Terezinha Costa
Retirantes da seca.
Não deve ser nada fácil
O homem chegar pra mulher
E falar arrume as coisas
Tudo que a gente tiver
Pois precisamos partir
Não dá pra ficar aqui
Seja lá o que Deus quiser.
E a pobre mulher chorando
sem saber pra onde vai
Ela não quer ir embora
Mas a chuva que não cai
E o sol tão causticante
Obriga-os a ser retirantes
Com dor no coração sai
É triste pra uma família
Ter que deixar o lugar
Onde está suas raízes
Onde formou o seu lar
Sem ter uma solução
Rasgando seu coração
Sem saber se vai voltar.
Fé em Deus.
Hoje amanheceu chovendo
Aqui na minha cidade
Agradeço ao meu Senhor
Tamanha felicidade
Se você pedir e crer
Ele vai te atender
Vai cair chuva a vontade
Eu creio que o nosso Deus
Ouve as nossas orações
Nesses dias eu vou ver
Os relâmpagos e trovões
Obrigada Senhor Deus
Que não esquece os seus
E ouve nossas petições.
Seco sertão!
Olhando uma imagem assim
É de cortar o coração
não podemos fazer nada
Com essa situação
Quem pode finge não ver
Querem cada vez mais poder
Esquecem nosso sertão.
Sem chuva!
O olhar de cada um
Está claro pra entender
Estão pedindo socorro
E os grandes fingem não ver
Só arrastam para si
E os sertanejos aqui
Sem nada para comer
Então vamos pedir a Deus
Que é Todo Poderoso
O nosso Criador é
Justo, reto e generoso
Nele posso confiar
Creio que Ele vai mandar
Chuva pra esse chão rochoso.
Do céu ao nordeste!
Olhando as duas imagens
Grande é a diferença
Uma, bonita com vida
Outra, triste sem presença
Vamos pedir ao Senhor
Que amenize esse calor
E mande uma chuva forte.
Pois estamos precisando
A seca está castigando
Aqui pros lados do Norte.
Desabafo.
Estão pouco se importando
Com o povo brasileiro
O que importa pra eles
É roubar nosso dinheiro
O país tá no buraco
E o povo não tem mais saco
Para tanta roubalheira
Precisamos de algo novo
Que beneficie o povo
E honre a nossa bandeira.
Resposta a quem não merece.
O que vejo em tudo isso
É inveja dessa gente
De um povo acolhedor
Amoroso e contente
Mas também se for preciso
Tira da boca o sorriso
Pra defender o seu torrão
Não gostamos de intriga
Mas se quer brigar "nós briga"
Medo? "Nós num temo não."
O nordestino se orgulha
De morar nesse lugar
Quem precisou ir embora
Tem vontade de voltar.
Aí vem essa mulher
Que ninguém sabe quem é
Nem de onde ela saiu
Falar mal da nossa gente
Povo de fibra e valente
Que igual nunca se viu.