Sylvio Luiz Panza
"Palavras são pedras. Quando raras e lapidadas, preciosas.
Quando muitas, iguais e dispersas, pedregulho."
(Sylvio Panza - Escritor brasileiro)
"O culpado é aquele da verdade o refém!
A mentira não vai longe, pernas curtas ela tem!"
Diálogo da fábula "O leão e a mentira", de Sylvio Panza quando o leão perguntou à coruja quem estava mentindo.
Ela dedilhava seus cabelos como quem toca uma harpa.
Ele, à distância, a admirava como se pudesse ouvi-la.
Era música para seus olhos."
Leia a palavra BORBOLETA. Agora feche os olhos e a imagine voando de um galho para outro. A palavra escrita é a mesma para todos, mas a borboleta que você imaginou é única, assim como a forma e a direção que ela voou. Esta é a beleza e a importância da leitura: a imaginação.
O Cinema Silencioso
de Sylvio Panza
Na época do cinema mudo e preto e branco os diretores e atores, assim como todos os envolvidos na produção de um filme, tinham que superar estas deficiências técnicas para conseguir transmitir emoções ao público.
Sem tecnologia para captar as vozes dos atores e os sons do ambiente, muito menos sincronizar uma dublagem, as filmagens recorriam ao uso de legendas que se tornaram marca registrada daquela época. Algumas salas colocavam um pianista para, conforme a sua habilidade, sincronizar melodias e sons ao andamento da história.
As maquiagens e figurinos também tinham que considerar os tons de cinza, o preto e o branco no resultado final das filmagens. Já os atores precisavam atuar como mímicos, o que tornava ainda mais complexa a arte de contracenar. As sequências dos roteiros, por sua vez, tinham a missão de cadenciar o ritmo da história para não deixá-la monótona e manter o interesse da plateia.
É verdade que exisitiam, como era de se esperar com tantas dificuldades, filmes de péssima qualidade também naquela época. Mas grandes obras primas foram produzidas e são referências até os dias de hoje.
Os grandes atores e filmes desta época do cinema em preto e branco podem nos inspirar, em qualquer área de atuação, na tentativa de aproveitarmos toda a tecnologia que dispomos com os mesmos cuidados, técnicas, arte e garra daqueles que não dispunham de tantos recursos e criavam obras maravilhosas.