Theresinha Coelho
Uma a uma, todas as estrelas se apagam, solidárias com minha dor.
Malvado escritor,compôs no livro do destino, a cruel regra, onde define que a mim será negada a felicidade.
Quem sois?
Dor profana, mente insana,
punhal sagaz,
que fere no mais profundo do ser,
que mata para posteriormente ressuscitar
Tiro certeiro, lamina afiada,
machado fatal nas mãos do impiedoso carrasco.
Queima como ardente febre
para as feridas da alma curar.
Amortece, entorpece, adormece
para a realidade acordar.
Faz surdos os ouvidos ,
Para que o grito do ego possas escutar.
Faz mudo teu grito
Para que a consciência possa falar.
Faz cegos teus olhos,
para que a beleza mais oculta possas vislumbrar.
Enlouquece aos sábios
Desatina aos poetas
Faz sábios aos loucos
Insensato,
Põe o mundo de pernas para o ar…
Quem és tu, oh doce demente,
que tão sorrateiramente,
chega, penetra e se apossa,
e no teu domínio, faz me escrava,
fiel serviçal de teus anseios,
audaz e destemida guerreira de tuas guerras,
Infundadas batalhas onde nunca haverão vitorias.
Mas sentirei-me gloriosa, mesmo na derrota
ao entregar me desvanecida
aos teus caprichos insólitos.
ao sentir-me abatida numa luta desmedida
contra um inimigo invisível.
Não fujas , não te escondas,
porque mesmo que não queiras te denuncio
entre gemidos e sussuros
a ti eu clamo entre urros
És o senhor dos sonhos,
És o tão temido
Amor