Thays sagita
Hoje é mais um dia em que eu não tenho forcas para continuar. Estou preenchido de vazio e a falta de mim em mim tem delaçerado meu eu.
DESPEDIDA PARA MINHA MÃE.
A gente já nasce sabendo que caminhará
em direção ao fim,
mas nunca estamos preparados
às vezes, o fim chega rápido demais,
não chegamos a tempo de dizer adeus, de abraçar,
pois nem todos tem o privilégio de estar sempre perto de quem ama.
Cada um com seu motivo particular.
E então o fim chega, o chão some sob os pés,
o mundo desaba sobre nós.
Abraços sem retornos, apertos em mãos que não apertam de volta
é tudo o que resta, pois a vida foi rápida em ir embora.
Viemos a este mundo com uma missão e a senhora compriu a sua com muita excelência.
Lutou e venceu todas as batalhas, pq é a assim:
quando o soldado vence a guerra, ele se retira com todas as honras merecidas.
Descanse em paz, mãe.
Nós, Seus filhos,
nunca nos esqueceremos da senhora.
Saudades eternas.
Nos reencontramos novamente. Depois de milhares de anos a sua espera minha alma te viu , te sentiu, abraçou a sua, mas, sinto que o medo nos afastou. Não tive sorte, voltei, mas meu corpo não veio comigo e eu não consigo me sentir completo. Sei que serei eternamente um andarilho andando de um lado para o outro procurando o que não está neste mundo. Minha maldição é não conseguir parar em lugar nenhum. Sempre indo atrás do impossível
Não foram meus olhos que te encontraram. Tudo está muito além do corpo, muito além do que uma simples vida. É um reencontro de almas, almas que se desencontraram por séculos e que se buscam a cada nova existência. Duas almas que se procuram entre milhões de almas e que mesmo buscando-se incansavelmente, uma a outra, às vezes voltam para casa sozinhas.
Acordei com saudades de casa. Milhares de incertezas levantaram junto comigo hoje pela manhã e me acompanharam durante todo o dia. Um dia com o peso de uma eternidade.
Não foi Prematuramente que as portas se fecharam para mim, acho que nunca se abriram, estão trancadas e não há chaves que servam nas fechaduras, eu queria sair dessa prisão que me impossibilitava vê meus sonhos realizados. As portas não abriam, quebrei as paredes e fui, fui ja realizando um sonho, o de sair de um pensamento medíocre de achar que não vai conseguir.
Não volto, não sei como . Há muito tempo perdi parte de mim , minha memória falha não me permite lembrar onde. Desde então, não parei de me decompor. Todos os dias, a todo momento me deixo nos lugares por onde passo buscando me esvaziar de mim. Tive a ilusão que me espalhando por todo canto eu desapareceria juntamente com o vazio que me preenchia e fui me dividindo, de tanto me dividir me tornei indivisível, e o vazio, o vazio não desapareceu. Foi no meu último segundo que percebi que nem mesmo virando cinzas o vazio em me desapareceria, o vazio não estava em mim, o vazio era eu.
Tem coisas que são pequenas
demais, Por serem tão pequenas,
não se encaixam em nem um
outro lugar, a não ser na alma da gente.
Os sorrisos mais verdadeiros são aqueles que brotam do
íntimo da alma, e assim, também são as lágrimas.
Último estágio da depressão.
A depressão,
no seu último estágio
paralisa o cérebro
em uma única fase,
gerando apenas um desejo, a morte, mas não a morte do corpo, o que se
deseja é a morte da dor. É no último estágio da depressão que partimos de repente e
silenciosamente. Em todos os outros estágios gritamos, brigamos e choramos.
Pedimos ajuda, mas ler olhos e ouvir o silêncio de palavras não ditas tornou-se fora
de moda, efeito do seu pouco uso.
Minha Ansiedade me causa medo, medo do oculto, medo do inexistente. Medo que paralisa meu corpo e minha alma. Em questão de milésimos de segudos encontro-me entre a vida e a morte. Confesso que há dias que não luto, permaneço estático enquanto minha mente me destrói por dentro e por fora.