Simara Soares
Que a minha vontade esteja na proporção do meu querer
e que meu desejo de realizar faça o meu poder estar
na mesma proporção.
Cumplicidade, ato de lealdade que na angustia se arremate.
Só de pensar excita, o aroma inebria, a cor seduz, o sabor vicia.
A intensão que não parte, a razão que faz arte à menção que invade.
Loucura sem fonte, Culpa sem crime, assim se imprime em nossas mentes.
Mimo, iguaria, fortes misturas que deliciam em risco quem tente.
Presente, de presente, sempre presente!
Frio ou quente!
CHOCOLATE
Sim...
Perder-se
Difícil
Decifrar
Confuso
Decidir
Complicado
Compreender
Tira o chinelo
Pisa descalço
Venda os olhos
Despi a alma
Pausa a calma
Burla o tempo
Mergulha no nada
Encontrar-se em tudo
É o fim da farsa.
Sim...
Enquanto isso!
Invadir mundos
Com o conhecimento
E semeá-los em uma nova atmosfera.
Aguardar os resultados
Catalogá-los...
Já não lembro,
O por quê.
Enquanto isso...
Toma a minha voz e com ela anestesia tua alma,
Liberte-a dos medos, permita-lhe os sonhos e as fantasias.
Leva minha força
e a traduza nas composições que Orfeu rabiscou
no decalque da minha angustia e na suplica do meu querer.
Sim...
Será?
Um canto, não um canto qualquer, mas um canto perfeito, canto de jeito, canto de um certo lugar.
Beleza que inspira acústica que faz planejar.
Luz que inspira o compor que faz o cantar.
Um canto, não um canto qualquer, mas um canto perfeito, canto de jeito, canto de um certo lugar.
Sabor que queima a garganta e suaviza a alma no querer estar.
.Aroma que confunde o ar que faz desejar.
Um canto, não um canto qualquer, mas um canto perfeito, canto de jeito, canto de um certo lugar.
Estórias, poemas, temas de eternizar, canções de infinita leveza, num canto, numa sala SEM estar.
Melodia sentida em um canto e, ouvida no canto de quem sabe cantar,
Um canto, não um canto qualquer, mas um canto perfeito, canto de jeito, canto de um certo lugar.
Pressentida por quem o canto é vida, mas esta mesma vida não permitiu participar.
Sim...
Deveria ser simples dizer...
Quero uma ponte que me leve ao outro lado e me permita só um abraço, só um abraço.
Eu volto, prometo, volto a seguir sem nada mais querer.
Deveria ser simples ver esta ponte, olhar além do mundo real, e não temer.
Deveria ser simples querer esta ponte, mas a realidade que me habita não mais me permite.
Deveria ser simples sentir esta ponte no momento do doer a saudade, do sofrer.
Deveria ser simples ver, crer, ter e depois esconder...
Minha ponte até você..
Sim...
Nenhum passo é incerto,
quando está certo o querer IR.
O problema é acertar a direção,
compreender a trajetória,
e se situar nos desígnios do destino.
Mas vamos nessa, não viemos pra temer,
viemos pra conquistar.
Sim...
Eu quero tinta no chão,
liberdade de cor,
poder de ação.
Rascunho de vida,
mistura sem definição,
compor minha arte
e só no fim entender a razão.