Suelen Queiroz

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Não se pode lutar contra o silêncio,
Que tão efêmero e cortante pode ser na inércia de te ferir arduamente.
Me deram dois lados da moeda,
Onde não se tem escolhas!
Viver ou morrer?
Essa hipocrisia me cansa...
Valores impostos sem direito de esperança!
Culpa é o que pregam..
Me diga você se isso e livre arbítrio?
Acredito que a vida está muito além do bem e do mal.
E você para se adaptar deve simplesmente calar.

Inserida por eusouasuelen

Transcendência
A única coisa que separa o bem do mal são os desejos efêmeros, mas que me arrancam o fôlego.
Desejos vorazes que entorpecem meu espírito e alimentam minha carne na busca pela tua, consigo sentir você sem ao menos ter te tragado.
Ouço sua alma fazendo barulho porque o mundo parou.
Vislumbro a guerra entre o céu e o inferno onde sou o campo de batalha e estou sendo arrastada para o inferno por esse desejo platônico, onde me sinto como se estivesse indo para o céu.
Porque estou presa entre a razão e a emoção.

Inserida por eusouasuelen

Porque tudo que amo tem uma parte de mim, e me deixo viva por onde passo!

Inserida por eusouasuelen

Quão doido pode ser o mundo que não respeita opiniões..
Sou aquela que gosta mesmo de olhar o sol nascer, e ainda prefiro os animais a seres humanos hipócritas, amo a natureza e ler livros em cafeterias, e não espere de mim telefonemas durante o dia, ou que sente com você em frente a TV pra assistir a uma novela ou programa da tarde. Sou louca mesmo. Louca por viver e dar valor ao que realmente importa....
Faço citações de grandes filósofos, porque o meu mundo vai além das mesmices das pessoas que vivem de cultura alheias. Porque para muitos e mas conveniente acreditar no que todos falam do que ir atrás da verdade. Por isso vivo intensamente cada momento. E como já ouvi dizer, que "O conhecimento é libertador mesmo sendo angustiante."

Inserida por eusouasuelen

A alma suja da corrupção
Vampiros da sociedade causam pobreza
Nas obras do mundo, simulam justiça.
Amam somente os mandos da riqueza
Fraudulentos gestos que sempre atiça.
Leis em favor do ouro se estabelecem,
As em favor do povo só perecem.

Inserida por suelenqueiroz

A corrupção veste uma insana fantasia.
Em todos os lugares, está presente.
Administra prazeres com força e valentia.
Em nenhum lugar, deseja estar ausente.
Homens, mulheres, líderes e subordinados;
Ofertam ao rei ímpio tesouros corroídos
Nos tristes caminhos do engano trilhados.
A espada do espírito imaculado é inimiga.
A voz do oprimido, sua desgraça.
A corrupção fere a verdade, ao justo castiga.
Enfraquece nações, não há quem desfaça.
Embriaga corpos e ilude almas
mergulha em um drama sombrio.

Inserida por suelenqueiroz

Oh, corrupção, metamorfose perigosa:
deputados em covardes, astutos em tolos.
É evidente que gangrena a Presidência.
Prospera nas Comissões
e mesmo na Assembleia, com promoção.
Desperta paixões desenfreadas na nação.
Tenho dor no meu corpo e na minha alma.
Por todo o meu ser, a justiça clama.
Corrupção, vampira da minha sociedade;
seduz as mentes em um estado de enfermidade.
Ela se familiarizou com a Justiça;
e lucra, em abundância, onde semeia iniquidade.
Não há mais promotores, nenhum magistrado,
juiz, instrutor ou advogado,
para dizer o que é direito e novamente fazê-lo;
em esterilidade de dádivas, preferem falsificá-lo.

Inserida por suelenqueiroz

A corrupção veste a Justiça com ouro e prata.
Interrompe o equilíbrio, certidão de virtude aristocrata.
Elação do injusto e lasso do oprimido.
Ela brilha em sua alma e mergulha em um drama banal.
Isso distorce o campo da saúde,
os métodos pet-scan morrem antes da doença infernal,
onde a noção de qualidade é a quantidade sem virtude.
O juramento de Hipócrates vazio, e a saúde do paciente formalidade.
QUEIROZ, Suelen . As dores do mundo. 1. ed. Florianópolis: Bookess, 2017. cap. 1, p. 14-16. v. 1.

Inserida por suelenqueiroz

A vida de Curitiba
Curitiba está fria, Curitiba com fome
Curitiba não come mais pinhão na rua
Curitiba usa roupas velhas do passado
Curitiba dorme em pé no Circular Sul
Mais desgraça ainda é imposta aos pobres
E sabedoria, loucura
Da desafortunada Curitiba.
É ar puro, é fogo de Iansã
É beleza, é bondade
De seus trabalhadores famintos.

Inserida por suelenqueiroz

Não grite por ajuda, Curitiba.
Você está vivendo uma sorte sem igual
E por trás de toda nudez
Sua palidez de magreza
Tudo o que é humano, vendado em seus olhos
Curitiba, minha linda cidade.
Bem como uma espada de Ogum afiada
Engenhosa e bem trabalhada
Você não pode suportar a injustiça
Para você é a única bagunça
Você vai se libertar de Curitiba.

Inserida por suelenqueiroz

Curitiba tremendo como uma estrela
Nossa esperança sobrevivente
Você vai se libertar da fadiga e da lama
Irmãos, tenham coragem
Nós que não temos capacetes
Nem botas, nem luvas, nem criadas.
Um raio se acende em nossas veias
Nossa luz, Iansã volta para nós.
Os melhores de nós são mortos por nós
E aqui o sangue deles encontra o nosso coração
E é novamente de manhã, uma manhã de Curitiba.

Inserida por suelenqueiroz

No Paço da Liberdade,
O espaço da coragem nascente.
A força da cidade, a voz das periferias
Escravos da injustiça, nossos inimigos
Se eles entendessem
Se eles são capazes de entender
Irão se levantar.

Inserida por suelenqueiroz

Navegantes
A pobre casa de taipa adormece em Guamaré.
De barro e madeira, cheia de hóspedes.
Guardiã das tristes estrelas na alta maré.
As redes de pescadores penduradas nas paredes.
Nas tábuas de um aparador desbotado,
Onde humildes pratos repousam como amigos.
Uma grande rede, com cores de um tempo passado,
Estende-se perto do colchão sobre velhos bancos.
Há nove crianças, almas jogadas ao vento.
O fogão de lenha cheio de chamas nos trópicos,
Curva-se diante do teto escuro e sem mantimento.
Uma mulher de joelhos reza para Santa Conceição.
É a mãe. E lá fora, redemoinhos de poeira dançam.
No céu, os ventos, as rochas, as dunas, o coração.
Na sombra, as ondas sinistras do mar soluçam.

Inserida por suelenqueiroz

II
Um homem no mar. Desde criança marinheiro,
Seu corpo se lança na batalha rumo ao acaso.
Na máquina do Mundo, ele deve ir primeiro
Porque seus filhos estão com fome, sem atraso.
A água sobe os degraus da ventura humana,
Sozinho, governa seu barco com quatro velas.
A mulher está em casa, costurando a lona insana,
Remontando as redes, tudo prepara sob as estrelas. Observando a lareira onde o caldo de peixe ferve.
As crianças dormem, a fome é um injusto castigo.
O marinheiro quebra as ondas que a vida lhe serve.
Os ventos sombrios respiram sem receio do perigo.
Trabalho árduo! tudo está frio; nada brilha.

Inserida por suelenqueiroz

No alto mar, entre os olhares da esperança,
A procura da boa pesca no dilúvio da maravilha, em movimento, caprichoso, sempre de mudança.
No labirinto das águas, há um ponto de fertilidade
De peixes prateados onde o mar hospedava.
Caminho do alvorecer de tanta miséria e adversidade
Nesse sertão iluminado enquanto o Sol descansava.
O refresco na chuva e na névoa, em dezembro,
Para conhecer este ponto no deserto em movimento,
Como combinar as manobras certas sem assombro?
É necessário calcular a maré e o vento!
Cobras venenosas ao longo dos córregos,
E horrorizam o barco amedrontado.
O abismo tem caminhos com perigos cegos.
Ele pensa em Valdeci quando enfrenta o mar irado.
A mulher chorando o chama, seus pensamentos
Cruzam a noite, pássaros divinos sem aposentos.

Inserida por suelenqueiroz

III
Ela pensa, ela sonha. – Canta o cardeal do nordeste.
Seus filhos ficam descalços no verão determinado.
Não há pão de trigo. Comemos mumgunzá do agreste.
- Oh Deus! o vento rugiu como um metal forjado.
Constelações, bailarinas do sertão peregrino
Por testemunho, em nome de Jesus crucificado,
Dançarina alegre é a hora de rir, espírito divino.
Sob os olhos iluminados do lobo armado.
Na hora da meia-noite, o ladrão misterioso,
Velado com sombra, chuva, já postos em cilada.
Tomam a face do pobre marinheiro furioso.
De repente, as dunas veem a dama desejada. Horror!
O homem uiva, voz humana extinta.
O edifício da bondade que mergulha, afunda.
Ele sente a sombra e o abismo abaixo dele, levanta.

Rumo ao porto de Santos onde a luz abunda.
Essas visões tristes perturbam seu coração.
Valdeci chora com um adeus a embarcação.

Inserida por suelenqueiroz

IV
Foge para Macau, com um grito e zombando
O indesejável ciúme, entre o amor em pranto,
O oceano a assusta e memórias vai lançando.
Na mente: marinheiro, o mar chorou tanto.
Levado pela raiva das ondas; pelo ódio
E em sua peixeira, o sangue na artéria, fato eterno.
O relógio bate frio, jogando as horas no mistério,
Gotejando o tempo, clima, verão, inverno.
E cada batida no universo, de cometas trémulos,
Abrem a ferida do sagrado cadáver materno.
De um lado, os berços e, do outro, túmulos.
No caminho tão árduo das mentes sem governo.

Inserida por suelenqueiroz

V
Senhor da morte, Pescador de almas!
Segura os braços gelados de sua mãe que partiu,
Criança Navegante, filha do sertão, sem palmas.
Neste caos! coração, sangue. Deus permitiu.
Céus! Pior que a prisão das ondas é ser a presa do desatino.
A água salgada cura todos os maus pensamentos.
O engano em figura de paz, manda o assassino.
Da felicidade infantil ao mundo de sombrios elementos.
O vento soprando destrói sua trança, põe por terra doces ilusões.
E vendo tanta injustiça, alma desamparada, foge atormentada.
Tanto vitupério que o Céu se revolta nesta hora de opressões.
Para enfrentar este mar de sofrimentos, trovoada.
Todos os abismos onde nenhuma estrela brilha,
O escudo da luz divina surge na fronte marítima
Acolhe um fraco humano que se humilha.
Corre a esperança na entranha da vítima.

Inserida por suelenqueiroz

Liberdade

Nos cadernos da escola pública,
nas cores da bandeira da República,
na areia da praia.
Escrevo seu nome.

Em todas as páginas lidas da Constituição,
em todas as páginas sujas da corrupção,
na minha pele.
Escrevo seu nome.

Nas nuvens da abóbada celeste,
sobre o escudo das armas dos anjos do Leste,
na coroa dos reis.
Escrevo seu nome.

Inserida por suelenqueiroz

Na Floresta Amazônica, na Mata das Araucárias,
nas algemas escravocratas, nas almas solitárias,
no eco da minha infância.
Escrevo seu nome.

Sobre as paredes da senzala,
no pão dos dias cinzentos,
nas estações de metrô paulistanas.
Escrevo seu nome.

Em todas as minhas lágrimas,
no frio de Curitiba,
no lago da lua viva.
Escrevo seu nome

Inserida por suelenqueiroz

Nos campos no horizonte,
nas asas dos pássaros, na minha fronte,
e na ruína dos sonhos.
Escrevo seu nome.

No trabalho árduo dos camponeses,
no mar de barcos portugueses,
Em cada sopro da madrugada.
Escrevo seu nome.
No espelho português, no coração do indígena,
na dor insuportável da gangrena,
sobre a fruta cortada pela metade

Inserida por suelenqueiroz

A vida de Friedmann

Mais uma vez, a velha mentira levanta
A cabeça depois do seu amanhecer!
Espere seu povo, sua Vitória.
Filho da nação germânica!
No interior do Paraná, a espada da Justiça
Segure firme, você foi escolhido.
O que comprou com suor e sangue:
Nascido da liberdade do povo
No batismo da sua pátria!

Inserida por suelenqueiroz

Você é sério,
Cercado por inimigos em negrito;
Agora, como já foi dito
O sentido sólido, o melhor espírito!
Nem um passo de retrocesso,
É um passo atrás para o servo;
Nenhuma folha do seu carvalho no chão!
Nenhuma palavra do seu direito pleno ao vento!

Inserida por suelenqueiroz

Tantos climas experimentados para um mundo sem flagelo.
Quem te inspirou a deixar o porto seguro
Para preferir o mar dos campos de batalha impuro.
Deus quem o quis, é o deus dos exércitos,
Quem olha com piedade, as lágrimas dos soldados,
Ele entregou nossos vastos inimigos aflitos,
Sob o peso de um jugo rigoroso para os vilipendiados;
O sol nascente vê primeiro
As façanhas no seu escudo derradeiro.
O anjo exterminador abençoa a terra do Cruzeiro do Sul;
Ele colocou em seu sotaque um som ameno
A esperança nos seus olhos sinceros, a força em seu braço tardo
E disse à ovelha com passo pequeno: Rasgará o leopardo.
Um novo ramo florescente da árvore de Cristo Mais amada que nenhuma nascida no Ocidente benquisto.

Inserida por suelenqueiroz

A vida de Camila
Quem inspira a jovem guarda da Pátria?
O anjo de asas, a muralha do Brasil.
Contempla o vulto sagrado da bandeira latria.
E o grito de guerra, nação gentil?
Disciplina, amor e coragem
Cortam o ar como um pássaro selvagem.
A fé dos compatriotas não foi enganada;
Em sua farda, toda a esperança da brava gente.
Mas o poder dos injustos quebra sob sua espada os capacetes de bronze reluzente?
Que se espalhe pelo Universo,
Os seus sublimes feitos cantados em verso.
O alvorecer do dia vê brilhar sua armadura,
O aço pesado cobre seu cabelo,
E na luta cumpre a missão com bravura.

Inserida por suelenqueiroz