Siomara Reis Teixeira

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Quando o Poeta Nasce

Sentir-se só!
Momento derradeiro
Em que o dom grita primeiro
E a alma do poeta nasce!
Inspiração!
Papel, tinta, caneta na mão.
Nada é o que parece,
Senta-se e pouco a pouco
Ela surge, a idéia cresce!
Encorpa-se, se faz lírica, lúdica.
É como entoar uma prece
E enfim, um belo poema, aparece.

INSANIDADE


E retraio em mim a chama acessa
Na obscuridade da imensidão,
Sou tua sim, sou tua presa
Gostando assim desta paixão!

E enlaço teu abraço no cansaço,
Buscando a paz neste remanso
E neste amor de vida e morte me desfaço,
Sorrio ao infinito e não me canso.

Voando ao vento difuso da saudade,
Insanamente sofre o coração
O amargor de nossa insanidade.

Somente um solitário na aflição
Enlouquece pelas horas da maldade,
Querendo transformar a dor, numa canção!

Poeta...

Que sonha, que ama, que clama
E com letras que aos poucos trama
Transforma palavras em versos
E com primazia, os chama, poesia...

IDILIO


Teu abraço no abraço que aperta e aperta
Transportando bruscamente
Com teu corpo que se esvai continuamente
Elegendo meu corpo como porta aberta.

E abre a boca com a boca que se abre,
Com a língua para a língua que se suga
E no romper do esplendor e nessa fuga,
Os dois corpos no idílio como um sabre.

Embriaga com perfume esse amor
E carrega para a dança e se dança,
Num frêmito ciciante com imenso ardor,
Nessa valsa longa e que nunca cansa.

E o momento de beatitude surge,
No ondular tresmalhado
Do espasmo manso,
Ao florir do sorriso que ressurge
E transcende no langor infindo, o remanso.

MISTERIO EM MIM


Antes que destes versos eu me arrependa
Que desta alegria eu esqueça
Que este dia anoiteça
Antes, bem antes que eu descubra
Que a lúgubre e dolorosa
Melancolia realmente acabou
Antes que venha a ter revelada
Minha verdadeira identidade
Que seja bem vinda esta divina loucura
Em prol de minha esplendorosa sanidade.
...
Ou será que o mistério inexato em mim
Exauriu-se até o fim?

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O Verdadeiro Amor


Na concepção maior da palavra
Que lavra eternamente a emoção pura e divinal
Através do zelo, do carinho e da entrega,"Ele",
deveria ser absolutamente, incondicional!
Permanecer eternamente guardado
Com cuidado extremado e total
Em altar precioso e sagrado
Envolto em redomas de cristal
No entanto, levianamente interpretado
Na atualidade frágil de uma vil modernidade
Ocasiona um sentimento fugaz, banalizado
Emoção submersa em incapacidade e fragilidade
Contraditória e avessa ao poder do verdadeiro amor
Que grandioso reinaria, encantador, rumo à imortalidade!

Inserida por siomarareisteixeira

MEDO DE AMAR


Quantas vezes devemos morrer
Para novamente renascer?
Quantas vezes temos que temer
Para mais tarde, limitações, reconhecer?

Quantas vezes temos que amar,errar,esquecer,chorar?Sinto lá fora, o todo em que desejei crer.
Toda a fortaleza a retornar.
Encolho-me, coajo-me, não pode ser!

Quisera eu, não em delírios, acreditar,
Nos anseios cortantes, suplicantes do ter.
Mas o medo cruel é imenso a arrebatar
Impedem-me de esta infinda dimensão, ver.

Pensando nas teias que o universo teima em armar
Mesmo com o coração acelerado a bater
Insanamente perco-me, pensando em recuar.
Brumas densas e espessas,

Quiçá, anunciando o sofrer?
Não quero mais sangrar!
Não quero mais ter que esquecer!
Desejo imensamente libertar

Este coração que busca o aquecer
Que só sabe inteiro se entregar
Mas possui o terror infindo
De novamente, se perder!

AMO-TE


São as batidas do meu coração
Que regem como uma orquestra
A intensidade desta emoção
Em feliz, divinal e imensa festa.

Apenas amo-te e isto é tudo
Amo-te a todo e qualquer instante
No decorrer do dia e sobre tudo,
Nas noites de saudade constante

Neste desejo profundo e infindo,
Amo-te mais, muito mais e além,
Meu doce menino, meigo, puro e tão lindo!

Amo-te através dos reveses e das agruras
Amo-te apesar da ausência e da distância
Amo-te, pois amar-te é sublimar-me em venturas!

ALMAS EM COMUNHÃO


Extenuada razão...
Coitada!
Cansada e sem voz ativa,
Calou nesta ocasião.
Porquanto, alheios a tudo
Extravasam é muita emoção.
Inexistem preceitos
Em desvairada paixão
São apenas amantes perfeitos
Com almas em comunhão.

EU QUERIA


Eu queria agora
Cobrir-te de beijos
E em teu corpo todo
Semear meus desejos
Eu queria agora
Ao teu lado estar
E muitos vôos
Contigo, alçar
Eu queria agora
Na terra ou no ar
O tempo afora
Simplesmente te amar

SOU


Sou o que meus poemas dizem
E eu não posso contar.
Quando as palavras escasseiam
E os pensamentos vagueiam
Na imensidão de um mundo sem par.
Sou água, terra, fogo, ar.
Sou química fortemente,
Fé inconsistente
E da amante amada,
Apaixonada ou criança eterna
À mulher materna,
Sou esperança, eternamente...

POETA SOU


Poeta sou, no claustro da tortura.
Sonho e fantasia,
Fazem parte dos meus dias.
Universo impregnado de doçura e loucura,
Na explícita sentença das dores, dos amores,
Da profundidade de ser e existir,
Do âmago da paixão desvairada,
Da realidade de pessoas
As quais, jamais serão nada.
Devaneio implícito que corre nas veias
Que é o respirar, mesmo sem o desejar
Uma busca delirante da próxima loucura
Condição plena...Missão!
Uma dura pena, que esvai-se através da razão!

Inserida por siomarareisteixeira

O AMOR E OS POETAS


Amaldiçoados fomos, no dia da criação
Quando o Supremo Espírito a criar almas
Valeu-se para forjar dupla maldição
Nascemos Poetas...

Aí está! A primeira e profunda aniquilação!

Nascemos, crescemos e desenvolvemos
O dom do amor... Em outrens. Jamais em nós!
Não sabemos amar!
Aqui viemos para esta arte, ensinar!

Não somos amados. Jamais o seremos!
É nosso legado!
Encantar através de fraseados.

Eis aí a segunda maldição!

O máximo que ganharemos, será um amor sereno.
Somos sim, na grande maioria das vezes, enganados!
Profanados por nós mesmos!

Inserida por siomarareisteixeira

AUTOMATOS


Tudo o que sei é que em vão, caminhamos.
Rumamos a esmo a lugar algum.
Enquanto escravos da modernidade,
Autômatos entre milhares somos um

Inquietações, provindas do inconsciente coletivo.
Perdem-se parâmetros, estruturas, identidades
Dentre um equivoco aqui e outro ali,
Perdem-se também a paz e a felicidade

São os valores, que já não mais estão aqui.
A mera ilusão é de fácil opção, um torpe lenitivo.
Sem sequer saber o que procuramos ou de fato desejamos

Adquirimos buracos existenciais e o coração, machucamos
Perdemos-nos lentamente, em definitivo
Ignorando a realidade e o que de fato um dia, almejamos.

Inserida por siomarareisteixeira

Vestida de Amor

Meu eterno menino...
Aqui novamente estou.
Corro agora para os teus braços
Pois somente em ti, sei quem sou!
Não me deixes só, neste minuto.
Vem me dê à mão, nada acabou.
Venho vestida de sonhos e de amor
E trago em minh’ alma imbuída
A vida, a esperança, meu lado criança.
A mulher, a amante, a amiga
E toda a emoção do universo,
Que em mim, outrora, por ti, foi construída!

Inserida por siomarareisteixeira

O INATINGÍVEL


Tocar o inatingível!
A meta imposta...Sobreposta
E renascer a cada momento,
A cada obstáculo humano...Desumano!

Resgatar dos confins da imaginação
Energias que não mesclem-se a morte
Pois emergentes são, urgentes o são
Irradiadas dos confins do coração

Na linguagem universal, sem mêdo
Sem recear o caminho no seguir adiante
Esquecer do passado, deteriorar o degrêdo

Luz interior fluida doravante
Inexistem segredos!
É o auto confiar a todo instante!

Inserida por siomarareisteixeira

Pó do Amor


De sangue, ossos e músculos
Nossos corpos são formados
Porém, na profundidade da magia
Que rege e nos elege
A versejar a eterna poesia
Somos apenas tênues porções de poeira
Condensadas e dosadas em supremacia
Arquitetadas, moldadas pelo grande oleiro
Que por sua onipotência
Projetou com maestria o afeto por inteiro
Moldou-nos enquanto sábio criador
E do material que fomos feitos
Batizou de pó do amor.

Inserida por siomarareisteixeira

PERDOA-ME


Perdoa-me se meus versos
Nesta fase de nossas vidas,
Mostram-se tristes e frágeis.
É que a tristeza latente

Emudece o canto das rimas
Apagando o lirismo, lentamente.
Perdoa-me então, se minha voz,
Por vezes cala quando deveria falar

E muito fala quando deveria calar.
Perdoa-me se em mim
O teu avesso de homem apaixonado
Fere e transporta a sentimentos

Que deixam meu coração tão sufocado.
Perdoa-me se não sou
E jamais serei o que idealizastes.
Perdoa-me por atirar-me em teus braços

P’ra logo depois, sutilmente,
Refugiar-me ao ostracismo.
Perdoa-me por perder-me

E tentar sempre achar-me em você.
Perdoa-me, pela imensa capacidade que tenho,
De te amar, demais.

UM OLHAR DE SAUDADE


É meu olhar que vaga perdido
Buscando tua presença em cruel ausência
Embasado, umido, aflito
Através das janelas dos meus sonhos

E nesta enfática e constante espera
Minhas manhãs outrora ensolaradas,
São hoje lapidadas pela esperança do nosso amanhã

Minhas noites, quiçá trevas e escuridão
Hora, fecundas em aquarela, estão
Forjadas pela mais bela tradução, do nosso amor!

Inserida por siomarareisteixeira

RENASCIMENTO


Tal qual a princesa encantada
Que enfeitiçada, ficou por longo tempo, adormecida
Fui agora com um longo beijo, despertada
Da ilusão não sou mais a escrava entorpecida.


Pela mentira cruel não serei mais violada.
O principe real, desta vez chama-se vida!
Traz esperança profunda e equilibrada,
Traz certeza que explode na alma, incontida.


Não fere, não machuca, não me julga alienada.
Acarinha o ego, deixa a casa mais florida
E por Deus não mais me sinto abandonada.


A falsidade do algoz finalmente foi banida.
É triunfo sobre a maldade arquitetada.
Paz profunda que não pode ser medida!

Carinhos de Amor



Se dormes agora
E sonhas comigo?
Não sei...
Bem sei que estou contigo
O pensamento... Vôa!
Segue pelo vento
Sem barreiras ou espaços
Propaga-se através do tempo
Afoita sede da paixão
Olhos e sentidos atentos
Embriagados de emoção
Viajam por um momento
Lânguida sensação
Um beijo profundo e sedento
Deposito no teu coração.

Apenas Palavras


O que são estas palavras
Rimadas e declamadas sem pensar?
Se eu as soubesse,
Enquanto minhas,
Saberia o que falar!

Idéias, letras ou entrelinhas,
Na cabeça, persistem em um bailar.
Fundem-se a realidade,
Invadem e explodem pelo ar.
Na alma, a legibilidade.

Como faço para as inventar?
Apenas recito se não as escrevo
Não existem segredos!
Também não sei, a bem da verdade!
São apenas frases ditadas a esmo.

Talvez da infância a ingenuidade
Montantes de outros enredos
Ou da mulher, a maturidade,
Procedentes de vários contextos
A diligenciar uma só verdade!

Anjo Amigo



Ansiedade no olhar!
Perscruto, sobrevoando o infinito,
Alguém a quem possa falar
Sobre um coração tão aflito.


Procuro respostas no ar
Um alguém que seja bendito
E para meus olhos, como no altar,
Compreenda todo o conflito.


O sonho expresso, quase a chorar,
Mas eis que surge, um anjo comigo,
Que ao me ouvir, põem-se a cantar,


E o sonho entoa, lindo e colorido,
Proclamando em poema, o dom de sonhar,
Na beleza da alma, do meu melhor amigo!

Quisera Eu Ser Assim

Quisera eu ser assim,
Com a espiritualidade em mim...
E na grandiosidade d’alma
Desprezar os prazeres terrenos,
Soerguer toda esta vida com calma,
Esquecer todo o profano
Lembrando somente do Ser Humano!
Quisera eu ser assim,
O doar-me sem pensar tanto em mim
E lembrar que aqui do meu lado,
No flagelo, no desamor,
Pessoas vivem com dissabor...
Quisera eu ser assim,
Receber o chamado Crístico
Aqui dentro do coração
E desempenhar um trabalho,
Que não seja somente um atalho,
Mas que sendo vigoroso, forte e pungente,
Traga a alegria a muita gente!
E nesta jornada plena de emoção
De entrega e satisfação,
Sem que haja a menor intenção,
Que seja pura, inteira, amiga, altaneira
E dar minhas mãos aos meus irmãos,
Nesta necessidade emergente
Que brota de dentro do meu coração!

Inserida por siomarareisteixeira

Verdadeiro Amor



Absorta e em seus propósitos envolta
No domínio que o coração conduz
Aberta à psique, que afoita,

No ímpeto da paixão, seduz!
Seduzida, pois,
Não sente que se fere ou açoita!

Sentimento divino que só a ternura induz
Imensa, intensa, avessa aos descaminhos
Só sabe amar e amar e o seu coração,

A cada dia mais e mais amor produz
Segue, vai adiante, fluida em seu caminho.
Não mais importa se amar tão só, é destino.

Assim, diafanamente sobrevoa a emoção
E entregue, envolta em luz,
Conspira à memória solta, em ação.

Sim, é o verdadeiro amor, deduz!

Inserida por siomarareisteixeira