Thomas Bernhard
Não há nada a louvar, nada a amaldiçoar, nada a condenar, mas muito há de ridículo; tudo é ridículo quando se pensa na morte.
A arrogância não é nenhum meio adequado para se chegar a qualquer forma de entendimento com as pessoas que nos rodeiam e que menosprezamos, pelo que nos são insuportáveis. Mas, se não tivéssemos a arrogância, estaríamos perdidos, pois ela não é senão um meio de impormos a nossa vontade contra um mundo que de outro modo e, portanto, sem essa arrogância, nos devoraria por completo. Ele não teria por nós o mínimo respeito.
Eu não queria ser nada e, naturalmente, não queria me transformar em uma mera profissão: tudo que eu sempre quis foi ser eu mesmo.
Você sempre viveu uma vida de fingimento, não uma vida real - uma existência simulada, não uma existência genuína. Tudo sobre você, tudo que você é, sempre foi fingido, nunca genuíno, nunca real.