Thiago Zenit
SER FELIZ ÀS VEZES!
Finalmente entre cinzas e sangue se levantou ele,
meio triste meio alegre viu abrir-se diante dele,
uma porta contestada, mas a todos destinada.
Enfim marchou ele, para onde tudo se acaba!
Soluços e lamentos,
todos foram bem ouvidos,
mas dele o silêncio,
era a canção em seus ouvidos!
Uma senhora em desespero,
suas mãos tentou alcançar,
mas por fim já era tarde, ele já não estava lá!
Quem por isso agora chora, não consegue compreender,
ser feliz as vezes é ...
... simplesmente não viver!
Se na beira do abismo um passo é egoísmo,
Egoísta nós seremos!
Mas egoísmo de verdade,
E não entender o que sofremos!
Em algum momento nossas asas se quebraram, nossos sonhos se tornaram pesadelos e a angustia tomou conta da alegria de nossos corações.
Não somos dramáticos, não queremos chamar a atenção! Estamos apenas gritando de dor porque a cólera que habita a nossa alma maculou todo o nosso ser... simplesmente não suportamos mais....
Deixa-nos fechar os olhos e repousar, por um instante sentir a paz de outrora!
Dai-nos o descanso dos justos, se não por mérito por misericórdia!
Honra tua promessa e esteja ao meu lado, ó suave brisa!, para que sopres minha alma para o elevo eterno por sua misericórdia!
Àqueles que vivem à beira da morte realmente entendem o significado da expressão "hoje pode ser o seu último dia!"
Aprendi que a vida é feita de ciclos que invariavelmente acabam encontrando seu desfecho.
Eu acordo de manhã e faço questão de me despedir do dia, pois sinto constantemente que quando a noite enfim chegar, fecharei os olhos para nunca mais acordar.
A morte não é fácil nem mesmo para àqueles que, assim como eu, veem nela a única esperança!
Jesus disse algo assim: "Para vencer à morte é preciso perder a vida!". Assim, no meu entendimento, este é o ensinamento que me conduz ao desfecho!
Nunca ousarei dizer que estou pronto para morrer, mas como sabiamente pensou Jung: "a morte começa antes do suicídio".
Portanto, não sei dizer se essas serão minhas últimas palavras ou se amanhã ainda estarei aqui atormentado pela minha própria existência.
Acabou-se o que eu era, e o que serei certamente serão só lembranças e um tumulo quase vazio.
Paz e bem a todos!