Stéphani Paula
Controlo os meus impulso e me martirizo depois, os deixo livres e cá estou eu a me arrepender amargamente.
Não sei cuspir inverdades, algo dentro de mim sempre grita mais forte e o meu olhar é frequentemente desviado, o que não significa que a cada vez que não olhe em seus olhos esteja mentindo, pode ser apenas timidez.
Portanto não procure causas ou efeitos para os meus atos, apenas aceite que somente ALMAS SENSÍVEIS se reconhecem.
Morro com indiferença e tenho vontade de passar 2 hrs fazendo um drama e depois te socar quando você age assim.
Falar não lhe é recomendado, não é muito bom com a fala, especialmente quando o tema a ser discutido são os seus sentimentos.
Conheces essa história e ela continuamente leva a uma escolha entre duas portas de saída: ou só o que se pronuncia é um sonoro "aah, deixa pra lá, não é nada." ou depois de muitos olhares desviados, tremores e falta de ar o ouvinte em questão parece zumbir um outro idioma qualquer que por um acaso não é o mesmo que o seu.
O mundo persiste em sua órbita. A cidade silencia. Os cachorros ladram. Seres morrem, outros nascem. O suspense grita, fala mais alto do que o habitual.
Escreve, compõe, redige coisas sem parar, frases soltas, textos completos. Nenhum deles consegue solucionar o seu conflito. Talvez eles não tenham a função que imagina. Talvez eles não lhe cubram essa ferida exposta. Talvez eles nem digam nada.
O que eu queria é que você viesse me abraçar. Me dissesse o quão foi idiota. Que me quer ao seu lado. E que mesmo que eu tente não vai me deixar ir embora.
Foi você quem quis assim
Tudo fora do lugar. Eu estou fora do MEU lugar. E tudo o que a dias atrás me fazia sentido, agora não passa de ironia. Tolices. Eu poderia discar seu número , mas sei que não me atenderia. Não atenderia. Poderia brincar de louca e te dizer as coisas que estou pensando agora, mas você provavelmente faria uma careta e como se falasse com os olhos diria que aquilo é patético, se calhar iria dizer também que eu estou ficando louca e que certamente ando confundindo as coisas. Não, eu não estou achando que azul é roxo.
Minha consciência encontra-se em paz. Cada um pensa o que deseja. O teu silêncio te denuncia. E só faz aumentar a minha certeza de que no fim eu teria me arrependido, e sei que não preciso te dizer a quê me refiro.
Eu estou aqui hoje, quem sabe essa semana ainda permaneça. Mas te digo com uma dor profunda, não espere que eu te ame muito mais que 4 semanas. Nossos dias estão enfim contados.
Queria poder dizer que estas marcas inexistem. Cicatrizes costumam doer por mais invisíveis que sejam. Algumas queimam, outras doem. Mas essa que ficou não me serve pra nada, ela não dói, ela não queima, apenas existe. Existe pra me lembrar que você passou por aqui, que um dia esteve aqui. E de quê isso me serve?
Agradeceria se você me respondesse o que fui afinal. E por mais dolorido que fosse, torceria pra que dissesse que não signifiquei nada. Pode parecer sarcástico mas eu prefiro assim.
E eu sei que essa hora vai chegar, eu sinto. Talvez assim todas as minhas noites mal dormidas e aquele discurso que ensaiei me sirvam pra alguma coisa afinal. E como se não bastasse, ainda restam essas cicatrizes.
Foi inútil tentar deixar o tempo resolver.
O tempo não curou a minha dor, a estrada não me fez esquecer o que passou. Arrisquei sobre o horizonte e tentei imaginar como seria se você estivesse aqui, se eu estivesse ai. E no fim das contas mais uma vez eu me culpei.
E eu prefiro me manter aqui, meio que longe desse seu sorriso de canto de boca. Me pergunto pra onde foram todas aquelas promessas que eu fiz. Eu já não sei.
A forma como segura a minha mão, como me faz cafuné e depois permanece vidrado ao olhar em meus olhos por alguns segundos. Eu não sei o que você vê, o que você pensa.
Se tudo fosse mais fácil, se eu já não tivesse esse meu coração remendado eu estaria com você em todos os segundos em que pensasse em mim. A verdade é que eu tenho medo. Medo de assistir novamente essa novela. Medo de que pra mim você acabe se tornando mais importante do que eu. Medo de me sentir vunerável diante do desconhecido.
Se tudo houvesse acontecido antes.. antes de metade das minhas esperanças saírem por aquela janela, quando meus ideais ainda eram ingênuos e eu ainda acreditava nas pessoas.
Se você quer brigar, brigue. Discuta. Diga a ela até coisas que você nunca pensou, mas por favor não a ignore. Não existe sensação pior. Fale que ela te sufoca, que pega no seu pé. Faça ela chorar por coisas que você disse, que ela escutou, não pelo o que ela deixou de ouvir.
Não a deixe esperando por um mísero EU TE ADORO. E acredite, mesmo que a adore de verdade nunca é o suficiente.
Compreenda que ela não entende os fatos como você, e que uma não definição do que pode estar acontecendo é tão agoniante quanto não poder fazer absolutamente nada por alguém que você goste.
A ligue no meio da noite e diga qualquer bobagem e depois quando a encontrá-la na rua não a deixe passar como se não se conhecessem. E quando ela menos esperar faça algo extraordinário. O quê? Apenas segure a sua mão e já será o bastante.
A convide pra sair, olhe-a nos olhos, acaricie o seu rosto, cante uma música no ouvido dela e explique que aquela é a música de vocês, afague seu cabelo e quando realmente tiver certeza diga um EU TE AMO. Não prometa coisas das quais você não vai poder cumprir, e principalmente não mande flores se pra você é passatempo.