Simone Cristina
Se não queres ficar em meus braços
Desate esse laço
Que criaste em meu peito
Antes tudo desfeito
Do que amar pela metade
SAUDADE
O que vem a ser a saudade?
Silêncio que invade
Fazendo gritar
O silêncio da alma
Falta da metade
Que nem sei na verdade
Se verdade é
É o tirar da calma
Barco a deriva
Em busca da fé...
(DUETO DO AMOR SOLITÁRIO)
Por onde andas minha amada?
Há tempos te procuro
São tantas as madrugadas
Lamentadas no obscuro
Também te procuro meu amado
Há tanto tempo que nem sei
Como queria estar ao seu lado
Como sempre sonhei...
Quando será permitido
Estar em seus braços, estar contigo?
Te procuro minha amada
A saudade é um castigo
Quem sabe um dia meu amado
Estaremos lado a lado
Sairemos do obscuro
Se assim Deus permitir
Juntos iremos seguir
Eu juro!...
Enquanto isso minha amada
Eu te encontrarei de madrugada
Nos sonhos meus
Te espero meu amado
com o coração já apertado
estarei nos braços seus ...
SAUDADES
Saudades tenho dos tempos de criança
Algodão doce, nuvens no céu
Hoje a verdadeira esperança
Está coberta por um véu
Queria poder voltar atrás
Voltar à mocidade
Matar a saudade
Dos tempos que não voltam mais
Ciranda cirandinha, vamos todos cirandar!
Está num passado não muito longe
Que brinca de esconde - esconde
Para nunca mais voltar...
Quantas vezes a felicidade bate na nossa porta....
E ao invés de abri-la, olhamos pelo vão da janela disfarçadamente, com medo de sermos vistos por ela...
Mergulhamos e ficamos escondidos no canto do nosso eu mais profundo, coração acelerado, sentindo o verdadeiro amor tocar-nos, como se fosse o próprio calor do Sol..
Então nos enchemos de coragem, levantamos, vamos até a porta, esticando a mão para abri-la e quando conseguimos, ela já se foi... Talvez bater em outra porta, talvez para não mais voltar e ali está novamente apenas o vazio e o frio, fora e dentro do próprio ser...
FOLHA EM BRANCO
Pego uma folha em branco
Procuro rimas, alguma inspiração
E só vejo nesta folha, meu pranto
Que cai aos poucos sem direção..
É como uma triste melodia
O cair das lágrimas na folha em branco
A trazer nostalgia
De um passado que amei tanto...
As rimas me vem, mas as esqueço
Ficam encobertas por um manto
Desisto das rimas, ilusões. Adormeço
Debruçada na mesma folha em branco