Tássio Cunha
"A saudade machuca, mas ao mesmo tempo alimenta. Simplesmente por mostrar que o tempo que não estamos juntos é fruto de uma supra vontade de nos unirmos o quanto antes."
"A madrugada solitária pode parecer obscura e fria, mas a esperança do sol radiante logo a frente, nos irriga com fé e força para seguirmos nesse mundo de trevas"
- Vejo tudo nesse momento!
- Mas o momento não é o agora, é o antes e o agora.
- Nada a fazer?
- Não. É preciso buscar entender. Entender a sensibilidade, a essência humana do instante, que carrega o antes e o agora.
- E o depois?
- O depois é a partir do agora, construído com pensamento do depois e com ações do agora. É o viver desconhecido conhecido, que dentre o caminho escolhido, se torna
traumático ou prazeroso.
- Qual caminho seguir?
- O prazer do momento, que é o antes, o agora e o depois.
"As forças cósmicas é a energia mais intensa do conhecimento, favorecendo do alicerce da matéria a crença do espírito. Responsável por promover a emergência da vida na terra. Em que nós (enquanto
representantes de uma espécie que se propaga com movimentos peristálticos e/ou intencionais, como a cópula que impulsiona a injeção de elementos responsáveis por realizar uma transmutação capaz de idealizar um novo ser), somos (re)criados. Dessa forma possuindo a licença de usufruir por um intervalo de tempo, como a mais evoluída das espécies em condições de se adaptar e compreender as esferas da existência, dando continuidade aos ciclos da vida. Logo, possuindo um dos maiores
privilégios que possa "haver, ser e existir" - a participação na/da "divina comédia humana".
A injusta “roda da vida”
Mais um inocente “viaja”.
A periferia rebelde faz mais uma vítima.
Enlouquecida, esquecida, cega, atira em desalinho.
Os soldados do crime em constante desequilíbrio, não escolhem quem será o próximo(a).
A rebeldia ofuscada clama por inclusões!
Historicamente excluídos não adquiriram condições, de reconhecer o "rei dos ladrões".
O povo em constante desespero foca o soldado. Cego da mesma forma, a diferença é somente o lado.
Os coronéis da marginalidade sorriem.
Boca escancarada, ar de satisfação,
pois foi usado mais um rojão.
Com a certeza que amanhã outro será vendido e assim mantendo sua "indústria" em circulação.
A Bahia pede socorro! Negões e mulatos (as) estão em apuros! Enquanto o povo grita, a burguesia comenta somente com sussurros. São desempregados, analfabetos, sem amparo social.
Sacrificados por um sistema estruturado na exclusão social.
Avante meu povo! Necessitamos urgentemente de mudança! O concreto, a festa e a propaganda,não sustenta a tão clamada esperança.
A agonia da violência nos assusta,
e impulsiona o desespero.Fazendo o povo com medo, agir mesmo dessa forma. Pois a ânsia pela vida nos transforma,
e a luta segue como o último enredo, talvez de mais uma vítima, ainda em vida, que “roda”.
Você encanta,
consequentemente alucina.
Com o seu "ser e existir",
de uma doce menina.
Cheia de clamor,
que exala muito amor.
Mulher que fascina.
"Seguimos desconstruindo a realidade (im)posta, crendo naqueles classificados como loucos, discordando com a (des)ordem e progresso e seguindo sempre a sociedade alternativa."
Viva!
A GEOGRAFIA NA JORNADA DO TRABALHO!
Chegou um momento de atenção,
é hora de dialogar.
Sobre o Mundo do Trabalho,
área instigante de pensar.
Debatendo suas serventias,
incluindo até as “geografias”
e o que devemos investigar.
A fala agora é diferente,
conversaremos rimando.
No intuito de instigar todos,
a interpretar um mundo de desmando.
Onde o capital prevalece,
Com tanta barbárie que enlouquece,
os contrários a esse comando.
Se tratando de um viés acadêmico,
a dialética deve permanecer.
Como o modo de pensar mais lúcido,
para a realidade não se desvanecer.
Priorizando a relação sujeito-objeto,
focando a totalidade do jeito correto,
com a centralidade do sujeito a prevalecer.
A geografia do trabalho se liga à ontologia,
esta do ser social.
E para engrossar esse feedback das categorias,
do universo conceitual.
Aprimoramos a Geografia do Trabalho,
também como área do espaço global.
Como toda a geografia,
pautamos a dinâmica da sociedade.
Contudo nossa referência,
volta-se à subjetividade.
Alinhada as interfaces do Mundo do trabalho,
inclusive nas materialidades.
É por isso que o foco é o espaço geográfico,
pelas redefinições e contradições do processo social.
O território, a paisagem e o lugar dos fenômenos,
movidos pela ação do capital.
Moldados de forma desrespeitosa,
por pessoas melindrosas,
Que (dês)constroem o mundo atual.
São saldos da reestruturação produtiva do capital,
alinhada à competitividade irracional,
sempre em busca de uma escala mundial,
Seguindo características de um planeta neoliberal,
que no resultado final,
A maioria dos seres se dão mal.
Se tratando da relação sociedade-natureza,
devemos nos aprimorar.
Pois a precarização do trabalho cresce,
de modo a assustar.
Junto à degradação ambiental inerente,
que envolve sujeito e agente.
Modificando cada lugar.
O tal do “Toyotismo Sistêmico”,
aparece vinculado a tudo isso.
Mudando métodos de padrões de gestão,
agora com mais compromisso.
Do trabalhador controlado,
dessubjetivado e fetichizado,
menos militante e mais omisso.
Calma!
Esse é apenas um momento da história,
que em outrora,
já possuiu momentos de glória.
Com resultados de vitória.
Bons tempos guardados na memória.
Hoje o trem mudou,
Se distorceu até a relação,
do patronato e o empregado.
Com “parcerias” junto ao patrão,
Enquadrado em toda uma flexibilização,
da informalidade à terceirização.
Essa é só mais uma vinculação.
Falando-se em terceirização,
vinculada à mobilidade do trabalhador.
Seja ele agricultor ou doméstico,
E também camelô.
Enquadra-se todos aqui,
Outro bocado encaixa-se ali.
Sempre nesse vai e vem de horror.
Dentro desse emaranhado todo,
está a interpretação territorial,
resultante de uma processualidade social,
ligada a ditames do capital,
apresenta–se de modo essencial.
Em uma geografia do Trabalho,
ativa do “câmbio” ao canavial.
Finalizando esses versos rimados,
deixo aqui mais um abraço.
Sempre com ar de esperança,
Para nunca perder o compasso.
Combinando como Corinthians e Odebrecht
e alegre feito palhaço.
Um Mergulho Doideira na Ilha de Cuba!
A todos peço licença,
pois uma curta história vou contar.
Sobre uma viagem a “terra estranha”,
localizada e recanteada do lado de lá.
Com posição contrária de mundo,
um modelo social fecundo,
que nos faz inspirar.
Cuba é literalmente uma ilha,
no posicionamento geológico e político.
Por isso após a revolução,
vive cheia de atrito.
Pois é oposta ao capitalismo global,
sistema do mal,
regido pelos ditames do capital,
sobretudo agora com um modelo neoliberal.
É por ai que começamos a reflexão,
mesmo em oposição,
não consegue se desvincular,
da lógica monetária.
Sendo uma estrutura hereditária,
regida por ordem bancária,
mesmo com posição contrária,
não encontra cura, como a malária.
O que nos surpreendeu,
foi a maneira de lidar com tudo isso.
Uma coisa ficou clara,
a posição de compromisso.
Com a maioria da população,
servida de saúde, segurança, educação.
Do militante ao mais omisso.
Trazendo para a nossa realidade,
é algo que nos impressiona.
Pois o foco é a vida do ser humano,
com políticas que não lhe abandona.
Mesmo com pouco dinheiro,
seja médico ou carpinteiro,
A maioria são similares nessa zona.
A crítica do opositor sempre se vincula,
ao descrédito do valor.
A resposta do cubano,
foca o calor.
Esse do ser humano,
que com muita cultura erudita,
e latência afrodisíaca,
gerem muito bem esse comando.
A diferença nesse quesito,
está no objetivo maioral.
De um lado ganância e poder,
no meu entender um mal universal.
E do outro a emancipação humana,
algo muito latente em Havana,
uma inspiração harmônica transversal.
Existem problemas,
como em qualquer lugar do globo.
Casa, carro velho,
isso é coisa para bobo.
A grande questão é o embargo econômico,
manobra para tentar virar o jogo.
Existem complicações,
saneamento, moradia, imigração.
Mas muito distante,
do grau encontrado na nossa nação.
Infelizmente sua imagem é (re)configurada,
pois simboliza queda de poder.
Faz tremer a estrutura,
exalando o medo do perder.
Com a emancipação da população,
e o sistema a enfraquecer.
Por aqui dizem que são assassinos,
dos mais cruéis.
Mas quem dissemina isso,
são os piores coronéis.
Com intuito de mascarar a realidade,
ferindo a humanidade,
até mesmo com grandes bacharéis.
Isolar a Ilha de Cuba,
é uma posição de amador,
ela é um laboratório social a ser estudado,
a nível de doutor.
O diálogo tem que ser permanente,
de modo persistente,
para mitigar esse vai e vem de horror.
Não sei se é prazer ou paixão,
só afirmo que é esplendor!
Sentir um pouco da humanidade sonhada,
com o seu autêntico sabor.
Isso a ilha de Cuba nos proporciona,
ao mesmo tempo encanta e apaixona,
a partir do Departamento Central do Amor!
Para finalizar essa anedota rimada,
aqui deixo mais um abraço.
Com destino ao povo cubano,
para não perderem o compasso.
E continuarem muito calientes,
e alegres feito palhaços.
Como última toada,
uma charada irei deixar.
A um universo maior,
onde temos que buscar.
Pela necessidade humana,
de chegarmos até lá.
O sentimento do cosmo é a maior razão de viver
Sentimento – duas sílabas
Cosmo – quatros sílabas
Maior Razão de Viver – Conceito
Aos amigos - Fernando Heck (Fera Braba) pela parceria na viagem, ao Crispim (Bateu Calou), Eguimar (Mergulho Doideira), Ricardo (Vacilou Pregou), Patrícia (Boca de Cinema), Marcelo Mendonça (Cobiça Geográfica), Júlio (Paciência Perfeição) e a Angelita (Periodista Caliente). Grandes amigos nessa inesquecível viagem de 12 dias na ilha de Cuba (literalmente uma ilha).