Thales Guaracy
O brasileiro não pode se contentar com 100 reais para matar a fome. Este é um país onde há riqueza para todo lado: no campo, nas cidades, na indústria. Nossos recursos são incomparavelmente maiores que de outros países onde os resultados têm sido muito melhores. O Brasil é vítima de um paradoxo. Possui uma natureza maravilhosa e um povo gerador de uma classe dirigente inculta, rapinante e atrabiliária. Nosso problema continua a ser de gestão. E de educação. Um povo de cabeça erguida, como só a educação produz, não se contenta com migalhas.
Assim como um clube de futebol, um país não pode ter fins lucrativos ou orgulhar-se de ter dinheiro em caixa. Deve pagar em dia, sim, mas tem de usar todos os recursos disponíveis ao seu tempo na promoção do bem estar social.
Cada vez mais cresce a consciência de que os países ricos precisam entrar em acordo para promover o desenvolvimento nos países de Terceiro Mundo. Isso significa desafogá-los de suas dívidas, dividir melhor a riqueza do mundo, para evitar os problemas que estamos vendo aí: o descrédito dos governos, a desorganização da sociedade, o crescimento do terrorismo e da criminalidade, a favelização, a miséria, a doença e a fome.