Tchilla Helena Panitz
Com o tempo, aprendemos que o tempo é efêmero, volátil e estéril. Algumas vezes precoce, transitório, ou tardio. Não importa quanto tempo você leve para descobrir seu tempo, ele sempre vem: pacífico, silencioso e pontual.
Ser refém do tempo, por muito tempo, invariavelmente, resulta em perda da noção do tempo e obliteração da recordação dos bons tempos.
Quando a prática é reprisada de forma igual, nossas experiências se congelam no tempo que, ao seu tempo, torna o tempo acelerado.
Tentar aprisionar os segundos é como separar água. É uma quimera. Devíamos experimentar viver o dia de hoje como se não existisse o amanhã.
Não espere que as pessoas sejam iguais a você. Não as subestime, não as julgue, não gere expectativas, porque expectação não é possibilidade, nem probabilidade, mas mera presunção de anseio.
Quando te sentires solitário, desprezado e esquecido, procura desprezar o abandono e esquecer quem não lembra de ti.
O silêncio é vazio do grito surdo, é escuridão da noite sem estrelas, é partida de quem nunca esteve em nossa existência.
Viva cada dia como se fosse a última viagem. Não gere expectativas, não faça planos, viva intensamente o presente, pois não temos a certeza do amanhã.
Devíamos ter a oportunidade de poder combinar a hora da partida. Assim poderíamos nos despedir com dignidade.
A cada despedida renova-se a expectativa fatigada por contratempos. Indício de que ainda há tempo para recomeçar.