Thaissa Magalhães
Por mais que não te encontres, ou seja de tua preferência.
Os sentimentos que dedicas, faz de ti um homem único, precioso.
De maneira que qual qualquer mulher se honraria.
Em uma palavra que dizes ao vento, eu a guardo para um dia ver seu sorriso.
Invejo as palavras que saem do teu coração, pois elas fazem parte de ti. E eu?
São simples, formas de tranqüilidade, um dia qualquer insano a tua vontade, teu bem querer, pra mim já não se esconde.
Seu belo sorriso infantil eu almejo, suas bobas apresentações, mas o que menos queria já me foi dado por ti, amizade.
Contemplo poder estar em sintonia com suas canções, elas refletem o que alma de um ritmo pode causar no coração de donzelas apaixonadas.
Poeta, bebê, definições sem nexo para dizer quem é você. Será que te define bem?
Um sorriso espero, ao terminar de ler, pois a canção de amigas interessadas, só fazem ler teus poemas, com pensamento em outra.
Gratidão receberia de ti se me entendesse. Mas não quero que me entendas por enquanto, assim não me levaria a mal.
Tudo que escrevo resume em você, de bom coração escreve com boa razão, simples moderado. Mas que ao cantar encanta com sua intensa paixão, pois tudo que faz com amor, encanta quem ouve com ardor.
Disse por instantes, por sensibilidade, que moço é esse que faz dos sonhos belas canções?
Que homem é esse que com criança nos olhos, faz uma mulher sem lhe conhecer admirar-lhe?
Por razões ainda desconhecida, te guardo em meu pensamento, não queria que fosse assim, um obrigado, mas jogado ao vento.
Ei moço não é essa razão que me faz escrever para ti, mas sim o meu afeto, admiração?
Um quem sabe seu abriria o mar dos contentamentos. Mas tenho medo de ilusões geradas por mal entendidos, eles geralmente machucam.
Mas estarei aqui te lendo, te escutando, te gostando.
Sem sentido nem graça, mas aqui, não pra sempre, nem como queres, com oscilações e fases.
Já te disseram que se te tornaste único pra uma, seria também pra varias? Seu sentimento planta afeto por onde passa cativa e faz-se almejar mais musicam tristes ou não, mas todas reais vindas do coração.
Seria um sonho, se não fosse tão escuro.
Seria sublime se não fosse por um talvez.
Seria cordial se eu não fosse sua amiga.
Um dia me disseste da dor de ter partido,
Corações ou lugares?
Sonhos de viagem, revoltas de escolas,
Olhos que seduzem, dedos que se embriagam em tinta.
Enamoram-se de um sertão cá escondido no encanto de um quadro.
Seu segredo esta escondido, por pinceladas, que só ele pode ler.
Mas sua sina está no coração de uma menina que lhe recusa dizer
Te quero, ela mesmo sente medo, pois sabe que já disse não.
Saiba viajante, quem te ama já não te espera.
Espero que o sonho das belas artes seja próximo, calmo e proveitoso.
Pois lá não se ensina pintar com sentimento, mas sei que com o tempo, as cores lhe ensinaram.
Fico a imaginar a sua volta do exílio cuiabano, seus nativos esperando que você traga prosperidade, chuva e esperança. Talvez esteja sonhando errado, que o sertão que eu conheço não caiba você como sertanejo.
Eu às vezes te confundiria com dançarino de maracatu ou um samba típico da nossa bossa que de tão diferente não é mais nova.
São como o inferno dentro de pupilas verdes esmeralda,
São avassaladoras vontades de sugar tudo o que avista,
São demônios de outros, são distúrbios curiosos, de raiva calada – não, me enganei, dizem até demais.
Seus olhos me dão o medo que eu preciso para continuar próxima,
Eles não o obedecem, os poderes daquele olhar são muito mais fortes do que ele mesmo.
Seu sorriso não combina com seus olhos, a uma diferença muito grande entre
Lábios que são alegres e amáveis, e olhos devoradores, como os de Capitu adultera,
Querendo afogar pobres inocentes em um mar de ressaca.
Ah os olhos de Tristão, que muito sabem, e pouco dizem. Olhos assassinos, matadores de corações lânguidos, olhos que roubam e atiçam, provocam e se manifestam de maneira subliminar.
Olhos que amam discretamente, olhos que odeiam incessantemente, olhos que martirizam sem remorso algum.
São aqueles olhos que me fazem ainda ter duvida de minha partida...
Não sei posso me despedir de olhos, que eu nunca tive coragem de encarar.