tais veloso
Entre equações rabiscadas
Provas marcadas
E o som do ônibus que eu vou subir
Há minha aparência e a tua existência
Travada na imagem do espelho em mim.
Dadas às horas passadas
Canetas, cadernos e livros
E tudo somente me faz pensar:
- Como é que está ai?
Os relógios me atrasam
Agonia destaca
Tira o celular de perto
De mim.
E mesmo que tua boca
Não diga meu nome
Como ainda posso te ouvir?
Após o banho
Dentro da blusa
Será que já consegue dormir?
Talvez com outra fale
Vídeos distraem
E coma para fugir,
Só que a pergunta não sai:
- Será que já dormir sem mim?
- O que você sentiu ao me ver pela primeira vez?
Eu era as estrelas,
Todas as estrelas que brilhavam nos teus olhos.
Me sentia um show de luzes, a exploração cósmica da tua alma,
A tua respiração ofegante, era o vendaval que corria no teu corpo
E eu voava sem destino dentro de ti.
Tu era,
Minha sensação nova,
A primeira primavera,
O meu renascimento no mundo.
Teu sorriso era o que os pássaros indicavam...
Como se precisasse de indicação a algo que meus olhos já tinham se viciado.
A poesia do meu coração
Entre os anexos ao longo da vida
Sentir desventuras, alma aparente,
O fraco impulso de vida,
Acreditei no pseudo amor com a realidade plena.
Até que um dia, distraída
Um impacto ao peito
Ansiedade, os desejos, sonhos,
Ternura e a mão que ao tocar meu rosto
Me ensinou o sentido do “para toda vida”.
O poeta melancólico achou suas doces rimas,
Todas aos embaralhados de K à A,
Talvez não te faça sentido
Se buscarem o alfabeto
Mas se forem nas formações das palavras...
Até mesmo a semântica perde o sentido real,
Os adjetivos começam a ser substantivos
E ao querer falar “Amor”
Da boca só saí teu nome.
Seja lá que houver, linda flor
Das turbulências ao lago manso
Das injúrias cometidas pelo humano que fardado estou,
Mesmo quando até teus pensamentos já tiverem viajando de mim,
Todas vez que for teu nome
Estarei falando de meu mais puro amor.
Aos namorados
A vida é curta!
Essa frase parece perseguir os aventureiros,
Ou são os aventureiros que a perseguem.
No entanto, hoje não vou falar dos caçadores de joias, ou de terras perdidas.
Mas dos amantes do amor.
- Amor! Sentimento personificado, abrasivo e aconchegante.
Amar, ao contrario que muitos pensam, não é felicidade absoluta, a perfeição do estado de demência ou mesmo o mal do século.
Amar é o ato de doar-se sem perceber, a poesia não escrita, mas interpretada no olhar.
Amar é o perdão, o braço não pedido, é a lágrima escorrida e depois enxugada.
Amar é um caminho extenso, com atritos e geralmente cheio de complexos.
Você não nasce amando, você aprende a amar.
E por mais clichê que isso pareça, não deixa de ser verdade.
E como eu posso afirmar isso?
Porque encontrei o amor personificado, abrasivo e aconchegante.
Mas o que tem a ver o titulo ou mesmo “os amantes do amor”?
Ora meus caros, a vida é curta para ter medo de amar, ou deixar ser amado. O amor será aventura mais louca que terá.
E com certeza será seu céu na terra, assim, como a minha pequena,
Que me faz amar e ser amada.