Tássio
A pior saudade é aquela que sentimos mesmo tendo que conviver quase que diariamente com a pessoa amada, para quem já não importamos mais.
Destino travesso
Me tira o sono
Revira do avesso
Sinto abandono
Hoje não me alegra o mar
Lembro de ti
Me pego a chorar
Quero fugir
Já vi que não dá
Evasão, fuga
Tentativa frustrada
Ilusão, luta
Não deu em nada
Saudade, amor
Tanta saudade
Que me vira do avesso
E revira o meu avesso
Não sei se mereço
Desse jeito sofrer
Só sei que padeço
Não consegui te esquecer
Eu não sou poeta
Sou apenas um apaixonado
Que a vida ensinou a escrever
Para não viver engasgado
Rimando transformo a dor em canção
E da desilusão faço versos bonitos
Mitos de um amante abandonado
Condenado a viver longe de quem ama
Não sou um fingidor
Em versos descrevo o que sinto
E não minto ao falar da dor
Ou do amor ainda vivente
Não tente dar sentido para tudo o que escrevo
Sou contraditório, ambíguo e evasivo
Mas vivo aquilo o que rimo
E rimo sobre aquilo que vivo
Sou estranho para os tolos
Todos tentam entender
Mas não sabem que essa dor no fundo
Esconde uma pontinha de prazer
Eu queria não lembrar-te
Queria esquecer que um dia fui teu
E que tu foste minha
Queria apagar da memória os momentos que passamos
Nossas viagens, planos e sonhos
Queria acordar desse pesadelo
No qual te vejo dizendo adeus
Ao invés do sempre dito “até já”
Serás agora de outro
Um felizardo que colherá o que semeei eu
Teu corpo pertencerá a ouras mãos
Teu vestido será enlaçado por outra camisa
E teus olhos admirados por outros olhos que não os meus
Mas o que me resta fazer?
Se o ato sem continuidade foi praticado por ti
De maneira convicta, sem dor e sem pena
Eu sei, já se passou bastante tempo
Mas as chagas ainda permanecem abertas
E sangram, sempre que tocadas
Minha boca ainda deseja a tua
E meu corpo pede o teu
Resta chorar
Se a paz acabou
Findou aquele sonho lindo
Hoje a realidade é dura e cruel
Porque me deixaste
Porque te foste...
Não me conformei com tua sentença. Interpus todos os recursos cabíveis; apelei, contra-argumentei, embarguei teus dizeres, com vistas a te fazer rever essa decisão terminativa, mas não adiantou. Sequer analisaste o mérito. Na verdade, me garantiste simplesmente o contraditório formal, haja vista que tua decisão já estava tomada.
Transitou em julgado. Não há mais nada que eu possa fazer, a não ser executar o que ficou acordado, ou melhor, o que decidiste de forma arbitrária, desobedecendo os princípios aos quais estávamos submetidos.
Rompeste o pacto bilateral, sem observar as garantias reais que este apresentava no bojo de suas cláusulas implícitas.
Foi sem justa causa. Não me indenizaste, sequer me deste aviso prévio. Fui pego de surpresa pela tua atitude que deixou de observar o devido processo no qual figurávamos como partes, e tu, fizeste ainda o papel de órgão julgador, em uma única instância.
Ignoraste nossa ficha de antecedentes, e de forma eventualmente dolosa, assumiste os riscos do ato sem continuidade que praticaste, com a agravante que o fizeste como mera executora de um delito, cujo co-autor é intelectual e não adentrou nos atos executórios, mas foi o grande mandante deste ilícito contra o meu coração.
O pior de tudo é que, apesar de ter sido a vítima, eu ainda tive que arcar com todos os ônus e cumpro pena privativa de liberdade.
Liberdade dos meus pensamentos, sentimentos e sonhos.
Todos foram declarados ausentes e tiveram comoriência no exato momento em que você extinguiu o feito.
Quando cumprir a pena até o final, certamente entrarei com uma nova ação, e espero que a outra parte não me lembre o amor que ainda sinto por você.
Há algum tempo, o tempo não passa.
Meus dias têm sido cheios do nada
E nada do que eu faço me livra dessa saudade
Minha fiel companheira
Que me remete até você a todo tempo
O tormento que a tua falta traz me assola
Tento não dar bola para as lágrimas
Lástimas de alguém que muito te ama
Que vive hoje o drama de estar longe do teu cheiro
A distância só faz instigar
O anseio de ter teu corpo junto ao meu
Te abraçar e beijar teu sorriso
Vivo, mas tudo parece cinza e sem cor
E a dor só vai embora
Na hora em que passamos juntos
Ah, mas como essa hora tem demorado a chegar
Faz cessar a saudade, princesa
Corre pros meus braços
E me passa a certeza
De que para sempre vou poder te amar
Água rasa, passada, em tom de uma melodia pulsante, profunda.
Há cheiro do perfume que o vento levou, numa terra do nada.
Os olhos já não tem chão, e vislumbram as nuances de uma paixão desonesta, perversa.
Qual o sentido? Alva avorada avassaladora, que o tempo há de consumir sem deixar vestígios?
Quantas linhas ainda restarão nestas páginas vazias e insanas?
Paixão de dessabor e desonra.
Amo trabalhar,
trabalho porque gosto.
Não tenho peno do meu corpo,
não tenho peno da minha mente.
Mas tenha pena do meu bolso..
E tenho pena da minha alma!
Se eu te vejo, mudo minha concepção de tempo e espaço.
Se não a vejo, o silêncio no olhar ensurdece-me a alma
e cala meus ouvidos,
me fazendo destilar a verdadeira mentira entranhada no amor
e disfarçada de prazer no calor estar em contato
com o teu corpo.
Preciso apenas de um olhar avulso, e de um sorriso perfeito
por trás da indiferença que não aprendi de certo administrar.
Querer não é ter.
Antes de todas as questões possíveis, embaralhadas como cartas na mesa, reconheçamos então as nossas limitações, por mínimo que seja o contato entre nós.
Mas sou insistente, fui doravante inconsistente.
Sonhos. Quer tê-los? Eu sempre.
Coloque-se no topo da sua cadeia alimentar,
opte por hábitos saudáveis ao corpo e ao cérebro, leia "As Paixões da Alma, de Descartes!
A limitação ao trabalho pode ser uma regra, e o mundo por regra não é estático.
Portanto, seguir essa roda viva é mais que imperativo, é essencial à vida.
Trabalhe com vontade, tenha planos e metas, mas saiba controlar os seus pensamentos antes que eles o dominem.
Viva o sonho da casa própria, a felicidade por todos os ângulos, até do outro lado do espelho se for possível.
Invista no amor da sua vida, embora isso possa parecer mais uma loucura disfarçada de utopia, da mais louca que se possa imaginar: mudar as pessoas pode ser uma missão onerosa, senão impossível. Você pode apenas gerenciar a sua própria vida.
Ação gera reação, vontade gera ação.
A concepção de espaço e tempo pode ser simbólica, vai além do bem e do mal.
Por fim, não se recolha à ingratidão: seja atencioso, ético, respeitoso e generoso, mesmo sabendo que você possa não ser compensado no mesmo sentido e com a mesma intensidade.
A vida serve pra isso: pra viver! Com prazeres e dissabores. Mas do seu modo, à sua maneira.
Determinação é uma questão de escolha,
e jamais vou me recolher por conta do medo.
Se por um erro ou por um acerto, prefiro ser firme e experimentar e prazer de viver um amor verdadeiro.
Imagine que o nosso contato fosse feito de várias ligações: todas elas foram quebradas, menos o respeito e o amor que ainda sinto por ela!
Admiração define ainda todo o meu sentimento.
Esquivo e evasivo, busco paz pra alma todos os meus dias, baseado na sabedoria buscada ao longo desse tempo e no reconhecimento do amor como valor fundamental.
Já recebi elogios por ser um bom profissional, já recebi premiação até. E não consideraria "para tanto".
E disseram que ser bom compensa meu semblante meio que zangado.
Por fora, à vista dos mais próximos no trabalho e na vida como um todo, sou sistemático demais, mas companheiro e pouco humorado [humor nosense]. Sou protetor, talvez polêmico, "do contra", já ouvi que sou culto, doutrinador, e alguém de comportamento simples. Não sei se sou humilde, mas tento me comportar como tal.
Eu, já me defino justo, circunspecto, conservador pouco ortodoxo, amigo pra tudo - daqueles fiéis de verdade.
No mais, sou moralista ao extremo!
Ralei muito pelo que conquistei, e graças a Deus foi pelo trabalho.
Deslizei e muito, em intensidade e frequência, nos romances que já vivi. Não fui sucedido - e talvez não teria razão pra ser.
Quase aos 31 anos de idade, sou grato a tudo. Dizem que 1989 foi o ano de nascimento das lendas!
Justamente por ser maduro a tal ponto nesta linha de tempo e espaço, eu me garanto demais, sei que sou bom demais, a ponto de sofrer por uma amor não correspondido!
Não sei se fui capaz de surpreender ao não assumir uma postura ridícula, de repente, na tendência dos pratos de um bebê chorão. Por outro lado, adotei o papel de sujeito homem, uma compostura racional, a mente sábia e um teor amistoso - meu caráter predominantemente brando. Por ser você. Tão somente por ser você e pelo que representa na minha história.
O amor vai prevalecer, está estampado em mim. E vai perdurar até o fim dos meus dias. Tenho todas as evidências e convicções, e vejo tudo isso com muita naturalidade.
Sem embargo, a caminhada é longa e a minha vida é mãe, é madeira de lei: ela estará sempre na linha de frente e na escala hierárquica das minhas prioridades, nesta luta eterna em aceitar o meu verdadeiro desígnio.
O amor? Foi minha maior ingratidão, a mais louca ilusão que se possa imaginar.
Correu através do espelho, causou danos, marcou passos.
Retornou e caiu no ralo, recuou cabreiro.
Fez trajetória desorientada,
Seguiu em movimento contínuo, circular acelerado, brusco, rasteiro, dentre espirais meio confusas.
Pra não mais voltar. Pra não dizer nunca mais outra vez.
O tempo é só uma dimensão da realidade física, é lógico. minha experiência, experiência de quem sabe pouco a respeito, mas que já sentiu seus efeitos até a última terminação nervosa, a mais distal
enfim, é relativa na maneira com que nós o experimentamos (ou não).
Menos massa corporal, alguns neurônios foram junto. Cheio de ar nos pulmões. E o coração é o mesmo.
Não repare q evadi,
estou poupando você dessa minha loucura.
PRECISEI ME AFASTAR DESCABIDO
do meu amor incontido e talvez não visto bom bons olhos.
Mas dentro das razões que lhe cabem.
Sabedoria do livro de Provérbios: são bem melhores as feridas feitas por um amigo sincero do que os beijos de um inimigo.