Th Japsen
A magia dos olhos trazem vida. Todo mundo tem uma magia na cor dos olhos. Tudo bem. Faz bem imaginar a magia dos teus. Não preciso dizer que para mim são os mais bonitos e brilhantes. Sou capaz de me ver dentro deles, por trás do castanho bem escuro que me transmite paz.
Seus olhos
São meus melhores caminhos
Gosto de correr o risco
De me perder
Neles.
Correria o risco de te ver partir só para ver se com você iria o brilho dos olhos. Dos meus. Esses que voltaram a brilhar só quando você apareceu. Quem te desenhou, colocou uma bela porção a mais de amor e focou toda a sua luz nos seus olhos castanhos escuros.
Esses que eu me perco
Me acho
E sou capaz de me acabar
Novamente
Em cada olhar teu.
A magia dos seus olhos se torna completa quando brilha junto ao seu sorriso.
Esse
Que fica resplandecente
Quando você
Sorri.
A verdade é que...eu me transformei no pior da literatura, a mais dura verdade do cinema, o pior de todos os poemas e o melhor que eu tinha hoje já não existe mais. Eu deixei de ser intensamente apaixonada pela vida, onde tudo tinha cor e melodia...eu deixei de ser intensa...por você.
E o que eu fiz de mim? A mais grande poesia dolorida que alguém pode sentir sobre a pele um dia. Fria como o inverno e seca como qualquer dia de outono. Me transformei na mais seca de todas as folhas e na mais dolorosa doença do século. Me perdi no amor. A dor de amar me destruiu e eu amei muito você. Eu acreditei que fosse ser capaz de te transformar na melhor das ficções do cinema e o máximo que você quis se transformar foi no pior das hipóteses um ser qualquer. Que passou por aqui e deixou toda a bagunça, que desconfigurou meu sistema, que abriu minhas cicatrizes e que por você hoje elas sangram...
Sangram porque tendem a sangrar e sangrar só vale a pena se for de verdade. Em cálice de vinhos eu escrevo seu nome em linhas. Em tristes noites eu eternizo você na memória como se fosse resolver viver apenas de memórias.
A verdade é que...eu me transformei no pior da literatura, a mais dura verdade do cinema, o pior de todos os poemas e o melhor que eu tinha hoje já não existe mais. Eu deixei de ser intensamente apaixonada pela vida, onde tudo tinha cor e melodia...eu deixei de ser intensa...por você.
Eu me refiz em cada olhar que me devastou. E hoje eu sou inteira porque eu soube me recompor. Não sei de onde tirei forças para te esquecer mas eu te esqueci como se esquece aquela história de amor dos livros que só se lembra quando lê o resumo.
E o nosso resumo
Eu não quero reler.
Eu fechei o nosso capítulo, virei a folha e escrevi uma nova história onde eu agora me amo apesar de tudo. A angústia ainda existe mas no silêncio dessa casa eu aprendo a viver
Com ela
Todos os dias
Mesmo pensando
Que talvez você possa
Atravessar essa porta.
E voltar em qualquer momento, nem que seja para bagunçar outra vez tudo que coloquei no lugar. Onde todo o cortiço que eu chamo de lar tem seu nome.
Escrevi você na memória
Por onde eu ando eu te chamo
E eu vou superar
Outra vez
Como todos os dias eu faço
Pra esquecer você...
Não sou de jogar fora. Muito pelo contrário, sem muito bem onde posso ou não entrar. E se entrar em você é perigoso amor eu adoro diversões.
E mesmo que eu possa ser manipuladora o bastante eu ainda consigo te enxergar em mim como o pior das hipóteses que um dia pude escrever. Um fiasco em forma de gente. Que eu uso só para me entreter.
Tudo bem, no fim eu sempre digo que vou superar. Com um tempo eu aprendo que todos os fins marcam meus novos começos de alguma forma mesmo sabendo que eu não devo me prender.
E não passa de um dia para o outro. Nada passa com um copo de água ou uma boa xícara de café. Eu preciso sentir os fins.
Assim como sinto as pessoas
As coisas...
E o que mais me magoa é ver as pessoas que não sabem sentir. Essas são as piores de todas as minhas decepções.
As pessoas
Que dizem que sentem
E na verdade
Não sentem nada
E mentem sobre si mesmas para si mesmas. Como se fosse acolhedor transformar a mentira de si propio em uma rede para acalentar sonhos dos outros
Eu vi meus sonhos
Sendo acalentados
Em mentiras
De pessoas que não sabem
Quem elas propias são.
E foi doloroso de mais perceber que não só isso. Mas centenas de coisas me geraram traumas. Principalmente o amor.
Que era algo para acalentar
A minha alma
E hoje
Só me marcou
Com cortes e dor.
Não sou capaz de dar o meu mundo a alguém, e isso não é egoísmo de minha parte. É que eu custei a refazer meu mundo, a arrumar a bagunça que hoje sinto que ele só deve pertencer a mim e a quem eu acho que deve merecer.
Não gosto de adiar finais porque a dor das incertezas são bem maiores do que as de qualquer despedida. Sou afim da boa conversa e dos bons relacionamentos. Não gosto que me prendam e também não sou amante de prender ninguém. Sou pássaro e por isso mereço ser livre.
Me mandou ir embora e disse para eu me tratar, procurei motivos para não chorar mas desabei. Logo depois dei um jeito de me tratar, me tratei por dentro e por fora, olhei pra mim no espelho e me vi melhor que nunca.
Melhor que do que já fui.
Melhor do que tudo que fiz
E por isso eu sou melhor por mim.
Durante meses me critiquei pela partida de pessoas que não mereciam minhas lágrimas, chorei por alguém que não merecia minha atenção e por fim deixei que me derrubassem. Eu dei o meu melhor pra um alguém que destruiu o que eu sou por dentro. E hoje o que não me faz falta não me convém.
A verdade é que eu perdi tempo apostando em amores vazios de mais sendo que eu sempre fui de mergulhar de cabeça. E tudo que é raso me destrói.
Eu não nasci pra viver romances de estações e sim para viver amores de época, daqueles que assumir estar apaixonado é a coisa mais bonita do mundo, e não nasci pra esconder amor de ninguém.
E por isso eu não aceito menos que amores sinceros. Que toques da alma e de paixões avassaladoras. Eu não aceito o que não me preenche. Eu não estou aqui para aceitar migalhas que não me convém.
Eu aprendo todos os dias a dançar conforme o meu caos e aprendi a amar cada uma das minhas feridas. Não que eu não deveria também amar minhas alegrias, mas eu sou uma pessoa tremendamente triste. Tudo aqui se resume na minha tristeza e por ela é que eu aprendi a amar minha solidão.
E quando você chegar e perceber que se libertar é entender que a solidão também pode ser a paz. Você entendeu tudo.
Mesmo que isso seja maluco de mais. Ser maluco é ser solitário mas a solidão também é remédio, ser curado é ser respeitado começando por si mesmo.
Já fui capaz de me calar e deixar que meus olhos falassem por mim e assim foi que as lágrimas ganharam vida. No silêncio das noites o fardo do meu travesseiro sempre foi muito pesado mas no outro dia os olhos sempre vibraram alegria o suficiente. Capaz de fazer parecer enganar. Mas os olhos não enganam. É através deles que sentimos. Bem mais que o pulsar dos pulsos e o apertar do peito.
Não sei pertencer a ninguém nem a lugar algum e para ser sincera, não sei pertencer nem a mim mesma
Eu grito por socorro em silencio, como se alguém pudesse me salvar de mim. Mesmo sabendo que só eu mesma posso me escapar de todas as coisas incertas que acontecem aqui dentro.
Faz tempo
Que o tempo me destrói.
O tempo que dizem que cura
Hoje machuca
Vai fazendo de mim
Gotas de sofrimento
E de gotas em gotas
Tudo vira pó.
E de canto em canto
Onde os pássaros já cantaram
Onde as músicas já tocaram
Onde as dores já cicatrizaram
Ainda existe feridas
De pouco a pouco
Se fecha mas arde
Costura e dói
O tempo que me fez
Hoje é só o tempo que
Me destrói.
Tudo bem, talvez esse seja meu refúgio, escrever... Mas não se engane a riqueza das minhas palavras não tendem a esconder dor alguma que sinto. Na verdade a minha elegância nos dizeres escondem o mais triste de mim.