte.

Quando alguém abre a boca para dizer coisas contrárias a vida, à todo manifesto de amor , a confiança conquistada, à troca de cuidados recíprocos, à amizade, ao afeto, ao querer bem, à toda construção construída na labuta de uma vida, simplesmente abre a boca para dizer palavras que matam.

A morte ocasionada pelas palavras é subida, não há possibilidades de reanimação, de respiração artificial popularmente conhecida como " respiração boca boca".

As palavras que matam, assassinam tudo o que naturalmente não se vê,mas profundamente se sente.

Matam todo afeto, todo carinho, toda admiração.

Palavras que matam são sinônimos de um punhal afiado cortando a garganta e silenciando o grito do amor.

Palavras que matam, matam mais que volantes conduzidos por mentes confusas e embriagadas, matam mais que mentes embriagadas e confusas que voluntariamente mergulham em abismos.

Palavras que matam, matam a vida.

Tiago Szymel
Ano: 2015

Inserida por tiagoszymel

"Um brinde a nossa imensa capacidade de aprender com os caminhos errados".

Tiago Szymel

Ano: 2015

Amor

Penso assim :

- Homens e mulheres, jovens e melhor idade,classes sociais mais baixas e mais altas, pessoas do bem e do mau, do sul e do norte do mundo por maiores que sejam as diferenças de cada ser humano, a natureza se encarregou de nos criar com uma linguagem universal chamada amor. Algumas pessoas viverão uma vida inteira e dirão que não experimentaram o amor, mas nunca poderão afirmar que ele não estava lá, porque o amor vive em nós, é tudo uma questão do despertar. A parte complexa é que não podemos controlar quando acontece, com quem acontece e quanto tempo permanece. Não adianta se bloquear, tentar blindar o coração ,transformar se em pedra, em um momento ele desperta. E na mesma proporção em outro momento ele adormece, em alguns casos pelo fato da comodidade e do pensamento atrasado de que um jardim não precisa mais ser regado depois de nos presentear com flores. Já em outras situações são erros que somos passiveis de cometer a ponto de ser tão profunda a mágoa que o amor perde e entrega os pontos. Por fim a minha hipótese final sobre o amor é que muitos de nós resolvemos partir mesmo com o amor em plena ascensão pelo simples fato de não conseguirmos mais permitir que nossa visão da razão seja ativada, a partida com as lágrimas, saudade, e uma labareda de amor queimando no peito é apenas uma retomada do volante que guia nossas vidas. O amor é perigoso, ele nos deixa leve , alimenta nossa criatividade, nos enche de momentos prazerosos e o principal nos permite viver lado a lado com a paz. Com o amor somos capazes de viajar até muito longe, somos dez vezes mais resistentes e motivados. O amor é um espetáculo. Mas o amor nos machuca , nos derrota , nos destrói . Muitas vezes amar será como sair da direção e confiar que outra pessoa dirija para você. É um risco, a viajem pode ocorrer tudo muito bem e você se sentir feliz ou uma tragédia pode acontecer. O amor tem muitas faces, e uma das mais lindas pra mim é a esperança que ele nos trás quando entendemos que nada , realmente nada se perde, tudo está interligado, e tudo se transforma. Apesar das nuvens esconderem o sol e daqui debaixo imaginarmos que o sol foi embora, ele não foi. Ele está lá. Pronto para um novo dia sem nuvens para que possa despertar novamente e nos aquecer.
Assim é o amor. Estará sempre esperando o toque perfeito para se despertar.

Tiago Szymel 14/02/2014

Inserida por tiagoszymel

☕️ “O homem do século XXI inventa o fogo 🔥 todo dia”. Tiago Szymel

Inserida por tiagoszymel

Não é tão simples pensar nesse tal de autoconhecimento, afinal, antes de nos conhecermos somos apresentados a nós por nossos pais, pelos meios sociais da primeira infância, depois lentamente nossas percepções do mundo de uma maneira mais individual vão se formando, entretanto em sua grande maioria somos treinados ( concientes ou não disso) a olhar por pontos de vistas pré ensinados.
Onde de fato mora a autonomia de pesquisar a si mesmo e entender nossas emoções, o que gostamos, quem somos, qual é nossa marca no mundo... a vida é toda engraçadinha nesse aspecto, é como se fosse uma espécie de caminhar no escuro com as mãos e pés amarrados.
Um tremendo desafio, mas faz todo sentido a cada pequeno pedaço de chão desconhecido que percorremos na estrada misteriosa de nós mesmos.

Tiago Szymel

Inserida por tiagoszymel

O novo darwinismo é a arte de pensar em como se transformar diariamente em uma auto versão obsoleta e evoluir para a próxima descoberta.

Tiago Szymel

Inserida por tiagoszymel