Tere Marcellino
Como o sol numa manhã gelada, as palavras me aqueceram sem queimar e descobri como faz falta ter alguém pra matear.
Sou única, mas tenho várias campeiras dentro de mim...
Ora sou brisa mansa a acariciar os campos, espalhando o perfume dos pampas.
Ora sou vento minuano, trazendo o frio, girando as areias, fazendo tormentas.
Mas também sei ser calor, fogo que queima e aquece a noite fria.
Sou várias que me fazem ser única. Cabe a você escolher qual delas quer despertar.
Meu coração campeiro é simples por natureza. Ama o pampa, se agrada com o amargo do mate e acolhe a todos com amor e respeito porque sabe que a humildade é a essência da vida.
Posso não ter riqueza, mas trago um sorriso no rosto, amo o que faço, tenho fé em Deus e isso vale mais que todo dinheiro do mundo.
Nem todas as princesas usam coroas, algumas usam chapéu, sobem no cavalo e se jogam nas lidas do campo.
Nem todas as princesas usam sapato de cristal, algumas usam bota e bombacha e boleiam a perna pra dançar um fandângo de galpão.
E nem todas as princesas esperam pelo principe montado no cavalo branco, algumas estão sendo felizes sem se importar se encontraram o homem certo ou não.
Essas sim são princesas, mais do que isso... São donas do próprio destino.
Sou única, mas tenho várias mulheres dentro de mim.
Ora sou brisa mansa a acariciar o campo e espalhar os perfumes do pampa.
Ora sou vento minuano, trazendo o frio, girando as areias, fazendo tormentas.
Mas também sei ser calor, fogo que aquece a noite fria.
Sou várias que me fazem ser única, cabe a você escolher qual delas quer despertar.
Um novo mês chegou... Não adianta tu pedir para que ele seja melhor se tu não faz nada para que ele se torne melhor.
Nem todas as princesas usam vestidos chiques, coroas e sapatos de cristal... Muitas estão por aí nos campos, andando a cavalo, amando um fandango e honrando a tradição.
Nem todas as princesas usam coroas, algumas usam chápeu, sobem no cavalo e se jogam nas lidas do campo.
Nem todas as princesas usam sapatinho de cristal, algumas usam bota e bombacha e boleiam a perna pra dançar um fandango de galpão.
E nem todas as princesas esperam pelo principe montado no cavalo branco, algumas estão sendo felizes sem se importar se encontraram o homem certo ou não.
Essas sim são princesas, mais do que isso...
São donas do próprio destino.
No meu rancho não tem luxo, mas pra mim é o
melhor lugar do mundo.
É meu chão, é meu pago, é minha pátria.
Aqui encontro as coisas que realmente amo e preciso.
Nesse mundão velho sem porteira, nunca faça mal a ninguém e nunca julgue, pois tu colhe o que tu planta
e cada um tem o que merece. É Deus que determina todas as coisas.
Na sina campeira, meu coração está predestinado á liberdade, tendo como carinho o vento frio que acaricia meu rosto e o mate amargo que adoça os meus dias.
A vida no campo é perfeita.
Se aquecer no calor do fogão a lenha, fazer o carreteiro na panela de ferro, cevar um mate e ver os animais correndo pelo pasto.
Essa é a vida que eu quero pra mim.
Desejo a vocês...
Fruto do mato, Cheiro de jardim, Namoro no portão
Domingo de rodeio, Segunda sem mau humor, chimarrão em todas as manhãs.
Sábado de baile campeiro, Ter um amor que seja flor de especial. Música do Luiz Marenco.
Arroz carreteiro na panela de ferro, Ouvir uma palavra amável, ver a lua cheia no campo. Ter fé no Patrão Divino. Rir como guri faceiro, Ouvir canto de passarinho.
Tomar banho de cachoeira, Pôr-do-Sol na roça
Uma festa campeira, Recordar um amor antigo, ter um ombro sempre amigo,
Ouvir a chuva no telhado, abrir a roda de chimarrão e matear por longas horas ao lado dos verdadeiros amigos. Desejo-te o simples, te desejo o belo.
[Inspirado no poema de Carlos Drummond de Andrade]
Perguntado e não respondido é assunto esquecido. Faço minha parte, se não for o suficiente, deixo ir.
Que o vento que sopra no Sul invada o teu lar e traga um dia de paz e felicidade.
Que independente da cor do céu, as bençãos de Deus faça costado em tua moradia para todo o sempre.
Pode ser num calor de 40ºC
ou num frio de -0ºC...
Pra tomar um belo chimarrão,
não tem hora e nem lugar!