Thaís Muniz
Nunca tive medo da solidão. Ao contrário, acho que eu sempre soube lidar com ela e por muitas vezes, foi ela a minha maior aliada.
Eu nunca tive medo de ficar sozinha, porque na verdade eu sempre soube que enquanto eu tinha como companhia a solidão, eu me tornava cada vez mais capaz de suportar uma perda, eu aprendia a ser forte, eu me conhecia melhor.
E sinceramente, eu acho estranho quando alguém me diz que tem medo de ficar sozinho(a) porque me parece que as pessoas têm um medo incomensurável de passar um tempo consigo mesmas. São tão inseguras, tão covardes, que têm medo de ter consigo sua própria companhia.
Eu nunca tive problemas com a solidão, acredite.
Às vezes ela é tão necessária!
E por que não arriscar? Por que não me entregar? Por que não deixar meu coração acelerar, hein, por que? Se há tanto espero por ti, paixão. Se há tanto te procuro, te chamo, se tanto sinto tua falta. Por que me apartar de minha companheira de tantos anos? Se és tu que me faz acordar todos os dias, cantar, escrever, ler, fotografar, conhecer.
É a grande devoção que eu tenho por ti que tanto me faz querer viver.
Volte a se instalar em mim, a bombear pelo meu sangue, volte a reinar e me faça lembrar por quê és a minha emoção favorita, querida paixão.
Amigo, eu já lhe disse: aqui as coisas são simples. Não me venha com rodeios, não me venha com desculpas, aliás, não me venha.
Porque eu detesto gente com aqueles joguinhos batidos de "vamos ver se dá" enquanto na verdade quer dizer "mas é claro que sim!".
É o que eu digo: intensidade, objetividade e sinceridade.
- Intensidade para não se arrepender por não ter aproveitado cada momento;
- Objetividade, pois vida é curta demais para rodeios; e
- Sinceridade porquê o coração é frágil demais para mentiras.
Quer saber? Eu adoro ser diferente.
É, gosto mesmo é de não ser igual a todo mundo, de ser um exemplo das exceções, de fugir às regras, de não ser incluída em generalizações.
E aliás, eu também nunca me importei quando me chamaram de anti-social ou coisa parecida. Não me ofende, eu não me importo.
Não sou obrigada a curtir balada e saber dançar. Também não sou obrigada a acreditar no que todos acreditam ou fazer o que todos fazem.
Eu assumo o compromisso de ser sempre eu, mesmo sabendo que isso possa me afastar das pessoas, por que eu sei que se eu fizesse o contrário não teria êxito nenhum.
Eu posso até ser boa atriz quando se trata de palco. Mas na vida real, me perdoem, não quero interpretar nenhum personagem que tire de mim a essência de ser eu.
Ando por ai procurando por ele... alguém que eu nem sei se existe, alguém que eu não sei se um dia hei de conhecer. Mas nem por isso deixo de procurar.
Continuo por ai, por ai... a andar.
E ai a gente conhece alguém incrível. Sensível, romântico, carinhoso, disponível e fiel... dai a gente percebe que ele não existe e que essas qualidades eram apenas fruto de nossa mania insuportável de idealizar as pessoas.
E então a gente descobre que pessoas reais e não tão "perfeitamente incríveis" são capazes de nos fazer muito mais feliz do que imaginávamos.
É estranho que depois de tanto tempo alguém ainda consiga fazer isso comigo...
Eu quis escrever, cantar, desenhar, fotografar, ler, sorrir, gritar, correr e fazer tudo, tudo e tudo que eu sei que pode me fazer feliz.
Quando eu estiver triste, apenas sorria.
Não esconda de mim minha fonte de inspiração, me faça acreditar que valerá a pena, mostre a mim o por quê de ser tão especial. Me faça lembrar que o teu sorriso é tudo que eu preciso para sorrir também. Não, não diga nada...
Apenas sorria.
Tudo que eu peço é sinceridade. Será que é pedir demais? Eu espero que não.
Eu te peço, apelo e suplico que sejas sincero a cada palavra dita e a cada olhar - quando significar milhares de palavras não ditas.
Não quero acreditar em mais mentiras, não quero ter que sobreviver a mais um turbilhão de decepções, não quero ser obrigada a desconfiar de todos.
Olhe em meus olhos ao falar, conte-me suas decepções, explique-me seus medos, suas desilusões e todos os seus casos de amor, eu entendo. Eu aceito. Mas, por favor, só não me faça acreditar em ilusões, não sei se minha confiança na bondade e integridade humana permaneceria intacta após mais uma mentira.
Ei menina, ouça: fique atenta, tenha foco e não deixe que nada te desvie a atenção. Caras assim não merecem nossos olhares.
Ouça bem menina, não esqueça. Você pode achar tudo muito chato, mas aprenda com o que seus mestres te dizem.
O que te dará liberdade nesta vida não serão caras ricos com mansões à beira da praia. Não mesmo, não serão. Só estarás liberta disso tudo quando se tornar escrava do conhecimento.
Pois é menina, eu sei, isso é mesmo um paradoxo.
Tenho uma necessidade enorme de sentir tudo novamente. Preciso outra vez saber o que é estar apaixonada!
Essa intensidade, essa inspiração, essa emoção que bombeia por todo meu corpo junto (e tão necessário quanto) ao vermelho sangue passando por minhas artérias, ouvir meu coração pulsar forte, perder o equilíbrio, esquecer a razão por alguns instantes enquanto sonho com noites delirantes e carinhos inesquecíveis.
A paixão é tão parte de mim quanto qualquer órgão que se faz necessário para a minha sobrevivência. Por quê o pulmão pode até me manter respirando, mas é a paixão que me faz transpirar.
É, eu sou sempre assim... Falo demais, procuro demais, sorrio demais ou então não falo nada, não procuro jamais, nem se quer deixo roubar um sorriso.
É, eu sou sempre assim: intensa demais, sem meio-termos. Não gosto de meio-termos, se for pra ser tem que ser por inteiro, sem metade, sem partes, sem frações do que podem me oferecer ou do que eu posso ser. Não quero 1/8, 1/4 nem 1/2 do teu sorriso, da tua palavra, da tua procura. E se for pra me oferecer frações, prefiro que não me ofereça nada, me sinto completa apenas com o que eu sou, por inteiro.
Quer uma verdade sobre a verdade, meu caro?
Ela dói. É, é exatamente por esse motivo que preferimos mentir para nós mesmos.
Não brinque com os sentimentos alheios. Se não for por consideração ao próximo, que seja pelo menos por lembrar que nunca se sabe quando vão fazer o mesmo com você.
Você não tem ideia de quantas vezes me peguei fantasiando nós dois. Aliás, você provavelmente nem desconfia, mas penso em você diariamente. Maldito amor platônico, ou seria bendito? A paixão proibida sempre será assim, sempre terá esse gostinho de "quero mais", essa impressão de que não vai acabar nunca, porque realmente não acaba.
Não quero o que todas querem, não gosto do que todas gostam, não penso como todas pensam nem vejo o que todas veêm. É minha maior característica: ser estranhamente diferente.
E eu gosto, gosto mesmo. Então não me peça para ser igual, não espere que eu seja como todas as outras, não procure em mim o que você perdeu em alguém porquê certamente não irá encontrar. Se quer alguém igual, simples, procure por ai que encontrará muitas.
Porque eu sou diferente, complexa e estranhamente intocável. Meus pensamentos voam a 150 por hora, num ritmo frenético em que você me parece incapaz de acompanhar. Então não acompanhe, você é semelhante demais a todos os outros e pessoas assim não me interessam, sabe? Normalidade demais me dá fobia. É isso, tenho fobia a pessoas normais.
Menina, só um aviso: cuidado com as pessoas. Elas mentem, enganam, fingem ser o que não são e ainda olham nos seus olhos. Pense bem antes de confiar em alguém. A vida ensina menina, a vida ensina...
Desculpas não mudam atos, não amenizam dores, não diminuem erros, aliás, nem significam real arrependimento.
Se desculpar é a melhor maneira que existe de livrar a si mesmo da culpa. Quer que eu te desculpe? Então mude, não faça de novo, assuma uma nova postura.
Não venha me pedir desculpas acreditando que isso mudará tudo e que poderá errar novamente. Não gosto de desculpas, assuma seu erro e se comprometa a não mais errar.
Você não me conhece.
Muito mal sabe meu nome, não faz ideia da complexidade que eu sou, de quantas horas por dia eu passo tentando entender o real sentido das coisas ou do que eu penso sobre religião.
Você não sabe sobre meus traumas, minhas cicatrizes, minha história de vida e nem passa pela sua cabeça o quanto eu estudei para fazer minhas provas de física.
Você não conhece meu estilo literário, quantos livros eu leio por ano, minha música favorita ou o quanto eu já chorei assistindo um filme.
Trocamos uma ou duas palavrinhas e só. Então, o que te faz pensar que eu sou igual ou parecida com alguém?
Não me compare, não penses que pode me decifrar nem diga por ai que me conhece. Não imagine que sabe muito sobre mim só porquê entrou em minha casa ou conseguiu me fazer sorrir por quê, na verdade, você nem imagina o esforço que eu faço para conseguir abrir esse sorriso todos os dias.
... Porque eu sou diferente, complexa e estranhamente intocável. Meus pensamentos voam a 150 por hora, num ritmo frenético em que você me parece incapaz de acompanhar.