Thainá Lobo
E se eu gritar ao mundo que te amo, quem vai dizer que é falsidade? E se eu torcer ao fenecimento dos céus, quem vai dizer que é pecado? E se eu me agarrar à uma ilusão, quem vai narrar minha falha? E eu que tanto pergunto, nem quero saber essas respostas...
Corpos que se separam por um dia mais uma semana e sentem saudades... Diga-me que não se enamoram e te exporei o teu delírio.
Como se o tolo e estúpido amor não calhasse de ser boias aos náufragos... Como se a metade da laranja não fosse apenas dois corpos despidos compartilhando um café da manhã...
Eu já te desconheço que sei. Eu já não sei de que tom se faz teu céu, eu não lembro do teu cheiro, eu esqueci o teu gosto. Você é uma estranha que não faz falta, menina. E se eu chorar não será por ti, será um choro por mim... Por ter dó de mim, que mente tanto. Um choro de descrença. Eu te amo?
Mas quando a gente tem que sentir, a gente sente demais. E então percebe que a nossa lua é a que mais pesa, que o nosso mundo é o que mais gira, que a nossa dor é a que mais dói e que o nosso amor é o mais infindável.