O amor é uma flor delicada, mas é preciso ter coragem de ir colhê-la à beira de um precipício.
Stendhal
Obras Completas de Stendhal: O Amor, 1842, p.126.
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Já vivi o suficiente para ver que a diferença provoca o ódio.
Quanto mais agradamos, em geral tanto menos profundamente agradamos.
É mesquinho passarmos a vida a dizer de que maneira os outros foram grandes.
A maior felicidade que pode acontecer a um grande homem é ele, cem anos após a sua morte, ainda ter inimigos.
A velhice, essa época em que se julga a vida e em que os prazeres do orgulho se revelam em toda a sua miséria (...).
Só existe uma lei no amor: tornar feliz a quem se ama.
Só temos coragem para com os que amamos amando-os menos.
Todas as religiões são fundadas sobre o temor de muitos e a esperteza de poucos.
A coragem consiste em escolher o mal menor, por mais que ele ainda possa ser.
Em arte só vive o que continuamente dá prazer.
É um argumento dos aristocratas, esse dos crimes que uma revolução implica. Eles esquecem-se sempre dos que se cometiam em silêncio antes da revolução.
Eu só tenho realmente valor em certos momentos de exaltação.
O homem que não amou apaixonadamente, ignora a metade mais formosa da existência.
O que é um amante? Um instrumento no qual nos esfregamos para ter prazer.
Mulher fria é aquela que ainda não se encontrou com aquele a quem poderia amar.
O que torna a dor do ciúme tão aguda é que a vaidade não pode ajudar-nos a suportá-la.
Nada paralisa mais a imaginação que o apelo à memória.
Pode-se adquirir tudo na solidão, menos o caráter.
A boa música nunca se engana, e vai direita, buscar ao fundo da alma o desgosto que nunca devora.
O escritor precisa de quase tanta coragem como o guerreiro; um não deve preocupar-se mais com os jornalistas do que o outro com o hospital.
Qualquer fim moral, quer dizer, de interesse por parte do artista, mata todas as obras de arte.
Honro com o nome de virtude o hábito de praticar ações penosas e úteis aos outros.
Um romance é como um arco de violino, a caixa que produz os sons é a alma do leitor.
As alegrias do amor são sempre proporcionais ao medo de as perdermos.