T. M. GRACE

Encontrados 14 pensamentos de T. M. GRACE

⁠IMORTAL
A rua vai-se enchendo de vida,
De cores
De amores correspondidos,
De desamores
Enquanto os primeiros raios despertam,
Vestidos de sol que se espreguiça por detrás da serra.
Como é linda a primavera da vida,
Que se maquilha de cores,
Para dar aquele rubor na face,
Nos cabelos um milhão de flores,
E com saudades, gentes a esperam,
Para saborearem o seu colorido de fio a pavio,
Enquanto a semente desponta silenciosa do seu longo hibernar,
Enquanto o rouxinol lava o rosto no riacho que nunca dorme,
Enquanto a cotovia mata a fome,
Enquanto a borboleta rasga o casulo,
Num derradeiro esforço para se libertar
E num grito, bate as asas de cor púrpura iridescente,
Para voar num piscar de olhos ao luar,
Para contar as estrelas aos milhões,
Decorando as constelações
Que se perdem na imensidão,
Do pulsar de um universo,
Que vemos do avesso,
Sem saber onde é o limite,
Nem que a minha alma grite
Que não quer envelhecer,
Muito menos morrer,
Mas se for para morrer,
Mais vale envelhecer, numa vida bem vivida,
Sugar cada gota e ficar nutrida,
Não me importa não ser a escolhida,
Porque para o bem ou para o mal,
Sei que sou imortal. ::::////

Inserida por t_m_grace_autora

⁠A ALMA

Nos meus ouvidos sempre os mais belos sons, desimpedidos e atentos para ouvir o bom.

Olhos abertos para ver a verdade, a beleza da simplicidade do espírito e o olhar de ternura que brota de outro olhar.

Coração aberto, sempre, para poder guardar o que me for mais precioso, e sem o fechar, deixo ao que me é precioso a liberdade de ir, mesmo que jamais possa voltar.

A alma?
Ah...
Essa, deixo-a leve mas carrego-a de sorrisos, paz e consciência límpida, para que possa fluir como o rio que desagua no mar.
Deixo-a seguir o seu caminho, e um dia, quem sabe...
Ela me espere em algum lugar.../

T. M. GRACE
In "Instantâneos da Alma"

Inserida por t_m_grace_autora

⁠QUE MUNDO É ESTE
Nas mãos de todos nós, o poder,
O poder da derrota,
O poder de vencer,
O poder de apertar o gatilho
Ou colocar um cravo no cano,
De declarar-se sábio ou insano.
O de tirar as farpas, limpar as feridas e passar o unguento,
De limpar as lágrimas e aliviar o lamento.
Ou de detonar a bomba
Ceifando os fiéis,
Soterrados nas trincheiras pelos infiéis.
Deixando ao Deus dará,
Num campo minado uma doce criança,
Que olhando para o céu clama por uma aliança,
Mas faltam as cores, que se perdem no meio de tantas dores.
Caem pérolas dos seus olhos empoeirados, pelas lágrimas sagradas das feridas da terra,
Sim, a mesma que sangra sorvendo o sangue de mais uma guerra...
Porque existe no mundo tanta iniquidade?
Uns querem fazer cativos,
Outros a liberdade,
Outros ainda, reivindicam a posse de tudo, inclusive de um Deus...
Mas que mundo é este?
Valei-nos os céus...//

In Instantâneos da Alma
by T. M. GRACE

Inserida por t_m_grace_autora

⁠Magníficas são as coisas
inspiradas num momento de loucura,
escritas no silêncio da razão e
revistas com o sentir do coração.

Inserida por t_m_grace_autora

Essa, que em mim floresce,
Que nutriu as raizes
E espreguiçou os braços
Que atingiram o céu,
Para depois
Se curvarem numa prece,
Contrapondo-se veemente
A tudo o que à alma entristece

Inserida por t_m_grace_autora

UM ESCRITOR
Um escritor é um sujeito oculto, estranho talvez.
O mistério surge a cada linha encerrada com falsas reticências....
Incongruências...
Protagonista de um amor exacerbado ou com requintes de malvadez.
Da sua história são traçadas histórias inacabadas de um caricato personagem que muitas vezes já morreu.
Sua vida é uma câmara de espelhos que refletem as inúmeras personalidades que se manifestam na sua ficção, não livre de drama ou paixão, tudo gravado profundamente, na sua alma e coração, num desfile de jogos de estratégia em que se entrelaçam várias vidas, numa infinidade de memórias...
Tantas derrotas, outras tantas vitórias...
Numa vida composta pelos recortes das páginas dos livros que escreve e na sua alma jazem as folhas amarrotadas das vidas falhadas ou bem vividas, vidas essas que não viveu e as letras dançam e se entrelaçam, aconchegando um coração que há muito não é seu.
Será que nas histórias que ele conta, haverá algo de seu?
Talvez leve a verdade para o sepulcro...
Afinal toda a gente sabe, que um escritor é um sujeito oculto...

T.M. Grace

Inserida por t_m_grace_autora

⁠Assim como o vento apaga as pegadasna areia, assim as lágrimas de um rosto se diluem no mar, contrapondo-se a pequenez de um oceano à grandeza de um dilúvio de emoções.

Inserida por t_m_grace_autora

⁠⁠DONZELAS SINGELAS

Outrora as mulheres tinham de ser donzelas... Singelas.
Sem vontades, sonhos, desejos ou maldade, tinham de ter carácter dócil, voz aveludada, e postura perfeitamente imaculada.
Tinham de almejar a Santidade, mesmo se presas em teias de maldade, mesmo subjugadas, ou se perdessem o norte, mesmo se encarassem de frente a própria morte... Tinham de ser donzelas, perfeitas, belas... Singelas.
Perfeitamente alinhadas com aquilo que delas se exigisse, muitos atributos e poucos ou nenhuns predicados, sem segredos mal amanhados.
Não podiam seguir o seu coração...
Não, isso não...
Mancharia para sempre a sua reputação.
As feias não tinham tanta ventura, muitas vezes deixadas à própria sorte, mas aquilo que elas pensavam ser infortúnio, era sinónimo de bom augúrio, da melhor das sortes.
Não tinham de se rastejar em uniões onde imperava tudo, menos o respeito, o cuidado, o amor e, até quando havia amor, a mudez era a espada pronta a cortar as suas gargantas, se elas tivessem garganta, sim porque o veludo, aquele que abafava as suas vozes para se tornarem aveludadas, era suave, voraz, mudo, era a cadeia entrelaçada, aquela que rasgava a pele alva, da pura e doce menina, aquela que puxava os grilhões para a almejada liberdade e por fim bater asas, mas suas asas atrofiadas, não se abriam.
As donzelas, singelas, tinham de rir em silêncio, porque as suas gargalhadas incomodavam os homens de bom porte, os donos das fazendas, os reis da corte.
As donzelas singelas não percebiam os trocadilhos, daqueles que riam às suas custas, maldizendo-as, de bruxas ou de murchas.
Mas as donzelas, singelas, aprenderam a ler e a prisão começou a encolher.
Primeiro, apenas nas suas mentes, deixaram de ser tão singelas, tão inocentes.
Depois de ler, veio o escrever e o mundo começou a mudar, não de repente, demasiado devagar...
Demorou para uma delas realmente se libertar, voar, depois dela outras se seguiram, e abriram caminhos para todas nós, os céus podermos alcançar.

Inserida por t_m_grace_autora

⁠As curvas da vida, não são o fim do caminho e sim uma forma de colocarmos em prática a nossa perícia e desenvolvermos bem
a nossa estratégia.

Inserida por t_m_grace_autora

⁠Todos os grandes impérios, sempre caíram em algum momento da história...
Moral da história?
Tudo tem o seu tempo e tudo a seu devido tempo.
Porque alguém é o dono do tempo e esse alguém não sou eu, nem tu, nem a terra, nem mesmo o próprio tempo...

Inserida por t_m_grace_autora

⁠"O amor é a melodia de cada batida de coração, escrita nas entrelinhas das estrelas e recitada no silêncio dos olhares...
É o eco eterno de dois universos que se encontram e se reconhecem,
fundindo-se em uma só essência."

Inserida por t_m_grace_autora

⁠Apesar de grandes conquistas e de grandes batalhas terem sido lideradas por homens, há na terra pegadas de mulheres, que nenhum homem conseguiu ou conseguirá apagar.

⁠AS MÃOS

"Entre os escombros onde o tempo se perde e a sombra da morte espreita sem pudor, à espera do momento certo para fazer a sua entrada triunfal, desponta em mim o que nunca fenece.
O sonho que na vida é a mais vibrante flor.
Em cada ruína um novo horizonte se desvenda, onde a ilusão é sepultada, mas a esperança ergue-se altiva.
Pois a alma que sonha, jamais se rende à desolação, pois sua luz é infinita.
Assim, mesmo na penumbra da noite mais densa, nos vales mais tenebrosos da existência, as mãos que se erguem, jamais ficarão vazias, pois carregam o fogo duma fé imensa...
E, cada derrota fortalece o ser que as ergue.
E assim, entre as ruínas das ilusões e as muralhas da dura realidade, persiste a chama eterna dos sonhos que me guia,
Pois enquanto houver fé, vida e vontade,
Jamais as minhas mãos ficarão vazias."

Inserida por t_m_grace_autora

⁠⁠O LEOPARDO QUANDO MORRE DEIXA A SUA PELE, O HOMEM QUANDO MORRE, DEIXA A SUA REPUTAÇÃO

"...No final, quando dermos o nosso último passo, ou o nosso último sopro sair por entre os nossos lábios, possamos olhar para trás e ver que o fio que deixamos não carrega o peso do chumbo, mas o brilho discreto da integridade, uma chama que dançará leve ao vento, mesmo após a nossa partida. Pois, no fundo, a morte nada apaga ela apenas revela tudo aquilo que em vida quisemos esconder."

"In Instantâneos da Alma"
T. M. GRACE

Inserida por t_m_grace_autora