Thayná M.

⁠Uma avalanchese aproxima mas não sei de qual direção, tenho medo de tudo. Ao mesmo tempo que me preocupo, me escondo em uma capa aonde todos me enxergam como se tudo fosse normal.
No fundo abnegação é mais do que se doar é mais do pensar no próximo. Basicamente é esquecer de si.
Porém apesar do egoísmo que me toma por completo em certos momentos, meu interior ainda é movido por sentimentos ao próximo.
Pensar em abrir mão de tudo em prol de alguém que eu amo é a decisão mais fácil que tem, porém outras circunstâncias me afligem no momento.
Será que o amor pode ser realmente eterno?
Será que abrir mão do possível amor eterno, por alguém que apesar de possuir meu amor, nem sempre é capaz de valorizar, vai me destruir?
Como sobreviver as minhas escolhas.
Qual será de fato o meu destino, a minha história.
A incerteza do futuro, o desconhecido me assombra tanto quanto os medos que já conheço e finjo não existir.
Assim como eu, vejo que meus amores também se apavoram com essas circunstâncias, com essa instabilidade, vivendo um dia de cada vez sem saber se o amanhã existirá para aqueles que amamos.
Difícil a dura realidade, nua e crua. Que tanto evitamnos mostrar e que alguns nunca irão conhecer.
Me vejo sozinha mesmo que rodeada de pessoas solidárias. Mas duramente aprendi que ninguém é capaz de sanar nossa dor, todos temos os nossos monstros e problemas, cada um acha seu bicho papão pior do que o do próximo. E no fim ninguém muda nada, apenas um ombro pra desabafar é o que se ganha mas a volta pra realidade existe e depois de um tempo o ombro que você procura não estará sempre disponível.
Não se decepcione infelizmente amadurecer significa reconhecer que estamos sozinhos neste mundo no fim das contas.