Silvana da Cunha Roloff
Não temos a pureza das rosas
Mesmo assim não podemos inveja-la
Pois temos algo que elas nunca terão
A possibilidade de poder sentir amor.
Queria ser uma estrela
Ter todo o seu brilho
Toda sua beleza
Reluzir lindamente.
Morar em meio a outras estrelas
Onde a maldade não chega
Apenas a natureza exerce seu poder
E a paz é constante.
Esta estrela deve ter inveja de mim
Porque moro na terra
Não passo solidão
E tenho uma história.
De onde está, ela nos olha
Se pergunta como é o amor
Como é sentir as emoções
E chora sem poder chorar.
Sempre queremos ser o que não somos
Por achar que o valor do outro é maior
Maldição ter esse pensamento
Todos somos preciosos, cada um do seu jeito.
Queria ser uma Rosa
Queria ser uma flor formosa
Com um perfume que cativa
Revestida em um traje deslumbrante
Com espinhos que a protegem.
Desabrochando lindamente
Alegrando o jardim
Recebendo beijo dos beija flores
Vivendo entre outras flores.
Somos apenas o que somos
Tão relevantes para quem nos ama
Tão pequenos diante do mundo
Somos únicos, cada um do seu jeito.
Não temos a pureza das rosas
Mesmo assim não podemos inveja-la
Pois temos algo que elas nunca terão
A possibilidade de poder sentir amor.
Era uma rosa branca
Pintei-me de vermelha
Queria ser tão bela quanto ela
vestida na cor do amor.
Antes era rosa branca bonita
Depois rosa branca sem brilho
Agora vermelha querendo ser bela
No final sempre serei quem sou.
Fiz o que pude para ser quem não sou
Quando percebi que não era quem queria
Nunca serei rosa vermelha mesmo rubra
Minhas pétalas por dentro são neve.
Não posso voltar a ser quem era
Nem sei mais quem sou
Perdida entre o vermelho e o branco
Só queria simbolizar o amor.