Thalison Lanoa
Como um sonho bom, você surgiu
Na pacífica realidade.
Logo me abraçou; senti as pedras brancas
Toquem meu corpo frio, novamente.
Olhava para mim, como se houvesse encontrado
O que buscou em vidas passadas,
Em meus olhos, você via
Uma conquista, um desejo alcançado,
Como se visse seu prato de salada preferido
Na minha face enrugada pelo tempo.
Me olhava sem se perder
No vazio que se apresentava em mim.
Enquanto você explorava meus olhos castanhos comuns,
Minha frágil alma chorava por você.
Você era o motivo daquele choro
Sigiloso e trêmulo.
Sem que eu percebesse,
Escutei seu quase murmúrio: "eu te amo".
Conheci você num dia de verão,
A noite era fria e levemente melancólica.
Pássaros dançavam ao vento do norte,
Águas buscavam sua gentil lembrança,
Da vida passada.
O quase toque em minha pele áspera
Deixou caminhos a serem guiados por você.
Vidas ao vento,
Como a cena mais laboriosa de um filme,
Um "eu te amo" desejando ser revelado.
Meu corpo murmurava seu nome
Na escuridão da noite profunda.
Quis você em quatro pétalas de rosa,
Em duas velas sobre o doce,
No cair daquela estrela atrevida,
Nas palavras ditas pelo pecador
Sobre seu pedido já concedido.
Hoje, pela manhã, pensei em você,
No seu sorriso lindo,
Na sua boca rosada,
No seu abraço que lembra a velha casa da vovó.
Pensei em você com a paixão de quem deseja amar
Inteiramente e intensamente,
Como a água que preenche o copo.
O abraço que me envolve e arranca
A saudade de ser amado é seu.
Hei de admirar cada detalhe seu;
Existirá o "eu te amo"
Com a resiliência das palavras que te disse pela primeira vez.
Hoje, amanhã e pela eternidade,
Pensei em você pela manhã.
Escutarei nossa bela música,
Que retrata misteriosamente o nosso amor.