Tahereh Mafi
- Livros (...) são fáceis de destruir. Mas as palavras viverão enquanto as pessoas puderem se lembrar delas. Tatuagens, por exemplo, são muito difíceis de esquecer.
Não precisamos fazer nada, nada para morrer.
Podemos nos esconder em um armário embaixo da escada pela vida toda e ela ainda assim vai nos encontrar. A morte aparecerá usando uma capa invisível e sacudirá uma varinha mágica e nos varrerá para longe quando menos esperamos. (...) Não pedirá nada em troca. Fará uma reverência em nosso funeral e aceitará os louvores por um trabalho bem feito e, depois, desaparecerá.
Na ausência de relacionamentos humanos, criei laços com as personagens de papel. Vivi amor e perda por meio das histórias enredadas na história; experimentei a adolescência por associação. Meu mundo é uma teia entrelaçada de palavras amarrando membro a membro, osso a tendão, pensamentos e imagens todos juntos. Sou um ser composto de letras, uma personagem criada por frases, um produto da imaginação fabricado por meio da ficção.
Tudo que eu queria era chegar e tocar outro ser humano, não apenas com as mãos, mas com meu coração.
Meu rosto está em suas mãos e meus lábios estão em seus lábios e ele está me beijando e eu sou oxigênio e ele está morrendo para respirar.
A lua é companheira leal, sempre ali, observando, sabendo sobre nós em nossos claros e escuros momentos.
Mudando sempre, assim como nós como fazemos. Todos os dias ela é uma versão diferente de si mesma.
Às vezes fraca e pálida, às vezes forte e cheia de luz.
A lua entende o que significa ser humano: incerto, sozinho, crateras e imperfeições.
É o tipo de beijo que inspira estrelas a subirem ao céu e iluminarem o mundo. O tipo que demora para sempre e não demora tempo algum. As mãos dele estão segurando minhas bochechas e ele se afasta apenas para me olhar nos olhos e seu peito está arfando quando ele diz “eu acho”, ele diz, “que meu coração vai explodir” e eu desejo, mais do que nunca, saber como guardar momentos assim e revisitá-los para sempre.
A esperança está me abraçando, me segurando em seus braços, enxugando minhas lágrimas e me dizendo que hoje e amanhã e daqui a dois dias eu ficarei bem e eu estou tão delirante que eu realmente ouso acreditar nisso.