Solivier
Como eu gostaria de ter um amor,
Mas um amor forte, amor sem pudor.
Bem la de dentro com toda forca.
Nao quero uma amor comum, mas um amor
verdadeiro e diferente
aquele que arde no fundo da alma
aquele amor que voce nao quer saber nem mesmo de ti
Mas so de amar e amor
Talvez um amor louco,mas o louco amor nao faz sentido
sabes, mas este e o o amor que quero
aquele amor vivo e que me faca viver
este e o amor que quero!
Acordei assim:
Eu sou lúcido na minha loucura, permanente na minha inconstância, e na minha comodidade.
Escrevo a realidade com alguns sonhos, enxerto sonhos em cenas reais. Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer não derramo lágrima nenhuma.
Amo mais do que posso e, por medo, talvez!
Amo mais do que sou capaz. Eu tenho costume buscar o amor pelo prazer nas paisagens e raramente pela alegre frustração de um chegar ou de um sair, acho que entende o que quero dizer.
Quando me entrego, me atiro e quando recuo jamais volto. Mas não me leve a sério, sei que nada é definitivo. Nem eu ou o que penso que eu sou.
Nem nós ou que a gente pensa que tem.
Bebo porque só me aceito embreagado, fumo pra enganar a ansiedade e não aposto em jogo porque não gosto. Tomo um café pela manhã, almoço… sim mas gosto de me alimentar daquilo que penso.
Também falo muito, geralmente quando não estou embriagado. Rsrsrs … Sabe nem sempre o que você quer saber. Eu sei! E assim é realmente a vida. Hoje eu estou embaixo e amanhã, como estarei?
Espelho
Dia 1
Aqui hoje na frente de um espelho
Vendo os errors do passado, pelo menos tentado.
Principalmente aqueles que afetam diretamente o meu presente, e tentar corrigi los.
Este Presente que eu ainda não o vi como um presente, mas como um karma que me aprofunda em um lugar de dor e murmúrio
Não tem como colocar isto na vida como uma vida de momentos feliz se não de amargura
E sempre retorno para me olhar no espelho, pois ainda acho que em um momento eu verei o meu passado de erros lá no fundo. E assim terei uma solução para está infelicidade e assim faz lá ir adiante.
E assim sempre que passo por um espelho, tento ver se a uma mensagem para que possa desvendar
Mas nunca e como eu quero, mas sim como o contador desta minha história quer. E vou me levando como eterno passageiro das mensagens mal escrita. Como vou fazer para poder descrever um sentimento que nem eu mesmo sei dizer ou interpretar. Vou para o próximo parágrafo sem saber o que fiz em meu passado, e se fiz nem eu mesmo sei o que foi feito pôr mim. Será que todo ser tem uma história no passado que marca desta maneira?!
Dia 2
Depois não me entender de forma nenhuma, agora vou mergulhar nesta nuvem de ansiedade que busca quanto menos espero e me leva de novo pra uma viagem de nada. Nada sim, e o que espero de mim!!! Só tenho que ter coragem e dizer um basta e por um fim nisto que me deixa sem palavras e sem sonhos. Cada vez que tento procurar a solução e aí que fica mais complicado. Voltei a frente do espelho e não pude observar nada diferente de outro dia, está lá mudo como sempre e ainda me olhado como se estivesse me perguntando o que eu queria?
Como posso eu achar que um espelho poderia me mostrar o meu passado e me dizer se foi mal ou bom!
Só eu mesmo!!
Dia 3
Ainda com muita vontade de mudar minhas vontades, como se eu tivesse este tal poder.
Eu achava que tudo isto era mudado quando bem queríamos, mas não bem assim … só podemos viver e pensamos que somos livre para tudo. Cheguei a conclusão que este livre arbítrio tem exceções e cabe somente a alguns. Tenho passado por situações que olhando de fora é fácil de se converter tudo a sua volta com um estalar de dedo!! Haha, venha fazer esta viagem comigo e veja como luto para mudar o meu curso de vida.
Eu sei que não mudarei tudo de um dia para outro, mas tenho que lutar e acreditar que é possível e provavelmente se eu não acreditasse talvez estaria pior. Eu estou pedindo socorro agora, já não sei o que fazer para tudo isto desaparecer, como já disse, quanto mais eu quero mais ela fica aqui comigo e me castiga com este medo de ficar só e de muita tristeza. Medo de perder tudo que conquistei e de tudo que sou, e tristeza de não poder fazer nada quanto a isto.
Dia 4
Eu aqui refletindo no eu ouvi pela manhã, e tentando absorver cada para que disse e ouvi.
Nada de mais, mas é muito preocupante porque se eu foi ou sou egoista, por que só fui descobrir isto agora? Porque eu não havia notado antes? Será que pisei na cabeça de alguém para chegar onde estou?
Mas olhando o meu passado eu ainda não consigo ver onde está este egoísmo, sabe não ainda me vejo desta forma. Tenho quase certeza que pensei mais em outros que em mim mesmo. Assim eu acho.
Está palavra, ela é muito forte e eu não a tenho em minhas atitudes. Será que depois de ouvir algumas pessoas e eu só por sentir que minha dor e menor que a de outro e me confortar com a situação, quero dizer com o meu problema porque isto que se passa em minha vida e uma problema que me guia dentro de fatos e fatores que me desgoverna de tudo que é real. Como pode ser? Fico pensando em cada momento que passei em minha vida, será que sou realmente um egoista??
Ressentimento
Hoje pude perceber que está vazio
ou quase vazio
Tudo se foi… e não tenho quase nada
Sobrou sim alguns restos
Sobrou ressentimento
Sobrou saudades
São coisas que vão mudar com o tempo
Vão cair no esquecimento
Para não virar sofrimento
Como pode um grande amor, acabar de um maneira tão sofrente!
Esta é a danada da vida
Sempre pregando peças na gente.
Arte
A arte é uma flor nascida no caminho da nossa vida, e que se desenvolve para suavizá-la.
Para lhe dar a verdadeira cor, a cor da liberdade.
A arte, nos ensina a valorizar o outro que é uma obra de arte divina.
poesia
Uma dia pensei em escrever alguma coisa
Mas que está coisa tocasse um coração
Então comecei a escrever poemas, pensando em conquista um coração
Escreve tantas coisas que o coração me mandava escrever
Foi aí que ele, meu coração me mostrou você,
Porque você é a poesia que ele(coração) que queria que escrevesse e até hoje escrevo você em minhas poesias e no meu coração.
Nos mistérios de seu corpo eu descobri o prazer.
Nos mistérios de seu corpo, fica eu as vezes perdido de tanta beleza e suavidade e encanto. Gosto de correr os meus dedos em todas as curvas e sentir o seu calor. Ver que seu corpo logo responde com os arrepios de desejo. Vou mais além levando te a loucura.
Te beijo com desejos em chamas e faço que sinta também estou em chamas por você.
E juntos deliramos e amos.
Eu profundamente buscar o prazer que tanto desejamos. O seus gritos e seus suspiros de prazer que me faz ir ao além. Quando chegamos ao ponto máximo em que o prazer, o amor nos dá, gritamos juntos que não pra nunca acabar.
Nos mistérios de seu corpo eu descobri o prazer.
Nos mistérios de seu corpo, fica eu as vezes perdido com tanta beleza, suavidade e encanto. Gosto de correr os meus dedos em todas as curvas e em todas as partes mais ardente e sentir o seu calor. Vendo que seu corpo logo conresponde com os arrepios de desejos. Vou mais além levando-te a loucura.
Te beijo com muito carinho e com meus desejos em chamas que se notar e faço que sinta também que estou perdidamente apaixonado por você.
E juntos deliramos e nos amos com toda nossas forças.
Eu profundamente vou buscar o prazer que tanto desejamos. O seus gritos e suas palavras faladas baixinho junto com seus suspiros de prazer que me faz ir ao além. Quando chegamos ao ponto máximo que o prazer possa nos levar, este mesmo amor nos dá uma energia de podermos gritar juntos tudo aquilo que desejamos de nós, e neste momento sabes que eu sou seu por inteiro, cada centímetros de mim é só seu. E os mistérios eu os desvendei e assim eles serão sempre meus.
Canto assombrado
Certo dia dois amigos, saindo de um bar a caminho de casa lá pelas altas da madruga.
E começaram a falar de assombração.
Um deles pergunta ao outro?
Genivaldo, você acredita em assombração?
Ele olhou para o amigo e disse: Porque está pergunta agora Astrubal?
Estamos num caminho que nem luz tem e você vem com uma pergunta sem pé e nem cabeça sô!
Disse Genivaldo.
Sei lá porque disse Astrubal. Estár aqui andando com cê e me veio isto na cabeça como se tivesse me soprando nos ouvido uma voz.
Genivaldo foi logo falando, para com esta conversa que não acredito em nada disto! Estás coisa só existe na cabeça da gente, assombração e uma imaginação do nosso subconsciente.
E Astrubal, começou a falar: sabe eu ouvi minha mãe e meu pai contar cada história e que era uma verdade verdadeira so!
Eles me contaram que morava em uma casa muito antiga no interior de minas, e eles tinha um restaurante que fazia comida para as pessoas que trabalhavam nas estradas. E era muita coisa pra fazer depois do espidiente, que era muitos pratos e copos pra lavar. Mas como o consaço falava mais forte, eles dormiam e de manhã eles lavavam toda prataria e os copos. Mas uma certa noite, minha mãe acordou com um certo barulho lá na cozinha e uma falazada que parecia que estava em uma festa. Minha mãe que tem um sono leve, abriu os olhos e passou a mão pra ver se meu pai estava deitado ainda. E não era mesmo que meu estava estava lá juntinho dela. Ela se levantou e foi olhar que estava lá embaixo lavando as louças, abriu a porta de vagarim e não viu e nem ouviu as vozes mais!
E Ginivaldo com olhos arregalados disse: para com está bobagem, fantasmas não existe. Vai vê que sua mãe e seu pai contava estas histórias só pra deixar você com medo so!
Mas Astrubal disse,não pra que eles ia dizer isto pra mim?
E aí continua história:
Aí minha mãe chamou o pai e disse que tem gente lavando as louças pra nois!
Como meu pai não ouviu nada e disse pra mãe: volta a dormir que isto é o cansaço que subiu na sua cabeça e fez que você ouvisse coisas.
Aí ela se acomodou na cama e voltou a dormir.
Mas tarde, foi o meu pai que acordou com a barulheira lá na cozinha, e ele fez a mesma coisa e passou a mão na cama pra ver se era minha mãe que estava lá em baixo lavando as louças.
Aí ele viu que minha mãe está deitada ainda e foi na porta do quarto e abriu uma cretazinha pra ver se via alguém… e não viu não nada!! Trancou a porta e chamou minha mãe e disse que ouviu e viu um homem grande lá embaixo na cozinha. Se abraçaram e ficaram ali mesmo quietos até o amanhecer.
Genivaldo já com um pouco de medo, pergunta. Porque contar uma história sem sentido desta! Assombração e só na nossa cabeça homem, quem morrer nunca volta. E já andando nas estrada de roça e escura, Genivaldo, disse vamos falar de outra coisa que desvia nosso pensamento desta história, vamos contar piada sô!
De repente um barulho assustador perto dele e Genivaldo saiu correndo feito um louco e gritava que não foi ele que começou a mexe com o demo e que não tinha nada a ver com a história!
E Astrubal, correu atrás dele e disse: Mas você disse que assombração e nossa imaginação e que vem de nossa cabeça. porque você saiu correndo feito louco?
Respondeu Genivaldo; nem sempre a gente espera pra saber se realmente existe ou se está em nossa cabeça.
Mas o meu subconsciente pediu pra mim correr !!!!
CONTO DE UMA MULA
Depois de passar um tempo fora do Brasil, voltei para minha cidade que tanto gosto. Chegando, fui ver o que havia mudado e saber as novidades. De “tão grande” que é, em poucas horas, consegui me atualizar sobre tudo.
Terminando o passeio, perguntei ao meu irmão onde poderia conhecer as meninas bonitas da cidade pois, pelo que me lembrava, era nas feirinhas de artesanato na praça principal, mas muita coisa mudou...
- Mas quero conhecer as meninas que têm uma beleza compatível com a minha! – exclamei em um tom bem sarcástico.
A procura não demorou dois dias. Não sei o que meu irmão fez, mas conseguiu me apresentar uma linda garota. Muito linda mesmo, só vendo para acreditar. Marcamos de sair algumas vezes para conversar e nos conhecer melhor. Quantas coisas conversamos... E eu ficava cada dia mais apaixonado.
Vinte dias depois estávamos namorando.
Ela falava de mim para as suas irmãs. Falava tanto que até ganhei um fã clube na casa dela. Toda a família, até o pai era meu fã sem nem mesmo me conhecer, pode isso?
Marcamos um dia para que pudesse visitá-los e enfim conhecê-los. Chamei um amigo, Frederico, e sua namorada, que era amiga da minha futura esposa, para irem juntos. Sim... Eu já estava pensando em casamento!
O grande dia chegou, a aventura estava apenas começando, iria conhecer a família dela no alto do São Francisco – e não pense que o rio, São Francisco é o nome da fazendo do meu futuro sogro e eu estava me achando por isso.
E lá fomos nós!
Saímos na madrugada de um sábado, em uma Brasília. Chovia tanto, até certo ponto estava tudo bem, isso enquanto estávamos em uma estrada de asfalto, mas depois... Aquele depois de mineiro sabe? Tudo tinha barro, as estradas, os meus amigos e a minha futura esposa, mas eu continuava me achando.
Os morros eram tão altos que pareciam que estavam nos levando para o céu. Cheguei a pensar em desistir, mas pensei bem e tudo parecia ser uma prova de amor onde eu estava sendo testado (mudança de posição – melhor adequação de leitura) e se eu falasse que queria desistir da viagem iria parecer má vontade minha de conhecer a família dela e todo fã clube criado para mim.
Levei uma prosa com meu amigo Frederico e com meu motorista que garantiy que nada iria nos impedir de chegar lá:
- Já dirigi em condições piores que essa, meu rapaz! E já estamos quase chegando.
O “quase chegando” demorou a manhã toda. Eu já não sentia minhas pernas, elas estavam dormentes, pois no banco de trás não tinha muito espaço para esticá-las.
E finalmente chegamos! Eu estava feliz em poder esticar minhas pernas e minha futura esposa em rever seus familiares. Todos estavam esperando no alpendre (nas fazendas é assim que são chamadas as varandas, né?), foi muto legal. O pai dela nos esperava bem na porta e, assim que chegamos ao alpendre, ele despachou as mulheres para a cozinha ficando lá apenas Frederico, ele e eu. Eu estava morrendo de vontade de ir ao banheiro, mas a vergonha de pedir falou mais alto.
Se me perguntarem sobre o que conversamos, não saberei porque meu foco estava todo na minha bexiga – prestes a estourar – e que a cada minuto a minha vontade de ir ao banheiro aumentava. Lembro apenas que ficamos um bom tempo lá.
Foi minha futura esposa quem me resgatou. Certo momento ela apareceu para avisar que o café estava pronto e para acompanhar tinha broa de milho e queijo “fresquim”. Aproveitei a deixa e fui ao banheiro – QUE SENSAÇÃO MARAVILHOSA! O único problema é que a descarga era aquela de caixa que tem que esperar encher para poder usar e eu tive que ficar esperando para conseguir dar a segunda descarga. A demora foi tanta que na hora que cheguei para tomar o café, a broa já estava um pouco fria.
Conversa vai, conversa vem... Fui percebendo que já tinha conquistado meu sogro. Pensei que estava tudo bem e na paz até que ele me chama para dar uma volta pela fazenda e conhecer a cabeceira dela. Não pensei duas vezes e respondi:
- Vamos sim, vou adorar o passeio! Essa fazenda me lembra a do meu avô.
Meu erro foi imaginar que iríamos de carro. Todo o passeio foi feito a pé (nossa que sofrimento!). Nunca tinha visto e subido um morro tão íngreme. A sensação que tive foi que estava subindo deitado e acho que tudo que comi assim que chegamos foi queimado no “exercício” que eu fiz. Fizemos uma parada em um lugar lindo e a vista de lá de cima era tão bonita. Ficamos um pouquinho por lá e meu futuro sogro já começou a andar novamente.
- Achei que nosso passeio acabava aqui. – disse a ele meio assustado
Ele riu e respondeu:
- Não chegamos ainda não, menino!
Andamos mais uns 20 minutos – detalhe: era só subida – para aí sim chegarmos à tal cabeceira da fazenda. Graças a Deus! Se tivesse que andar mais um pouco meu sogro iria ter que descer comigo nas costas, eu não tinha mais força nas pernas para dar um passo sequer.
A vista da cabeceira era muito bonita e a caminhada por lá não era tão ruim assim. Meu futuro sogro me levou a uma parte que era mata bem fechada, assim que chegamos lá ele começou a contar sobre cobras que viviam ali e não era qualquer tipo de cobra, não... Era uma tal de “jararacuçu”, se o nome já é difícil de ser escrito, imagina o quão pavoroso esse bicho deve ser (só de pensar eu morro de medo).
Onde estávamos era tão alto que o nome da fazenda (Ato de São Francisco) começou a fazer sentido. Lá eu realmente me sentia bem perto do céu e de São Francisco.
Começou a escurecer, minha apreensão de estar lá em cima começou a aumentar. Perguntei para meu futuro sogro se não já estava na hora de voltarmos. Ele percebeu meu medo e retomou a conversa sobre as tais cobras e seus perigos antes de começarmos a descida de volta.
Durante a descida ele me falava que elas, as cobras, cruzavam sempre esse caminho que estávamos fazendo para chegar ao ninho delas que era ali bem perto. Não esperei uma só palavra a mais dele e corri feito um corisco, chegando primeiro que ele em sua casa.
Depois dessa “fuga” eu só pensava: “Putz! Minha apresentação está indo de mal a pior. ”. Mas não terminou por aí não! No dia seguinte levantei bem cedo para tomar café e mais uma grande aventura me esperava. Imaginam o que era? Andar a cavalo! Dessa vez não iria desapontar minha digníssima futura esposa. Eu adoro andar a cavalo, vocês nem fazem ideia! Ele é meu animal preferido.
Então lá fomos nós, meu futuro cunhado trouxe os cavalos e logo me deu as rédeas de um bem pequeno, parecido com uma mula. Parecia que já estavam adivinhando que eu não me daria muito bem. Sim, eu disse que adoro andar a cavalo, mas a verdade é que eu não entendendo muito bem desse animal e as vezes que andei foi com meu pai.
E lá estava eu sentado na garupa dele.
Uma coisa que dizem sobre os cavalos que é verdade, é que eles têm uma percepção muito aguçada sobre quem está montando, se a pessoa tem ou não experiência ou até mesmo convivência com eles.
Bom, estava na cara que eu não tinha nenhuma experiência com cavalos. Assim que montei, o cavalo saiu em disparada em direção à porteira e eu não conseguia fazê-lo parar. Quem me salvou de passar uma vergonha ainda maior foi minha futura cunhada que foi ao meu encontro e conseguiu nos parar. Logo que todos montaram, começamos a nos movimentar e mais uma vez a minha mula saiu na frente em disparada. E, para piorar (mudança para ficar mais harmônica a leitura), eu não sabia como pará-la e muito menos onde era o freio do animal. Ela só parou porque fomos de encontro com uma porteira e todos estavam gritando ao fundo, mas assim que consegui abrir a porteira ela saiu em disparada novamente como se estivéssemos em uma corrida e, com isso tudo acabei batendo meus joelhos na porteira e indo parar no chão enquanto a mula corria pasto a fora. De longe essa foi a pior parte da minha apresentação aos pais da minha futura esposa.
Depois que eles garantiram que eu não tinha me machucado seriamente, as risadas começaram e tudo por causa de uma mula que não entendeu meus comandos e não me respeitou. No fim da história quem se saiu como super star foi a mula!
Estava envergonhado por todas as más impressões que causei, mas no fundo, e apesar de tudo, todos gostaram de mim e eu conquistei minha amada e sua família, mesmo com as mancadas.
A PIPA E A FLOR
Era uma vez uma pipa.
O menino que a fez estava alegre e imaginou que a pipa também estaria. Por isso fez nela uma cara risonha, colando tiras de papel de seda vermelho: dois olhos, um nariz, uma boca...
Ô pipa boa: levinha, travessa, subia alto...
Gostava de brincar com o perigo, vivia zombando dos fios e dos galhos das árvores.
- “Vocês não me pegam, vocês não me pegam...”
E enquanto ria sacudia o rabo em desafio.
Chegou até a rasgar o papel, num galho que foi mais rápido, mas o menino consertou, colando um remendo da mesma cor.
Mas aconteceu que num dia, ela estava começando a subir, correndo de um lado para o outro no vento, olhou para baixo e viu, lá num quintal, uma flor. Ela já havia visto muitas flores. Só que desta vez os seus olhos e os olhos da flor se encontraram, e ela sentiu uma coisa estranha. Não, não era a beleza da flor. Já vira outras, mais belas. Eram os olhos...
Quem não entende pensa que todos os olhos são parecidos, só diferentes na cor. Mas não é assim. Há olhos que agradam, acariciam a gente como se fossem mãos. Outros dão medo, ameaçam, acusam, quando a gente se percebe encarados por eles, dá um arrepio ruim elo corpo. Tem também os olhos que colam, hipnotizam, enfeitiçam...
Ah! Você não sabe o que é enfeitiçar?!
Enfeitiçar é virar a gente pelo avesso: as coisas boas ficam escondidas, não têm permissão para aparecer; e as coisas ruins começam a sair. Todo mundo é uma mistura de coisas boas e ruins; às vezes a gente está sorrindo, às vezes a gente está de cara feia. Mas o enfeitiçado fica sendo uma coisa só...
Pois é, o enfeitiçado não pode mais fazer o que ele quer, fica esquecido de quem ele era...
A pipa ficou enfeitiçada. Não mais queria ser pipa. Só queria ser uma coisa: fazer o que a florzinha quisesse. Ah! Ela era tão maravilhosa! Que felicidade se pudesse ficar de mãos dadas com ela, pelo resto dos seus dias...
E assim, resolver mudar de dono. Aproveitando-se de um vento forte, deu um puxão repentino na linha, ela arrebentou e a pipa foi cair, devagarzinho, ao lado da flor.
E deu a sua linha para ela segurar. Ela segurou forte.
Agora, sua linha nas mãos da flor, a pipa pensou que voar seria muito mais gostoso. Lá de cima conversaria com ela, e ao voltar lhe contaria estórias para que ela dormisse. E ela pediu:
- “Florzinha, me solta...” E a florzinha soltou.
A pipa subiu bem alto e seu coração bateu feliz. Quando se está lá no alto é bom saber que há alguém esperando, lá embaixo.
Mas a flor, aqui de baixo, percebeu que estava ficando triste. Não, não é que estivesse triste. Estava ficando com raiva. Que injustiça que a pipa pudesse voar tão alto, e ela tivesse de ficar plantada no não. E teve inveja da pipa.
Tinha raiva ao ver a felicidade da pipa, longe dela... Tinha raiva quando via as pipas lá em cima, tagarelando entre si. E ela flor, sozinha, deixada de fora.
- “Se a pipa me amasse de verdade não poderia estar feliz lá em cima, longe de mim. Ficaria o tempo todo aqui comigo...”
E à inveja juntou-se o ciúme.
Inveja é ficar infeliz vendo as coisas bonitas e boas que os outros têm, e nós não. Ciúme é a dor que dá quando a gente imagina a felicidade do outro, sem que a gente esteja com ele.
E a flor começou a ficar malvada. Ficava emburrada quando a pipa chegava. Exigia explicações de tudo. E a pipa começou a ter medo de ficar feliz, pois sabia que isto faria a flor sofrer.
E a flor aos poucos foi encurtando a linha. A pipa não podia mais voar.
Via ali do baixinho, de sobre o quintal (esta essa toda a distância que a flor lhe permitia voar) as pipas lá em cima... E sua boca foi ficando triste. E percebeu que já não gostava tanto da flor, como no início...
Essa história não terminou. Está acontecendo bem agora, em algum lugar... E há três jeitos de escrever o seu fim. Você é que vai escolher.
Primeiro: A pipa ficou tão triste que resolveu nunca mais voar.
- “Não vou te incomodar com os meus risos, Flor, mas também não vou te dar a alegria do meu sorriso”.
E assim ficou amarrada junto à flor, mas mais longe dela do que nunca, porque o seu coração estava em sonhos de vôos e nos risos de outros tempos.
Segundo: A flor, na verdade, era uma borboleta que uma bruxa má havia enfeitiçado e condenado a ficar fincada no chão. O feitiço só se quebraria no dia em que ela fosse capaz de dizer não à sua inveja e ao seu ciúme, e se sentisse feliz com a felicidade dos outros. E aconteceu que um dia, vendo a pipa voar, ela se esqueceu de si mesma por um instante e ficou feliz ao ver a felicidade da pipa. Quando isso aconteceu, o feitiço se quebrou, e ela voou, agora como borboleta, para o alto, e os dois, pipa e borboleta, puderam brincar juntos...
Terceiro: a pipa percebeu que havia mais alegria na liberdade de antigamente que nos abraços da flor. Porque aqueles eram abraços que amarravam. E assim, num dia de grande ventania, e se valendo de uma distração da flor, arrebentou a linha, e foi em busca de uma outra mão que ficasse feliz vendo-a voar nas alturas.