Tania Bispo
Ela, Cigana.
Sou mulher do tempo, guiada pelo vento;
sou mulher do Sol e amante da Lua;
sou mulher da rua.
Sou mulher da luz e da escuridão,
minha casa é a imensidão.
Sou feiticeira antigamente perseguida,
mas ainda, por muitos, temida.
Sou andarilha sempre em busca,
guerreira sempre na luta.
Sou mulher de escolhas e de opinião,
vejo o destino na palma da mão.
Sou mulher de muitas diretrizes,
traçadas por minhas cicatrizes.
Sou mulher de corpo frágil,
mas de alma forte.
Sou a força de toda uma vida
e prova da inexistência da morte.
Se um dia eu cruzar seu caminho agradeça, moço,
poucos têm essa sorte.
O dia é hoje, a hora é agora, e só há duas opções: ou você luta e destrói seus medos, ou se entrega e seus medos destroem você.
Muitas vezes, o único inimigo, a verdadeira ameaça que nos desafia, nos priva e, se não estivermos atentos nos derrota, por mais inacreditável que possa parecer, é o nosso medo que, diga-se de passagem, é o maior e o melhor de todos os ilusionistas. Nunca antes deste havia conhecido tão exímio limitador.
Às vezes é preciso ignorar o tempo e descompassar, para não perder o compasso do que, no fim das contas, realmente importa.
Existem saudades que fazem cócegas na alma e nos fazem rir. Estas são sabedoras de que, embora os corpos estejam fisicamente distantes, estão mais perto do que nunca, uma vez que os momentos vividos foram gravados na alma e tornaram-se imperecíveis.
"...o que nos falta não é o presente, mas olhos e corações abertos para reconhecer e abrir – ou não – o presente ofertado. Porque, infelizmente, alguns presentes têm prazo de validade para serem abertos e guardados a sete chaves."
“Sinto falta da gente: de quando tudo era novidade, quando qualquer olhar era segredo, quando qualquer espirro era cuidado e qualquer toque era tatame de vários rounds. Saudade de quando fomos dois, quando tudo cabia aqui nessas paredes, onde tudo podia e hoje é só prisão do que foi. Museu.”
Dispenso a pressa que me tire a alegria, a saúde ou o prazer do dia. Ando no meu tempo, sempre que é possível, mas adoro acertar os ponteiros dos relógios caso valha a pena.
"Que as dificuldades que experimentarmos, ao longo dessa passagem, não nos roube a magia dos olhos nos olhos, do riso frouxo, do abraço apertado, das mãos dadas, da confiança, da fé e do amor."
Quer ser inteligente? Trabalhe, estude, busque conhecimento.
Quer ser bonita? Comece se enfeitando por dentro.
Quer ser querida? Seja amiga.
Quer ser bem vista? Seja luz.
Quer ser feliz?
Cuide da SUA VIDA.
Confesso que, às vezes, eu queria ser de outro jeito, mas não adianta - eu não sei ser diferente.
O bom disso é que no fim do dia - quando me olho no espelho e a imagem refletida é a minha - sinto uma paz enorme pela certeza de ter sido apenas eu.
No fundo eu tenho orgulho de ser assim, então não espere que eu seja perfeita ou seja a dose exata. Eu não fui feita em fôrma, muito menos saí de conta-gotas.
Sou de verdade, e ser de verdade esfola, mas compensa.
Quem disse que ser forte é nunca ter cansado, nunca ter caído, nunca ter sangrado, nunca ter sentido medo, nunca ter se perdido, nunca ter recomeçado?
Nessas trinta primaveras aprendi que ser forte é ter CORAGEM para avançar, ainda que o medo esteja ali ao lado.
É LUTAR por mais que, às vezes, estejamos longe do que inicialmente gostaríamos de ser ou do lugar onde gostaríamos de estar.
É RESISTIR ainda que uma batalha tenha sido perdida.
É LEVANTAR independente de quantas vezes tenhamos caído.
É ter SABEDORIA para mudar - quantas vezes forem necessárias - até encontramos o nosso caminho.
É ter VONTADE de VIVER, mesmo que já tenhamos morrido um pouco ou muito, aqui e ali, deixando alguns pedaços nossos pelo caminho.
Porque, "FORTE é aquele que mesmo diante das dificuldades - ou depois delas - não se deixa morrer em vida; é aquele que questiona, mas não perde a fé e nem desiste do que lhe cabe."
A gente pisa em falso, e desequilibra.
A gente cai, e a vida depressa bate.
A gente apanha, e o corpo reclama.
A gente cura, e se levanta.
A gente vai, e recomeça.
Há quem fique de miolo mole, e há gente que amolece o coração.
Há quem persista no erro, e há gente que toma como lição.
Há quem diga que é fácil, e há gente que diz que não.
Não, eu não tenho uma vida cor-de-rosa, extremamente organizada e perfeitinha. Tenho meus dias de cinza e com tudo fora lugar, mas a força de dentro é maior; muito maior do que qualquer coisa ruim que aqui queira criar raiz.
Sou letra cursiva e desenhada traço-a-traço a cada página do livro didático da vida mas, à parte da disciplina tão necessária, eu vivo com a licença poética de quem se comprometeu com a felicidade.
Gosto de me esconder nas entrelinhas, de escapar nas vírgulas, de me alongar nas reticências e, não raras vezes, me perder nos pontos que julgar necessário.
Eu me faço, refaço, pinto e bordo com um jeito todo meu de ser. Afinal, diz Goethe, "Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Você tem a capacidade absurda de, mesmo estando longe, fazer brotar sorrisos no meu rosto. É por isso que gosto tanto desse seu jeito tão sem jeito, mas que me encanta a cada dia um pouco mais.
Não, eu não sou dessa geração robótica, embora tenha sensores de reconhecimento facial, mecanismos que reconhecem vozes e imagem sensível ao toque.
Sou da geração que gosta de olhar nos olhos, que gosta de roçar pele com pele, que gosta de sentir o cheiro do cabelo e que se perde nas curvas de um beijo. Sou da geração que não se contenta com o calor de um processador para se esquentar e tampouco com o sentimento externado por um clique ao curtir, um clique ao compartilhar, um clique ao falar; desculpem-me, mas eu não me acostumo com toda essa frieza que trouxe a modernidade.
Porque a corrente aqui dentro é de sangue, e não a elétrica de uma bateria.
Toda a minha vida foi motivada por esse sentimento. Antes que eu pudesse caminhar eu já sabia o que é ser amor, e já sabia o que é amar. É bonito, moço. É tão bonito que eu queria te mostrar.