Tiago S. Francisco
HUMANIDADE
“A lua trás a noite
Não houve um passo de progresso percorrido
Há apenas mais um dias sobrevivido
A chuva molha a terra que não produz alimento
E se mistura
com as lágrimas nos olhos de uma criança em sofrimento
O ciclo da vida não parece mais o mesmo
Nascer,viver,morrer
Ou quem sabe nascer e morrer
São herdeiros do mesmo Sol e filhos do seu Pai
São pouco conhecidos
São nossos irmãos esquecidos
Não há sonhos em sua vida
Não há vida em seus sonhos
Ajuda eficinente não há sinal
É 25 de dezembro
Mas não há natal
O leite da mãe se esgota
O desespero bate a porta
Em poucos dias
Mais uma criança morta
Nada disso pode ser considerado normal
Esperança espera
Sobrevivência no sentido literal
Aguardam sem paciência
O dia em que brilhará uma luz
Pela qual livrará os filhos de meu pai
Desta pesada cruz
Que já é carregada ao nascer
e materializada em seu túmulo ao morrer
O pranto é constante
Dias de calamidade
E o motivo é o mesmo
Falta de amor da humanidade”
A PROMESSA
“A ausência das nuvens presenteia nossos olhos com o brilho das estrelas
As águas nunca estiveram tão calmas
Ouço apenas sua respiração
Sinto apenas seu calor
A estrela cadente corta o céu no horizonte
Minha promessa se cumpre neste momento
Há você entrego o maior sentimento
O amor que o olhar divino testemunha
É a mais bela estação
Num abraço apertado posso sentir seu coração
Não desejo a próxima noite sem você
Sem seus carinhos não há forças pra viver
O sol está nascendo
Nosso amor com mais forças ascendendo
E lembra da estrela cadente?
A esta, fiz um pedido calado
Por mais mil noites desejaria vc ao meu lado...”